Para comemorar os treze anos da sua edição on-line, o Jornal de Negócios desafiou treze pessoas a sugerirem boas ideias que mudem a "sorte" do país. Esta foi a minha.
Parece-me uma boa ideia, pelo menos ficamos aa saber que estamos a pagar para nada e dessa maneira talvez possamos deixar de dobrar a espinha a quem nos anda a tramar Há tanto e por uma vez "pontapear" o "traseiro" dos interesses privados.
Não percebi muito bem a ideia. As informações acerca das taxas de juro, maturidades das obrigações e compradores dos títulos já estão na posse do IGCP e são, em grande medida, públicas. O que é que a auditoria poderia acrescentar?
E o que se poderia dizer acerca dos fins com que a dívida pública é emitida? A dívida serve para cobrir um défice. A partir desse momento, parece-me que é tão legítimo dizer que a dívida foi emitida para pagar os carros dos assessores do ministro como para pagar os subsídios de desemprego da Segurança Social. Ou não estou a ver bem a coisa?
realmente uma ideia sem pés nem cabeça. pena q seja isso q a nossa academia produz.
por um lado, a informação é publica (IGCP). por outro lado parece n perceber, como disse um comentador, para q serve a divida pública.. sinceramente!.. pra isto, mais valia tar calado.. fico envergonhado de pensar que este senhor é investigador em economia (provavelmente doutorado!)
Como escreveu PR, "as informações ... são, em grande medida, públicas". Pois precisamente! Isso equivale, parece-me, a reconhecer que não o são completamente... Por outro lado, uma auditoria dá sem dúvida muito maior publicidade aos assuntos, e potencialmente também maior sistematicidade e maior clareza. Haverá algum problema de raiz com qualquer desses objectivos? Bem sei que isto pode ser uma má ideia. Aliás, quem pretende ter de todo ideias arrisca-se por definição a, de vez em quando, ter uma má ideia... E é por isso mesmo, caro Anónimo, que é melhor não correr a crucificar ninguém por motivos tão fúteis. Se há mal a combater na vida académica (em Portugal, mas não só) é o do medo excessivo do rídiculo - por extravagância, por se descobrir que afinal não se sabe tudo de tudo, etc. Por definição é impossível saber-se tudo acerca de tudo. E quem se obstina em só ter mesmo as ideias "certas" acaba inevitavelmente... por não ter ideia nenhuma!
A dívida pública em Portugal vai muito além do que estará registado pelo IGCP. O estado é responsável pelas dívidas de inúmeras empresas públicas e é responsável pelos pagamentos das PPPs. Acrescentem-se ainda as dívidas das autarquias.
"A dívida pública em Portugal vai muito além do que estará registado pelo IGCP. O estado é responsável pelas dívidas de inúmeras empresas públicas e é responsável pelos pagamentos das PPPs. Acrescentem-se ainda as dívidas das autarquias."
O Nuno Teles pediu efectivamente uma auditoria à dívida pública para conhecer "maturidades, taxas de juro, quem são os nossos credores", etc. Essa informação já é, de facto, conhecida.
Não é tão bem conhecida no que diz respeito aos sectores que refere, mas penso que aí o que se pede não é tanto uma auditoria à dívida mas aos processos de desorçamentação.
Os processos de desorçamentação são bem conhecidos. O que faz falta é saber quais os compromissos a que o estado está obrigado e qual será o seu impacto efectivo.
Chego tardiamente ao debate, mas só queria acrescentar uns breves pontos:
1- Nem toda a dívida pública está em obrigações do tesouro. O estado recorre a diferentes tipos de crédito (dos bancos comerciais ao banco europeu de investimentos).
2 - Mesmo no que diz respeito aos títulos do tesouro a informação não está disponível. Sabemos dos leilões e das condições destes e pouco mais. Temos uma ideia aproximada dos países credores, mas não de que tipo de instituições.
Não me parece que seja o caso de Portugal, mas veja-se esta notícia do público para se perceber como é fácil manipularem-se os números através de instrumentos financeiros:
16 comentários:
Parece-me uma excelente ideia!
É preciso alguma lata para tenta pretensa ingenuidade.
é um bocadito ingénuo
mas o puto inda é novo
agora ou a matemática e a economia andam de costas voltadas
ou a senilidade cavalgante não afecta apenas políticos
e para tenta Anonimidade
ao menos o acordo orto....
Excelente ideia.
