«A actual crise deu nova visibilidade ao problema da pobreza. Em alternativa aos discursos paternalistas do assistencialismo social e aos discursos que propõem enquanto solução para o problema da pobreza receitas individuais como o empreendedorismo, este seminário procurará promover uma discussão que coloque a emancipação colectiva enquanto hipótese urgente nestes tempos difíceis.»
Integrado na Exposição «O tempo e o modo, para um retrato da pobreza em Portugal», promovida pelo Centro Nacional de Arte Contemporânea (e que pode ser visitada até 27 de Fevereiro no Pavilhão 31 do Hospital Júlio de Matos), o seminário da UNIPOP, «Política, Austeridade e Emancipação: A metrópole em tempos de crise» pretende discutir «os processos de privação material que as actuais políticas de austeridade têm vindo a acentuar e as práticas discursivas que identificam a pobreza a uma posição de exclusão e marginalidade», procurando nessa perspectiva explorar «possibilidades de acção emancipatória que se afirmem a partir de condições sociais menos privilegiadas».
O seminário estrutura-se em três painéis: «O comum em revolta: do pobre à multidão» (com Antonio Negri e Judith Revel); «Crítica das políticas da pobreza: do policiamento à caridade» (com Otávio Raposo, Nuno Serra e Inês Galvão); e «Do pobre enquanto sujeito da sua emancipação: associativismo e agencialidade» (com Eduardo Ascensão, António Brito Guterres e Nuno Rodrigues). No final, realiza-se uma visita à exposição, guiada pelos curadores Emília Tavares e Paulo Mendes. É amanhã, 24 de Janeiro, entre as 10h00 e as 18h00, no Auditório do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa. A entrada é gratuita.
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