Fotograma do filme da série "Guerra das Estrelas" |
Quase coincidindo com o anúncio de um lucro no primeiro semestre de 194 milhões de euros - para o qual contribuiu a saída de 418 dos 8321 trabalhadores (5%), um agravamento das comissões aos clientes e encerramento de balcões - a administração do maior banco nacional e público, com Paulo Macedo como presidente da comissão executiva, denunciou o acordo de empresa, com vista a adaptá-lo à concorrência privada.
Refere-se na nota enviada aos trabalhadores:
"Num mercado fortemente concorrencial, e considerando as características dos Acordos de Empresa em vigor na CGD, torna-se vital e urgente rever as suas condições, aproximando-as das que vigoram na generalidade do sector". "A melhor forma de promover as alterações que se impõem no actual AE é através da figura jurídica da denúncia", lembrando - avisando - que existe um prazo limite para se alcançar um acordo. "Há, pois, que fazer um esforço de diálogo, no sentido de aproximar o AE da CGD ao da restante banca, evitando assim uma situação de desvantagem concorrencial". Apesar de alertar que não haverá vazio legal - um acordo substituirá o outro até 2020, caso haja acordo - a tabela salarial continuará a ser negociada autonomamente, à semelhança dos restantes bancos.
E para tal, usa-se até o argumento mais estafado contra acordos colectivos, agitado igualmente pelo Governo PSD/CDS em 2011/2015 para, precisamente, torpedear e arrasar a contratação colectiva quase a zero: o último acordo é 2003, o qual já reavaliou o de 1990. Está tudo muito antigo...
Os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo CGD já marcaram uma greve para 24 de Agosto e desmentem os argumentos de receberem demais, trabalharem de menos, terem uma carreira absurda, com prémios de antiguidade, anuidades luxuosas, categorias a mais, acesso a crédito à habitação demasiado fácil e demasiado tempo livre.
Fica claro que, quanto menores os custos salariais, isso tem um feito imediato na diminuição dos custos operativos. Mas isso não diz muito sobre uma maior eficiência a prazo ou aumento sustentado produtividade de cada um dos que ficam. Mais: Uma banca pública tem obrigação de ser uma referência para o mercado, tanto nas práticas comerciais, como no ambiente laboral. E não o contrário. Se o mercado é selvagem, a CGD não tem de se transformar em mais um selvagem. Mas isso seria outra filosofia na cabeça de cabeças envelhecidas. E não o fazendo, aproximando-se cada vez mais do sector financeiro privado, servirá a ideia de "para quê ter um banco público se faz o mesmo que um banco privado"?
Acrescente-se que as remunerações dos membros de administração têm uma componente fixa e outra variável (ver aqui e aqui, pag.683). A componente variável depende: dos resultados do banco, do rácio entre os custos operativos e o produto bancário; do grau de consecussão dos objectivos traçados; e do contributo para a imagem e reputação da CGD. Ou seja, quanto menores os custos, menor o rácio e maior a componente variável, ainda que não possa ultrapassar a componente fixa. Pelo menos, para já. E quem vai fazer a avaliação da imagem da CGD? O Governo?
E nem se está a falar de valores. Caso se queira ir por aí, poder-se-ia acabar com a senha de presença nas reuniões comissão de remunerações (criada a 31/8/2016). A comissão tem funções de preenchimento de vagas dos órgãos sociais e definir a sua remuneração. Mas por cada reunião, o seu presidente recebe... 5500 euros e os seus vogais 5 mil euros. Apesar da comissão reunir de forma ordinária trimestralmente, há um limite de dez reuniões anuais. Esta também deve ser uma prática da concorrência privada...
Resumindo: não está provado que "a concorrência" faça melhor que a CGD. Não está provado que baixando os custos salariais dos trabalhadores se melhorará a prática da CGD. Não está provado que ser um selvagem entre selvagens é necessariamente uma melhor prática económica e social. Mas fica provado que rever o acordo de empresa, contribui para melhorar as remunerações variáveis dos seus administradores.
70 comentários:
«não está provado que "a concorrência" faça melhor que a CGD»
Numa conta de um condomínio, que movimentou um cheque por ano, caíram mensalmente 10,40 de manutenção de conta para manter as mordomias de uma caterva de parasitas d'o que é público é nosso'!