Parece-me uma boa ideia, pelo menos ficamos aa saber que estamos a pagar para nada e dessa maneira talvez possamos deixar de dobrar a espinha a quem nos anda a tramar Há tanto e por uma vez "pontapear" o "traseiro" dos interesses privados.
audi to ria
faz sentidu ou faz sentado
se nem a dívida é capaz de se auditar a ela própria
Não percebi muito bem a ideia. As informações acerca das taxas de juro, maturidades das obrigações e compradores dos títulos já estão na posse do IGCP e são, em grande medida, públicas. O que é que a auditoria poderia acrescentar?
E o que se poderia dizer acerca dos fins com que a dívida pública é emitida? A dívida serve para cobrir um défice. A partir desse momento, parece-me que é tão legítimo dizer que a dívida foi emitida para pagar os carros dos assessores do ministro como para pagar os subsídios de desemprego da Segurança Social. Ou não estou a ver bem a coisa?
Isso realmente resolveu meu problema, obrigado!
realmente uma ideia sem pés nem cabeça. pena q seja isso q a nossa academia produz.
por um lado, a informação é publica (IGCP). por outro lado parece n perceber, como disse um comentador, para q serve a divida pública.. sinceramente!.. pra isto, mais valia tar calado.. fico envergonhado de pensar que este senhor é investigador em economia (provavelmente doutorado!)
sinceramente!!
Como escreveu PR, "as informações ... são, em grande medida, públicas".
Pois precisamente! Isso equivale, parece-me, a reconhecer que não o são completamente...
Por outro lado, uma auditoria dá sem dúvida muito maior publicidade aos assuntos, e potencialmente também maior sistematicidade e maior clareza. Haverá algum problema de raiz com qualquer desses objectivos?
Bem sei que isto pode ser uma má ideia. Aliás, quem pretende ter de todo ideias arrisca-se por definição a, de vez em quando, ter uma má ideia... E é por isso mesmo, caro Anónimo, que é melhor não correr a crucificar ninguém por motivos tão fúteis. Se há mal a combater na vida académica (em Portugal, mas não só) é o do medo excessivo do rídiculo - por extravagância, por se descobrir que afinal não se sabe tudo de tudo, etc. Por definição é impossível saber-se tudo acerca de tudo. E quem se obstina em só ter mesmo as ideias "certas" acaba inevitavelmente... por não ter ideia nenhuma!
kristus, quer dizer então que a dívida não tem cor? muito prático
primeiro, haveria o esclarecimento quanto a quem empresta e através de quem empresta, o que clarificaria grande parte do ideário de bruxelas.
segundo, viria acrescentar o encargo que representam os juros no aumento do défice.
terceiro, viria dar uma ideia do preço da operação bpn em termos de dívida pública
quarto, para onde vai o dinheiro?
parece-me razoável...
A dívida pública em Portugal vai muito além do que estará registado pelo IGCP. O estado é responsável pelas dívidas de inúmeras empresas públicas e é responsável pelos pagamentos das PPPs. Acrescentem-se ainda as dívidas das autarquias.
Carlos,
"A dívida pública em Portugal vai muito além do que estará registado pelo IGCP. O estado é responsável pelas dívidas de inúmeras empresas públicas e é responsável pelos pagamentos das PPPs. Acrescentem-se ainda as dívidas das autarquias."
O Nuno Teles pediu efectivamente uma auditoria à dívida pública para conhecer "maturidades, taxas de juro, quem são os nossos credores", etc. Essa informação já é, de facto, conhecida.
Não é tão bem conhecida no que diz respeito aos sectores que refere, mas penso que aí o que se pede não é tanto uma auditoria à dívida mas aos processos de desorçamentação.
PR
Os processos de desorçamentação são bem conhecidos. O que faz falta é saber quais os compromissos a que o estado está obrigado e qual será o seu impacto efectivo.
Chego tardiamente ao debate, mas só queria acrescentar uns breves pontos:
1- Nem toda a dívida pública está em obrigações do tesouro. O estado recorre a diferentes tipos de crédito (dos bancos comerciais ao banco europeu de investimentos).
2 - Mesmo no que diz respeito aos títulos do tesouro a informação não está disponível. Sabemos dos leilões e das condições destes e pouco mais. Temos uma ideia aproximada dos países credores, mas não de que tipo de instituições.
Não me parece que seja o caso de Portugal, mas veja-se esta notícia do público para se perceber como é fácil manipularem-se os números através de instrumentos financeiros:
http://economia.publico.pt/Noticia/bloomberg-processa-bce-para-poder-conhecer-documentos-sobre-a-divida-grega_1472115
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