Senhoras e senhores, meninas e meninos, a elite europeísta em toda a sua decadência.
Lê-se a entrevista ao Financial Times e acredita-se: afinal de contas, estamos a falar de uma antiga advogada de negócios transatlântica, que foi colocada no FMI, depois de ter passado dubiamente pelas finanças de um governo francês de direita. É responsável, enquanto Presidente do BCE, por um ganho extraordinário oferecido à banca, à boleia de perversas subidas das taxas de juro.
Lagarde defende agora que a UE deve ir aos EUA, de “livro de cheques na mão”, comprar ainda mais armas e gás caro, tudo em nome da globalização transatlântica, tudo em nome de uma cada vez mais acentuada submissão ao sistema imperialista comandado pelos EUA.
Tal preparo está no ADN da UE, tal como o austeritarismo e o seu euro, meio de fazer convergir os Estados sociais nacionais europeus com o plutocrático modelo norte-americano, à custa do investimento e da prosperidade partilhada.
Trata-se de um processo já com décadas, autêntico jogo de soma negativa, mas em que uma minoria social ganha e muito. A social-democracia foi destruída nesse processo de integração assimétrica, note-se, tendo a sombra que resta ainda agora apoiado esmagadoramente uma Comissão Europeia onde a extrema-direita está bem presente.
Por cá, a elite nacional é “boa aluna de maus mestres”, cada dia piores, cada dia mais desajustados à realidade da economia política internacional.
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