Na semana passada, o Financial Times (FT) noticiava que as seis principais empresas petrolíferas ocidentais obtiveram um lucro recorde conjunto de 200 mil milhões de dólares. E mostrava preocupação com o entrincheiramento do capitalismo fóssil, que neste contexto está a reduzir os seus já ténues compromissos com a descarbonização.
O próprio FT reconhecia, na mesma análise, que os mercados parecem ser incapazes de fazer a transição energética, confirmando que as alterações climáticas são o seu maior fracasso. Não vai correr tudo bem, sem uma mão visível, com capacidade de planeamento. Mas isto exige desafiar politicamente mastodontes empresariais com grande poder.
Entretanto, ontem ficámos a saber que a Galp, que tem a família Amorim como um dos seus acionistas de referência, graças a uma privatização ruinosa para o país, duplicou os seus lucros: 881 milhões, o maior valor de sempre. Amorim pode investir ainda mais no porno-riquismo, no consumo conspícuo na época das desigualdades pornográficas.
Estão a ver o círculo vicioso do capitalismo realmente existente?
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