sábado, 31 de março de 2018

Organograma

Sanitários públicos em Alcochete
Modelo de desenvolvimento nacional, assente cada vez mais na produção de serviços financeiros, de imobiliário, de comércio, alojamento, restauração e hotelaria; na captação de administradores de multinacionais (a quem se dá elevadas condições de bem-estar, nomeadamente fiscais); e na exportação de cuidados a estrangeiros (vulgo turismo) e de mão-de-obra qualificada, formada a preço de ouro nas universidade nacionais e recambiada para o centro da Europa.
Há quem diga que, invertida, a imagem ilustra também as origens das aristocracias nacionais, antes da acumulação primitiva de capital.

7 comentários:

Anónimo disse...

Ahahahah

Jose disse...

A aristo+cracia pressupõe no seu segundo elemento deter poder no Estado.

O Joao haveria que esclarecer a quem se refere.

João Ramos de Almeida disse...

Caro José,

Tem toda a razão. Era apenas uma blague, como todo o post. Apenas uma referência para quem se alça na sociedade acima do comum dos mortais, alegando direitos diferenciados para o comum dos humanos. Porque no fundo, e em última instância, viemos todos do mesmo sítio mais rasteiro.

Anónimo disse...

Ó João, acabou de dar uma martelada no caixão das pretensões de alguns candidatos a aristocratas de meia-tigela, vetustos fidalgotes marialvas e quiçá outras coisas mais

Jose disse...

Sendo certo que vamos todos para o mesmo sítio mais rasteiro não significa que «...viemos todos do mesmo sítio mais rasteiro». Não só a genética o garante como o berço o acrescenta.

O que é lamentável, João, é que uma pretensa defesa da igualdade, não a coloque como destino a atingir mas sim que a queira fazer como ponto de partida.
O sermos iguais perante a lei, é tanto quanto se pode assegurar em todo o tempo.

E o mais que se pode ambicionar é ser governado por uma verdadeira aristocracia, o que significa que o poder é exercido por virtuosos.

Mas conceber virtudes no pressuposto de um igualdade gerada num «mesmo sítio mais rasteiro» admito ser tarefa de elevada dificuldade.

Assim, espero que se refira aos falsos aristocratas que nos vêm governando.


Anónimo disse...

Julgava eu, na minha ingenuidade, que desde 1789 a altura do nascimento se referia à distância da cabeça do bébé, quando aparecia ao nascer, ao chão do aposento.
S.T.

Anónimo disse...

"E o mais que se pode ambicionar é ser governado por uma verdadeira aristocracia, o que significa que o poder é exercido por virtuosos."

Ahahah

A defesa da aristocracia e da cultura do berço assim dito desta forma tão...tão virtuosa

Deixe-se de lado o palavreado um pouco seminarista em uso a remeter para processos beatos inquestionáveis traduzidos por "o mais que se pode ambicionar". Esta ambição ou a falta dela é uma treta que nem vale a pena desmontar. Nem como figura de retórica vale a ponta de um chavo.

Agora tentar dar dignidade à cultura do berço e conferir virtuosidade à aristocracia é o mesmo que recuar para os tempos distantes da Grécia Antiga e esquecer a trampa que a aristocracia foi e é.

É esquecer a oligarquia aristocrata já que falámos na Grécia.E é tentar rasurar do mapa aquele enorme avanço civilizacional que constituiu a Revolução Francesa e que deu cabo de umas tantas cabeças coroadas, verdadeiros monstros egocêntricos a governar de acordo as mais das vezes com os seus interesses particulares, fazendo tábua rasa dos seus súbditos e espraiando-se por uma série de comportamentos dignos de patifes sem escrúpulos e sem dignidade.

O governo de "virtuosos" a tentar justificar as prebendas e o direito ao saque por virtude divina ou por virtude "virtuosa"?

Este ainda virá defender as castas na Índia

O melhor é que quando se espiolha a origem de muitos destes "virtuosos" aristocratas vemos que é idêntica à de muitos homens vulgares e que apenas questões fortuitas ou criminosas ou abjectas os fizeram guindar ao seu estatuto "virtuoso".Filhos ilegítimos (seja lá o que isso for),ou filhos da outra, filhos do taberneiro, ou filhos do cangalheiro).
Ei-los assim que surgem ainda montados nas suas pilecas, marialvas por condição e machistas por criação, reivindicando uma "herança" de superioridade, como pretexto para as suas actividades "cinegéticas" mais alargadas, quer no domínio da caça, quer no domínio do saque.

Há também quem chame de virtuosos aos chulos dos bordéis tributários...