Pouco tempo depois, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, anunciou a décima subida consecutiva da taxa de juro, o preço mais diretamente político no capitalismo, atingindo 4%, o valor nominal mais elevado da história do euro, num ciclo que nem sequer tem paralelo na história do antecessor do BCE, o Bundesbank alemão, desde 1948, como se assinalava no Financial Times.
Na sua conferência de imprensa, Lagarde teve os cuidados ideológicos que faltaram a Gurner e que aliás já o obrigaram a um ofuscador pedido de desculpas: “As condições de financiamento tornaram‑se mais restritivas e estão a refrear cada vez mais a procura, o que constitui um importante fator para fazer a inflação regressar ao objetivo”. A tradução de classe, com todo o realismo capitalista, é óbvia.
O resto da crónica pode ser lido no setenta e quatro.
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