A Europa foi construída, durante três décadas, a partir de uma base tecnocrática que excluiu as populações do debate sobre a política económica. A doutrina neoliberal, que assenta na hipótese - hoje indefensável - da eficiência dos mercados financeiros, deve ser abandonada. É necessário abrir o espaço das políticas possíveis e colocar em debate propostas alternativas e coerentes, capazes de limitar o poder financeiro e de preparar a harmonização, no quadro do progresso dos sistemas económicos e sociais europeus. Isto supõe a partilha mútua de importantes recursos orçamentais, obtidos através do desenvolvimento de uma fiscalidade europeia fortemente redistributiva. Também é necessário libertar os Estados do cerco dos mercados financeiros. Apenas deste modo o projecto de construção europeia poderá encontrar a legitimidade popular e democrática de que hoje carece.
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7 comentários:
De facto enquanto a politica e a economia continuarem reféns da finança cujo unico objectivo é especular para replicar lucros, só se pode esperar o pior.
Caro Joao,
Estou em Paris e gostava de saber onde posso comprar o Manifesto.
Abraco,
Thomas Selemane
http://cronicas-portuguesas.blogspot.com/
2011/02/portugal-pais-insolvente
-da-zona-euro.html
Quem quiser comentar o texto traduzido neste link sobre o que dizem os economista alemães faça favor.
Os povos da Europa passaram metade do século passado a tentar fugir de países com políticas fiscais fortemente redistributivas (os que não eram assassinados, claro).
Se as populações participassem mais o liberalismo seria maior. veja-se o resultado das presidenciais em Portugal. Juízo. imaginam um mundo que não existe nem existirá. A malta sabe bem como é Cuba e foram as democracis populares e gosta muito seu plasma e da consola. não vão em cantigas. que isto é uma miséria estamos de acordo, mas não nos tirem o pópó.
Jorge Rocha
Os povos da Europa que hoje em dia estäo ricos e cujas economias resistiram melhor ao impacto da cryse passaram metade do século passado a implementar políticas fiscais fortemente redistributivas (em democracia, claro).
Säo os países nórdicos, vejam bem. E lá todos têm consolas, popós, e näo têm plasma porque isso gasta energia demais e partem-se facilmente. Compram TVs de LCD e LED. logo por aí se vê que fazem as escolhas inteligentes.
Escolher entre ir viver para Cuba, sem petróleo mas com IDH alto, e a Nigéria, cheia de petróleo mas com IDH miserável, para onde acham que iria eu?
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