Toda uma tradição de chulice do público tem que ser revista em baixa, e não pouco!
E isto tudo se passa com um governo PS e com um ministro do trabalho que afirma querer valorizar a contratação colectiva.
Este é o caminho inevitável da pobreza e da precariedade que o governo do PS nos impõe.
tudo isto com um governo do PS e um ministro do trabalho que valoriza a contratação colectiva. Imagine-se como seria se não fosse assim.
Quando a generalidade dos trabalhadores perceberem o efeito da destruição da contratação colectiva, voltam às lutas travadas no sec. XIX
Caterva de parasitas e chulice do público
Herr jose no seu melhor. Ou a caminho disso
Um bom post de João Ramos de Almeida que levanta várias questões importantes.
Logo a começar pelo seu presidente, Paulo Macedo, com um percurso muito peculiar ao serviço de interesses bem privados. Dos seguros à banca, passando por ministro de Passos Coelho, também ao serviço de privados interesses e promotor de missas cantadas.
Já lá iremos. Para já anotar este despautério de alguém que se assina como jose.
A quem ele chama de parasitas? A Macedo? Aos cargos da administração? Aos terratenentes dos banqueiros em tirocínio para voos mais alargados ao serviço dos interesses privados?
De facto estes são parasitas, como o povo português bem aprendeu às suas custas. Uma boa caterva de parasitas ao serviço dos seus interesses de classe. Com toda uma tradição de chulice , como todos sabemos
"Mas fica provado que rever o acordo de empresa, contribui para melhorar as remunerações variáveis dos seus administradores." E não só: fica também provado que se utiliza a porta aberta do governo PS contra os acordos de empresa, contra a negociação colectiva; e fica provado que a reestruturação é sempre à custa de cortes nos salários, despedimentos e cortes nas regalias dos trabalhadores; e fica provado que o PS deixa Paulo Macedo fazer tudo.
Parabéns pelo artigo.
O olharapo José continua cego do mesmo olho - o direito.
Ao contrário da chulice do que é público, da chulice da esquerdalhada e outros mimos joselíticos, olharápicos, com que nos brinda, já alguém o ouviu perorar contra o chulismo dos milhões dos seus amigos?
O estupor não tem mesmo a noção da escala das coisas.
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P. S. - Quanto à CGD, como não estou satisfeito, fechei a conta ao fim de muitos anos de cliente.
Quando se justificar, e se a situação na CGD voltar à normalidade, poderei voltar a ser cliente.
Eis uma forma simples de resolver o problema que não foi criado por mim.
"Sendo certo que o provérbio «diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és» remonta aos tempos bíblicos, o que para os fiéis bem pode figurar no episódio da traição de Judas a Cristo, é também notório que a expressão popular mantém plena actualidade se aplicada aos vendilhões dos templos modernos.
Evidentemente, essas não eram cogitações que ocupassem o espírito do então presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) quando, há precisamente uma década atrás, lançou, com genuína sinceridade, a declaração, sobre o Ministro do Trabalho do Governo do PS/José Sócrates:
«Vieira da Silva fez melhor do que um Governo de direita»
E para que não subsistissem quaisquer dúvidas sobre a seriedade da afirmação, o «patrão dos patrões», perguntado pela jornalista que o entrevistava se estava a fazer ironia, fez questão de esclarecer que não senhora, tratava-se de um juízo objectivo decorrente do empenho pessoal do ministro em levar por diante as alterações laborais requisitadas pelas confederações patronais ao governo, enumerando algumas dessas malfeitorias.
Interrogado sobre se o banco de horas e outros mecanismos de «flexibilidade» eram uma maneira das empresas deixarem de pagar trabalho extraordinário, o presidente da CIP foi taxativo: «no fundo é para acabar com o conceito de horas extraordinárias. Trabalhar mais duas horas além do horário passa a ser regular».
