pedindo desculpa por mais esta intromissão em gostos musicais e artísticos, não resisto a divulgar uma cena, no link abaixo, do filme La Vie d’Adèle (Blue is the warmest colour, na versão inglesa), do realizador franco-tunisino Abdellatif Kechiche, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes 2013. Pela primeira vez, o júri decidiu associar as duas actrizes principais, exaqueo, ao prémio.
Filme muito interessante. Demora três horas e é sobre o despertar e a transição para a vida adulta, e o envolvimento numa intensa relação lésbica, da protagonista Adèle, com longuíssimas e tórridas cenas de sexo, que se não fosse a grande envolvência emocional e alguma preocupação estética na filmagem seriam liminarmente classificadas como pornografia hardcore. Só por isto o filme já seria escandaloso, porque ambas as atrizes, ainda para mais sendo heterossexuais, se entregaram sem reservas, e sem limites, uma à outra nas cenas de cama. Mas o filme vale muito mais do que isso.
Fazendo a ligação ao post, deixo a minha cena preferida, que faz lembrar as manifestações contra a troika. Quem a vir que não se distraia com as legendas em inglês e se concentre neste show de naturalidade e à vontade que é o rosto bonito de Adèle.
On lache rien, que numa tradução literal quer dizer que não largamos nada, adquire aqui o seu pleno sentido de “não abandonamos nada, não abdicamos de nada, não renunciamos a nada, não desistimos de nada”. Esta cena é de antologia.
1 comentário:
Caro Teles,
pedindo desculpa por mais esta intromissão em gostos musicais e artísticos, não resisto a divulgar uma cena, no link abaixo, do filme La Vie d’Adèle (Blue is the warmest colour, na versão inglesa), do realizador franco-tunisino Abdellatif Kechiche, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes 2013. Pela primeira vez, o júri decidiu associar as duas actrizes principais, exaqueo, ao prémio.
Filme muito interessante. Demora três horas e é sobre o despertar e a transição para a vida adulta, e o envolvimento numa intensa relação lésbica, da protagonista Adèle, com longuíssimas e tórridas cenas de sexo, que se não fosse a grande envolvência emocional e alguma preocupação estética na filmagem seriam liminarmente classificadas como pornografia hardcore. Só por isto o filme já seria escandaloso, porque ambas as atrizes, ainda para mais sendo heterossexuais, se entregaram sem reservas, e sem limites, uma à outra nas cenas de cama. Mas o filme vale muito mais do que isso.
Fazendo a ligação ao post, deixo a minha cena preferida, que faz lembrar as manifestações contra a troika. Quem a vir que não se distraia com as legendas em inglês e se concentre neste show de naturalidade e à vontade que é o rosto bonito de Adèle.
On lache rien, que numa tradução literal quer dizer que não largamos nada, adquire aqui o seu pleno sentido de “não abandonamos nada, não abdicamos de nada, não renunciamos a nada, não desistimos de nada”. Esta cena é de antologia.
http://www.youtube.com/watch?v=Kl5xvMwCPqA
HM
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