«Vieira da Silva fez melhor do que um governo de direita». Não somos nós a dizer. É Francisco Van Zeller, o «patrão dos patrões», que decidiu ser transparente em entrevista ao Jornal de Negócios. Nem mais, nem menos. Este ministro e esta equipa percebem do assunto e souberam muito bem até onde podiam ir. Isto é mérito de especialistas. Alterações, aparentemente pequenas e subtis, fazem toda a diferença na evolução das relações laborais. Reduzir os salários, perdão os custos, por via da adaptabilidade, minar a única central sindical que ainda tem peso (partir a espinha à CGTP voltou a ser uma orientação de política) e promover todos os oportunismos laborais. Leiam o dossiê sobre trabalho e sindicalismo na ops! se quiserem perceber para onde nos estão a levar. É que tudo começa no trabalho. Tudo o que nos importa na política: Estado Social, democracia, igualdade.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Fazer melhor
«Vieira da Silva fez melhor do que um governo de direita». Não somos nós a dizer. É Francisco Van Zeller, o «patrão dos patrões», que decidiu ser transparente em entrevista ao Jornal de Negócios. Nem mais, nem menos. Este ministro e esta equipa percebem do assunto e souberam muito bem até onde podiam ir. Isto é mérito de especialistas. Alterações, aparentemente pequenas e subtis, fazem toda a diferença na evolução das relações laborais. Reduzir os salários, perdão os custos, por via da adaptabilidade, minar a única central sindical que ainda tem peso (partir a espinha à CGTP voltou a ser uma orientação de política) e promover todos os oportunismos laborais. Leiam o dossiê sobre trabalho e sindicalismo na ops! se quiserem perceber para onde nos estão a levar. É que tudo começa no trabalho. Tudo o que nos importa na política: Estado Social, democracia, igualdade.
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3 comentários:
Estamos a caminhar em passo acelerado para o fim do emprego graças à tecnologia. Donde, o número crescente de desempregados e o aproveitamento esclavagista que estes sofrem. As máquinas produzem cada vez mais, e essa produção tem de começar a ser distribuída.
Uma empresa que antes precisava de 100 pessoas, precisa hoje de trinta. Amanhã de 10 ou 5. O actual paradigma (porque o mesmo se passa com todas as empresas) empurra-os para o esclavagismo e a miséria. No entanto, a empresa continua a produzir tanto ou mais como produzia antes, graças ao avanço tecnológico. Está lógica tem dois resultados:
1 – Cria-se um exército de desempregados com pessoas dispostas a trabalhar por salário escravo.
2 – A empresa acaba por falir, porque não tem clientes (pessoas empregadas com um salário decente com dinheiro para comprar).
É este o grande o grande dilema de hoje. Continuamos a caminho do desastre (que já existe em larga escala ou mudamos de rumo?
Qual coesão social, qual quê?!
«Em Portugal o número de desempregados demonstra que não é difícil despedir».
Vieira da Silva dixit…
Quero apenas congratulá-lo por este excelente post. Um verdadeiro modelo de precisão e concisão num tema que está no centro das preocupações dos cidadãos. Bem-haja.
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