Seguidamente, desafiado a comparar Vieira da Silva com Bagão Félix, antecessor com a mesma pasta no Governo PSD/CDS, o tal do ar angelical e mansas falas que em 2003 introduziu o famigerado código do trabalho, Van Zeller foi igualmente categórico: «O Dr. Bagão Félix não era especialista neste tema, era um generalista» e este ministro, Vieira da Silva, e a sua equipa «… são especializados, isto é mérito de especialistas». E prosseguiu, sentenciando que «a forma como organizaram tudo conduziu a uma melhor finalização e a uma discussão final muito curta. Quando a proposta final apareceu já estava tudo discutido» (tudo cozinhado, foi o que foi).
Para que ficasse perfeitamente claro que no sistema capitalista o papel que o grande patronato reserva ao Ministro do Trabalho é que este submeta os direitos dos trabalhadores, aniquilando-os ou diminuindo-os, aos interesses dos grupos económicos, o presidente da CIP não se conteve em mostrar quem «manda», rematando, sem disfarçar alguma arrogância, com a seguinte afirmação sobre as alterações à legislação laboral: «Foi uma vitória nossa sem dúvida nenhuma. Antes bastava uma ou duas pessoas para empatar uma equipa inteira. Agora já não».
Caro José,
(Começo a suspeitar que, por detrás deste nome José, há várias pessoas. Já li comentários seus bem mais estruturados. Esperava mais de si. Fica para a próxima...)
Entretanto, tem toda a razão. Não concordo com as comissões cobradas a quem dá o dinheiro a ser usado pelo banco sem que tenha qualquer remuneração por isso. E ainda por cima paga. Mas acho que as comissões não foram invenção do sector público, caro José. Reveja as suas informações. Até breve
Caro João
A aritmética não requer muita estruturação.
Se uma organização que é suposto viver de conceder crédito passa a viver de cobrar a quem lá põe dinheiro, algo de muito errado se passa.
O que quer que faça para reduzir os seus custos de operação é tão só completamente justificado.
E quando sugerem que por ser pública não o deve fazer, confesso que se me desestrutura o discurso muito para além do que aqui pôde ser lido.
A questão vai mais além.... Quem levou o banco a ruptura? Onde é que se pode ir buscar dinheiro para cobrir as imparidades? Quem não cumpriu foi julgado? E os bens foram arrestados? Agora sofremos todos as consequências do bajular de amigos do governo socialista. JG da-lhes cobertura pois eles tem destino para ti, não pises é o risco. Só vejo curruptos à minha volta, alguns até infiltrados seio dos que lutam pela igualdade e honestidade.
"de receberem demais" deverá ser grafado "receberem de mais".
A CGD, tal como a TAP, são empresas públicas ou semi-públicas que operam num mercado concorrencial, e por isso, são boas/razoáveis empresas públicas, quer na relação com o contribuinte, quer no serviço prestado aos clientes. Das piores empresas públicas, é exatamente aquela que não tem concorrência, ou seja, a CP. Onerosa para o erário público e com um serviço cada vez mais degradante. Logo, congratulemos Paulo Macedo por alinhar as relações laborais da CGD, com a restante banca.
Caro José,
No seu primeiro comentário, deu a entender que o agravo das coissões apenas era sentido na banca público, o que está longe de ser verdade.
Quanto às comissões, gostaria apenas que os diversos bancos me explicassem como chegaram aos valores das comissões, para depois discutir consigo se devem ou não existir.
Assim de repente, a sua existência parece-me uma forma "esperta" de compensar a falta de produto bancário. Mas assim acontece porque o sector financeiro está muito preocupado em viabilizar-se entroncadamente com o sector imobiliário e operações especiais, sem cuidar de olhar para o país. A APB que tem tanto pensamento sobre tudo, bem que poderia dedicar-se a pensar como é que Portugal se poderá viabilizar - com a ajuda do sector financeiro - sem ser à base de construção-habitação-imobiliário e fundos de investimento. Ah e de benefícios fiscais.
João Pimentel Ferreira volta ao ataque, qual Matilde à hora certa
Dá o seu abraço partidário ao Paulo Macedo, seu correligionário e seu amigo nas missas rezadas. E desatina mais uma vez com a CP, voltando àquele palavreado daquele idiota que andou por aqui a tentar impingir as PPP.
