É a conclusão a que chega o Jornal «i», na sequência de uma sondagem realizada pela Pitagórica entre 30 de Maio e 1 de Junho. «O universo de inquiridos que se põem ao lado dos juízes do Palácio Ratton não deixa margem para dúvidas sobre o apoio que as suas decisões recolhem: mais de 70% consideram que têm feito o melhor juízo na avaliação dos vários diplomas». De facto, cerca de 36% dos inquiridos consideram as decisões do TC «razoáveis», 29% «boas» e 6% «muito boas».
E acrescenta o «i» que, «comparativamente com estes resultados, é muito pequena a franja de portugueses que discordam das avaliações de alguns ou dos oito chumbos que o TC já decretou relativamente a diplomas apresentados pelo governo de Pedro Passos Coelho. Entre "más" (13,6%) e "muito más" (8,3%), o universo de críticos não vai além dos 21,9%». O que traduz, curiosamente, um valor inferior aos já de si parcos 27%, obtidos pela maioria PSD/PP nas «eleições legislativas» do passado dia 25 de Maio.
10 comentários:
"O que traduz, curiosamente, um valor inferior aos já de si parcos 27%, obtidos pela maioria PSD/PP nas «eleições legislativas» do passado dia 25 de Maio."
Isto só prova que é altura de o TC se candidatar a eleições legislativas. Pelos vistos ganhava!
Fico impressionadíssimo com esses resultados!!!
Se os portugueses tivessem a mínima ideia da amplitude das idiotices que lhes formaram a opinião ao longo de 40 anos, saberiam do relevo da miséria das leis e jurisprudência que são pesado ónus na dinâmica da vida das empresas, e que na Constituição e seu Tribunal encontra o contraponto estatal.
A uma classe de juízes e legisladores constituída por assalariados priveligiados aparecem como distantes e vagamente compreensíveis as emergências e urgências das economias privada e pública!
O José continua alegremente, como se tivesse razão,a dizer disparates e baboseiras.! Quando será que ele perde a soberba e se cala com as enormidades.!
É que cada vez que ele abre a boca entre mosca ou sai asneira.! Até parece o Passos Coelho, que pelos vistos não ficou satisfeito com a estrondosa derrota nas eleições. A direita tem a mania de que ela é que sabe o que é bom para as pessoas pois estas não sabem o que querem.
É assim a democracia da direita.
Já agora, idiota será o José e que bom proveito lhe faça.
Fica-te Anónimo das 12:59 com a tua razão, e fica também certo que se te acabou a mama dos défices e dos créditos e que é a economia que te há-de dar de comer e não as idiotices que possam ser vociferadas em tribunas ou arregimentadas em sondagens.
A pesporrencia de jose ao falar assim dos últimos 40 anos traduzirá algum registo saudoso do mesmo jose pelos idos tempos do fascismo?
(É que alguns dos que hoje se sentam na cadeira do poder são geneticamente idênticos aos governantes de antanho.)
Mas que diacho. que temos nós a ver com o que jose se impressiona ou não.Sobretudo se dito com este tom tão abertamente ... pesporrento para as instituições democráticas
De
Reparem-se nestes mimos:
-"Dinâmica da vida das empresas"
(as pessoas geralmesnte não contam para este género de gente. Não têm dinâmica, sabem? )
-"Constituição e seu tribunal como contraponto estatal" ( o estado que regula a livre liberdade das empresas, sobretudo das grandes empresas, nunca é bom para o exercício de livre pilhagem, por parte destas mesmas grandes empresas.Uma CRP democraticamente aprovada que limite os crimes de maiorias de ocasião é um estorvo para os criminosos em exercício quase que em exercício perpétuo)
-"Classe de juízes e legisladores".( Os últimos são os representantes das grandes empresas que nesta altura estão no governo; os primeiros constituem um órgão de soberania que só nos meios anti-democrátios se costuma achincalhar)
-"Assalariados privilegiados" ( os "assalariados" é para vincar que devem obediência exclusiva ao patrão , à boa maneira dos desejos néscios e boçais dum Capitalista boçal e néscio? Ou é para sublinhar que os assalariados nunca deverão ser privilegiados,à maneira néscia e boçal dum capitalista de igual monta?
-"Emergências e urgências das economias privada e pública"( mas este governo e a troika tiveram em conta alguma vez as economias públicas? Tiveram sim em vista as privadas, nomeadamete as grandes privadas, que enriqueceram,enquanto todo o resto do país empobrecia)
Por favor.Que tristeza
De
Fico sempre um pouco intrigado se as idiotices vociferadas como vacas sagradas constituem um convite à submissão passiva e pusilânime à troika e aos mandamentos anti-democráticos da UE ou se são uma chamada de atenção para os círculos arregimentadores das mamas governamentais.
Essa dos juízos proclamados como mandamentos divinos tem o seu quê de tontice e faz lembrar indirectamente o reich dos 1000 anos do outro.
A menos que isto seja tudo uma forma de credo como meio de esconjurar o que se adivinha.
De
Que tédio...
Os portugueses parece que mostram o mínimo de sentido de Justiça e não vale a pena culpar o endoutrinamento socialista ou a Constituição Esquerdista por isso. Como bem lembrava hoje o Luís Salgado de Matos, os Juízes julgam com base em princípios do Direito e não apenas naquilo que está escrito na Constituição. E não são apenas os nossos, os Alemães também o fizeram e não têm uma Constituição programática como a nossa, sendo que os seus Juízes foram bem mais longe do que os nossos ao proteger as pensões com base no Direito à Propriedade, que é um conceito bem Liberal. Claro, a resposta do costume é que não temos dinheiro para isso e a réplica óbvia é que podemos sempre determinar a quem pagamos (leia-se reestruturação da dívida). Defender que estes valores devem ser ignorados em nome da competividade das empresas ou sei lá que mais é querer passar por cima do Estado de Direito, Nada que espante, afinal a escola de Hayek defendia soluções autoritárias para contrapor ao desejo natural das pessoas de alguma prosperidade económica partilhada, fosse por via de federalismos impostos de cima para baixo, fosse pela solução menos sofisticada mas mais habitual do Golpismo (vide Chile circa 1973).
Esta de dizer que os portugueses estão com o tribunal constitucional é o equivalente a dizer que os portugueses estão com o PCP.
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