«Portugal - Os caminhos da incerteza», um imperdível documentário de François Manceaux sobre a trajectória do país nas últimas décadas: do momento de exaltação da Expo 98 à actual crise. O que mudou e o que permaneceu. Com testemunhos, entre outros, de Boaventura de Sousa Santos, Daniel Oliveira, Eduardo Lourenço, Inês de Medeiros, Ricardo Paes Mamede e Rui Tavares.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Os caminhos da incerteza
«Portugal - Os caminhos da incerteza», um imperdível documentário de François Manceaux sobre a trajectória do país nas últimas décadas: do momento de exaltação da Expo 98 à actual crise. O que mudou e o que permaneceu. Com testemunhos, entre outros, de Boaventura de Sousa Santos, Daniel Oliveira, Eduardo Lourenço, Inês de Medeiros, Ricardo Paes Mamede e Rui Tavares.
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3 comentários:
O documentario e bom so nao percebo uma coisa.
Porque e que as entrevistas sao feitas em frances mas a narracao e feita em portugues?
Traduziram a narracao mas nao as entrevistas? Ridiculo.
O documentario foi desenhado de raiz assim? Pior que ridiculo.
LEIAM E PASSEM MENSAGEM.
Centros Novas Oportunidades: Governo quer técnicos a trabalhar de borla.
Caro leitor.
Como tudo na vida, todos nós formulamos a nossa opinião sobre determinados assuntos. Educação, Ciência, Política, Família, etc. Há assuntos que nos batemos por um lado, ou por outro. Apoiamos determinadas iniciativas, criticamos outras, mas há algo que nos une a todos. A dignidade profissional e humana.
Como foi amplamente noticiado há algumas semanas, o Governo decidiu, através da ANQEP comunicar que os Centros Novas Oportunidades tem autorização para continuar a laborar, até 31 de dezembro, no sentido de finalizar processos, para que, a 1 de janeiro de 2013, inicie um novo programa já reformulado.
Um ponto prévio que se deve referir. Os CNOs, sempre foram um alvo deste Governo. Esquecem-se porém que foram lançados como Centros RVCC por volta de 2002, através do governo de Durão Barroso. Com Sócrates, tudo foi ampliado e o nome alterado, mas a base manteve-se. Portanto, este é uma metodologia que uns podem gostar ou não, mas tem tido enorme sucesso, não só em Portugal mas pela Europa fora.
Retomando o raciocínio. Os jornais noticiaram este prolongamento até 31 de dezembro mas esqueceram-se, convenientemente de confirmar, em que moldes isto iria ser feito.
Perante isto, a ANQEP, através do seu Presidente - Gonçalo Xufre, diz que os Centros podem continuar até final do ano, desde que assegurem financiamento próprio. Sim, leram bem. O governo diz a uma iniciativa dependente dele, que se quer continuar a produzir para o Estado, tem que assegurar financiamento, porque do Estado - NADA!
O que o Governo faz é dar o péssimo exemplo que muitas vezes critica. Quer que os técnicos trabalhem de borla (mesmo quando o Estado é auxiliado pelos fundos da UE com uma contribuição à volta de 70% para pagar esta iniciativa).
Ou seja. Perante tudo isto, existem vidas profissionais que vão acabar.
Esta sexta-feira, data final do contrato estabelecido entre os Centros e respetivos profissionais, a taxa de desemprego irá aumentar significativamente, porque obviamente as pessoas não estão dispostas a trabalhar de borla para Passos, Relvas, Crato e companhia.
As pessoas não vivem de ar. Tem contas para pagar, tem vida! E não estão para serem reféns de um jogada ditatorial, em que se brinca ao "faz de conta" com a educação de adultos. Milhares de pessoas, ainda pensam que está tudo bem com os CNOs. Pensam que vão para a Escola. Pensam que tudo irá continuar e que serão certificadas. Enganem-se!
O Governo quer que os tecnicos trabalhem de borla, mas o ser Humano não consegue sobreviver de ar!
BASTA!
Caro Nuno
A intervenção mais acertada nesta peça é sem dúvida a primeira de Villaverde Cabral (subscrevo as preocupações da segunda e discordo radicalmente da terceira, é claro). O debate, entre nós, mesmo o debate em democracia, reporta-se a uma elite política-económica-mediática-académica que basicamente sabe perpetuar-se praticando alguma cooptação muito seletiva como forma de rejuvenescimento. Dito isto, é de facto "vira o disco e toca o mesmo".
Naturalmente, esta opinião certeiríssima de MVC diz respeito antes de mais ("fabula de te narratur") à própria galeria de notabilidades que se passeiam pela própria peça jornalística. Era bom, sinceramente, que pudéssemos ouvir outras coisas, e contadas por outras pessoas. Isto já enjoa. Sinceramente, não admira que “com penas nos deitemos e com penas acordemos...”
Quanto ao Daniel Oliveira, tem carradas de razão naquilo que diz perto do minuto 48. Claro está que o partido do Daniel Oliveira, a "Esquerda Europeia", com a posição oficial de "Salus Europa Suprema Lex" que é inquestionavelmente a sua, contribui ele próprio de forma muitíssimo decisiva (e com tremendas responsabilidades políticas, que ainda há de talvez chegar o tempo de apurar) para a manutenção da fantochada global, o tal esvaziamento ou castração da democracia, etc.
Quanto ao Ricardo Paes Mamede, tem geralmente razão, mas a ênfase no tema religioso parece-me um tiro ao lado. A Grécia não é católica, mas isso não altera nada de fundamental. A auto-culpabilização das vítimas é um tema sociologicamente muito importante, sem dúvida. Mas creio sinceramente que as especificidades da "ética católica" têm muito pouco a ver com isso.
Um abraço, e poucas penas…
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