Nós percebemos que os correligionários do João aonio eliphis Ferreira tenham sido colocados à frente da CP para darem cabo dela e assim abrirem o caminho para a privatização
Como também percebemos o “ trabalhinho” que fazem os militantes dos bosses da CP.
O último destes era secretário-geral do CDS-PP
"de receberem demais" é a forma mais correcta
A palavra demais é utilizada principalmente como um advérbio de intensidade. Enquanto advérbio, modifica verbos, adjectivos ou outros advérbios. É sinónimo de em excesso, em exagero, excessivamente, muito, muitíssimo, além da conta, em demasia, demasiadamente.
De mais é uma locução adverbial que transmite uma noção de maior quantidade ou intensidade. Aparece frequentemente ligada a substantivos.
De mais significa "a mais". É uma locução adverbial que exprime "quantidade"
Demais pode ser um advérbio de intensidade com o sentido de "excessivamente", "demasiadamente"
Este alinha com a banca privada e com a cabotinice linguística
A banca deve ser nacionalizada. E posta ao serviço da economia nacional, com o o escrutínio público e com a transparência que se impõe
Veja-se como os abutres rondam à volta da banca. E como a denúncia da forma de agir da administração do banco público,face ao mundo do trabalho levanta os mais inquinados protestos
O patronato tem sede do pote. Os banqueiros representam o próprio saque
Eis a montra do funcionamento da trampa do Capital
Os cargos na gestão do banco público serviram para distribuir lugares de acordo com prioridades que nada têm a ver com os interesses da CGD. Recuámos a 1989, à época da privatização da banca, da criação da União Económica e Monetária e das maiorias absolutas do PSD, com Cavaco Silva como primeiro ministro. Analisámos os dez mandatos que cobrem o período entre 1989 e 2015 e os números são claros: a passagem de ex-governantes, militantes, dirigentes e gente próxima do PSD, do PS e, a partir de 2004, do CDS tem sido regra na gestão da Caixa.
Mas uma análise caso a caso mostra outra realidade: a promiscuidade alastra-se ao regulador – o Banco de Portugal – e à banca privada. O que têm em comum Vieira Monteiro, Mira Amaral, Carlos Santos Ferreira, Tomás Correia e Jorge Tomé? Todos eles foram presidir a bancos privados depois de saíram da Caixa. Na verdade, os três primeiros ainda estão à frente do Santander Totta, do BIC, e do BCP, respectivamente.
Os conselhos de administração da Caixa Geral de Depósitos foram, ao longo dos últimos anos, território ocupado por gente próxima do poder político e económico, que muitas vezes se confundem. Na verdade, a actual composição dos órgãos sociais da Caixa não mostra qualquer ruptura com este passado, pelo contrário. Paulo Mota Pinto, ex-deputado e dirigente do PSD, preside à Assembleia Geral. Rui Vilar, o primeiro presidente do período que abordamos, é vice-presidente do conselho de administração.António Domingues, e metade da comissão executiva vieram directamente do BPI para o banco público.
1989-1993
O primeiro mandato de Rui Vilar é também o primeiro em que se impõe o acordo entre o PS e o PSD de divisão das presidências da Caixa e do Banco de Portugal. É o próprio que assume. São os anos em que o governo de Cavaco Silva promove privatizações, nomeadamente no sector financeiro. É neste período que o BPI adquire o Fonsecas & Burnay, metade do Totta & Açores vai para os espanhóis da Banesto e o grupo Mello recupera o seu banco.
Rui Vilar- Presidente
Integrou os primeiros governos provisórios, após o 25 de Abril, sendo eleito deputado pelo Partido Socialista e nomeado ministro dos Transportes e Comunicação do primeiro governo de Mário Soares. Foi vice-governador do Banco de Portugal (1978-1985) e presidente do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985). Depois da passagem pela CGD, presidiu à Galp (2001-2002), à Fundação Calouste Gulbenkian (2002-2012) e à REN (2012-2014).
Fazem parte do CA:
António Vieira Monteiro- PSD
Integrou a direcção do Banco Português do Atlântico (1970-1974), do Crédito Predial Português (1974-1984) e do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985-1989). É administrador do Santander Totta desde 2000 e presidente da sucursal portuguesa do banco espanhol desde 2012
José Falcão e Cunha- PSD
Sai da CGD para integrar o último de governo de Cavaco Silva, em que assumiu a pasta do Emprego e Segurança Social. Foi deputado até 1999 e secretário-geral do PSD entre 1990 e 1992, cargo em que sucedeu a Dias Loureiro.
