Há que investir no medo, sempre no medo, no medo dos de baixo, porque os de cima estão demasiado seguros.
Creio que a maioria compreende a acrescida insegurança social e geopolítica que tal desperdício representa, mas isso não dispensa um poderoso movimento pela paz.
É claro que a Comissão Europeia, a mesma que apoia o genocídio perpetrado por Israel na Palestina, pode contar com uma falange de intelectuais para justificar a necessidade de sacrificar os Estados sociais e o investimento socialmente necessário para transferir 800 mil milhões para os bolsos da mais lucrativa e opaca das indústrias capitalistas.
É para isto que existem verdes com armas, em plena crise climática; ou social-democratas com armas, em plena crise social. Fim do mundo, fim do mês, a mesma luta, como diz um slogan que ganha sempre novos sentidos.
Montenegro também já tinha dito que era favorável a tal desperdício: «Os próximos anos serão de acréscimo de investimento em segurança e defesa (…) Não há como evitar». Imaginem as promiscuidades, as oportunidades, que tais parcerias público-privadas vão gerar.
1 comentário:
Caro João Rodrigues,
Concordo com a sua visão , contudo e como não sou um entendido na matéria, gostaria de saber quais, então, seriam as saídas nesta situação? Deverá a UE curvar-se perante os interesses da Rússia e deixar se anexar? De que lado é suposto ficarmos, se dos EUA não, se do armamento da UE, não, então de quem? Além de expor os problemas, seria grato se fossem dadas respostas para resolver. Obrigado
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