Carlos Tavares - PSD
Foi secretário de Estado do Tesouro da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva e ministro da Economia de Durão Barroso. Entrou na CGD depois de uma breve passagem pela administração do Banco Português do Atlântico, tendo depois exercido cargos no BCP, no Totta & Açores, no Pinto & Sotto Mayor, no Crédito Predial Português e no Santander. É presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) desde 2005.
1993-1995
É no início deste mandato que a Caixa passa a ser uma sociedade anónima de capitais integralmente públicos. A divisão partidária da administração da CGD alarga-se aos vice-presidentes, com o PSD de Cavaco Silva a colocar os seus na cúpula do banco. O ano de 1995 é marcado pela recuperação do Pinto & Sotto Mayor por Champalimaud, a que juntaria o Totta e o Crédito Predial Português.
António Vieira Monteiro e Carlos Tavares ocupam as vice-presidências - ambos do PSD, claro
1996-1999
Com a mudança de governo, Rui Vilar impõe o respeito pelo acordo de alternância e dá o lugar a João Salgueiro. As alterações no sector financeiro prosseguem, com a adesão de Portugal ao euro. A Caixa vê-se envolvida na compra do grupo Champalimaud pelos espanhóis do Santander, comprando todo o grupo mas mantendo apenas a seguradora Fidelidade, passando o Totta e o Crédito Predial para o Santander, e o Pinto & Sotto Mayor para o BCP.
Presidente: João Salgueiro PSD
A sua primeira passagem pelo governo dá-se durante o regime fascista, como subsecretário de Estado do Planeamento (1969-1971). Foi vice-governador do Banco de Portugal (1974-1975), ministro das Finanças da AD (1981-1983) e deputado do PSD até 1985. Foi presidente da Associação Portuguesa de Bancos e vice-presidente do Conselho Económico e Social.
Vice-presidentes: Alexandre Vaz Pinto e António Vieira Monteiro- PSD
Alexandre Vaz Pinto
Foi ministro do Comércio e Turismo da AD (1981) e vice-governador do Banco de Portugal (1983-1986). Antes de entrar para a CGD foi presidente (1986-1991) e vice-presidente (1992-1996) do Banco Espírito Santo, antes e depois da sua privatização.
Da sua cúpula faz parte Almerindo Marques PS
Foi secretário de Estado da Administração Escolar (1976-1978) e deputado do PS (1983-1985). Integrou a administração do Banco Espírito Santo (1976-1986), foi presidente do Fonsecas & Burnay (1986-1989) e director do Barclays Portugal (1989-1997). Depois de se aposentar da CGD foi presidir à RTP (2002-2007) e à Estradas de portugal (2007-2011), de onde saiu para administrador da construtora Opway, do Grupo Espírito Santo, tendo comprado essa empresa em 2015.
2000-2004
O novo milénio traz consigo o alastrar da influência do PS e do PSD a todo o Conselho de Administração: passa a ser difícil encontrar um vogal que não tenha perfil partidário. Acabado o longo processo de privatizações na banca, a Caixa passa a ser o único banco público em Portugal. São os anos da chegada ao governo de duas figuras que marcariam, pelas piores razões, mais de uma década em Portugal e na União Europeia: Durão Barroso e Paulo Portas.
Presidente António de Sousa- PSD
Foi secretário de Estado em ambas as maioria absolutas de Cavaco Silva, com várias pastas. Preparou a adesão ao euro como governador do Banco de Portugal (1994-2000). Depois de sair da CGD, integrou a administração da Brisa e European Advisory Board do JP Morgan Chase.
Vice presidentes: Oliveira Cruz ( PS) Mira Amaral (PSD)
Oliveira Cruz
Passou pelo Fonsecas & Burnay no início da década de 1970, de onde saiu para o Gabinete da Área de Sines. Foi secretário de Estado do primeiro governo de Mário Soares (1976-1978) e passou pelo Pinto & Sotto Mayor antes de entrar para a administração da CGD (1984-1989). Foi administrador do Banco de Portugal entre 1996 e o regresso ao banco público.
Mira Amaral:
Ministro de todos os governos de Cavaco Silva, foi eleito deputado pelo PSD em 1995. Antes de chegar à Caixa, foi administrador do BPI (1998-2002). Em Setembro de 2002 passa à situação de aposentação, o que não impediu que tenha passado pela EDP, a Unicer, a Cimpor, a
Vista Alegre e a Repsol. Foi presidente do BIC, comprador do BPN após a sua nacionalização, entre 2007 e 2016
Entre os vogais:
Miguel Athayde Marques PSD
É administrador da Galp desde 2012. Dirigiu a Bolsa de Valores de Lisboa (2005-2010) e tem passagens pelos conselhos de administração da Jerónimo Martins e da Brisa
José Ramalho PSD
Fez carreira no Banco de Portugal antes de ingressar na administração da CGD. Manteve cargos de administração em empresas participadas pelo banco público, nomeadamente no ramo segurador, na banco de investimento e nas sucursais em França e no Luxemburgo até 2011. É, desde então, vice-governador do Banco de Portugal.
Vitor Fernandes PS
Maldonado Gonelha PS
Foi ministro em todos os governos de Mário Soares e deputado do PS (1976-1987). Passou pela administração de várias empresas entretanto privatizadas depois da última experiência governativa, na Petrogal (1986-1988), na Quimigal (1989-1993) e na Covina (1992-1993).
Carlos Costa PSD
Apesar de nunca ter sido eleito para cargos públicos, ocupou cargos de destaque na União Europeia desde a adesão de Portugal, em 1986. Foi membro do Comité de Política Económica, da Representação Permanente de Portugal e membro das delegações portuguesas aos conselhos europeus até 1992. Foi ainda chefe de gabinete do comissário europeu João de Deus Pinheiro, nomeado pelo PSD (1993-1999). É governador do Banco de Portugal desde 2010, tendo acompanhado a queda do BES e do Banif.
Luís Alves Monteiro PSD
Trabalhou no BPI, no Borges & Irmão, no Fonsecas & Burnay, no Banco de Fomento Nacional e no Banco de Fomento Exterior, ocupando cargos de chefia. Foi secretário de Estado da Indústria de Cavaco Silva (1989-1995)
2004-2005
Com a saída da anterior administração, regressa a divisão entre o PSD e o PS no topo da CGD, mas o destaque vai para a entrada do CDS-PP na divisão dos cargos sociais no banco. Celeste Cardona sai do Ministério das Finanças directamente para a administração da Caixa.
Presidente: Vitor Martins PSD
Participou em todo o processo de integração de Portugal na CEE e foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus em todos os governos de Cavaco Silva (1985-1995). Coordenou as negociações dos pacotes Delors I e II, do mercado único europeu e do Tratado de Maastricht. Foi presidente da Jazztel Portugal (1999-2002) e administrador da EDP (2003-2004), antes da entrada para a presidência da CGD.
Vice-presidentes: Maldonado Gonelha PS e João Freixa
João Freixa
Entrou no sector financeira como auditor na Price Waterhouse & Co., saltando para o Barclays em 1985, onde chefiou a sucursal portuguesa (1997-2002). Antes da entrada para a CGD, foi presidente da Bolsa de Valores de Lisboa. Em 2006 ingressou na administração do Banco Espírito Santo, onde se manteve durante o colapso do banco, saindo apenas em Setembro de 2014, já do Novo Banco.
Entre os seus vogais:
José Ramalho PSD
Vitor Fernandes PS
Luís Alves Monteiro PSD
Trabalhou no BPI, no Borges & Irmão, no Fonsecas & Burnay, no Banco de Fomento Nacional e no Banco de Fomento Exterior, ocupando cargos de chefia. Foi secretário de Estado da Indústria de Cavaco Silva (1989-1995).
Carlos Costa PSD
Celeste Cardona CDS/PP
Foi deputada no Parlamento Europeu entre 1997 e 1999, e na Assembleia da República até 2002, sempre eleita pelo CDS-PP. É nesse ano que chega a ministra da Justiça, de onde sai directamente para a administração da CGD. Depois de se aposentar em 2008, integra os órgãos de sociais da EDP, a partir da última fase de privatização, em 2012.
Norberto Rosa PSD
Ocupou o cargo de secretário de Estado do Orçamento em dois governo (1993-1995 e 2002-2004), sempre indicado pelo PSD. Pelo meio foi director do Banco de Portugal. Enquanto administrador da CGD, presidiu ao BPN depois da nacionalização, acompanhando o processo de entrega ao BIC.
2005-2007
Muda o governo e a administração da Caixa, e o PS passa a ocupar a presidência e a vice-presidência. Mas a divisão pelos três partidos que se vão sucedendo no governo não cessa. Esta é a administração que, em 2008, se mudou de armas e bagagens para o BCP.
Presidente: Carlos Santos Ferreira PS
Eleito deputado pelo PS em 1976, vai para a gerência da ANA no ano seguinte. A partir de 1992, ocupa lugares de destaque no grupo Champalimaud, seja na Mundial Confiança, seja no Pinto & Sotto Mayor. Em 1999 salta para o grupo BCP e para a Estroril-Sol, de onde sai em 2005 para presidir à CGD. Sai directamente para a presidência do BCP, cargo que ainda ocupa, levando consigo Armando Vara e Víctor Fernandes.
Vice-presidente: Maldonado Gonelha PS
Todos os vogais têm ligações partidárias:
Francisco Bandeira PS ; José Ramalho PSD ; Celeste Cardona CDS ; Norberto Rosa PSD ;
Armando Vara PS ; Vitor Fernandes PS ; Carlos Costa PSD
2008-2011
A polémica saída do presidente e de dois administradores para o BCP ditaram a alteração no conselho de administração. Faria de Oliveira, ainda hoje presidente da Associação Portuguesa de Bancos, entra e faz regressar a presidência do banco a uma figura do PSD. Os três anos são marcados pelo início da crise financeira e económica mundial.
Presidente: Faria de Oliveira PSD
Foi secretário de Estado em várias pastas e em todos os períodos em que o PSD esteve no governo, durante toda a década de 1980. É promovido a ministro do Comércio e Turismo (1990-1995), sendo eleito deputado pelo PSD nesse ano. É, desde 2012, presidente da Associação Portuguesa de Bancos.
Vice-Presidente: Francisco Bandeira PS
Entre os vogais: Norberto Rosa PSD ;Rudolfo Lavrador PS; Araújo e Silva PS; Jorge Tomé PS
2011-2013
O modelo de gestão da CGD é alterado pelo governo do PSD e do CDS-PP, este último que volta a ter um representante na administração da Caixa. O banco passa a ter uma comissão executiva, onde reside o poder, e que é presidida por José de Matos, com Nogueira Leite e Norberto Rosa como vice-presidentes. Em 2012, o governo aprova um plano de recapitalização, com a entrada de 900 milhões de euros em «instrumentos financeiros híbridos».
Presidente: Faria de Oliveira PSD
Vice-presidente: José de Matos PSD
Técnico do Banco de Portugal desde 1979, chegou a vice-governador em 2002, sendo o
substituto de Vítor Constâncio nas reuniões do Conselho de Governadores do BCE e no FMI.
Entre os vogais:
António Nogueira Leite PSD
Depois de ocupar cargos em empresas, chegou a presidente da Bolsa de Valores de Lisboa em 1999, de onde saiu no mesmo ano. Foi nomeado secretário de Estado do Tesouro e das Finanças do segundo governo de Guterres até 2000, quando entrou para o Grupo Mello, onde administrou várias empresas. Nos três anos anteriores à entrada na CGD foi membro do Conselho Nacional do PSD. Em Junho de 2011 participou no encontro do Clube de Bilderberg.
Norberto Rosa PSD
Cabral dos Santos PSD
Rudolfo Lavrador PS
Nuno Fernandes Thomaz CDS
Fundou a consultora financeira ASK, que geriu até à entrada para a CGD. Foi secretário de Estado dos Assuntos do Mar de Paulo Portas (2004-2005), dirigente nacional do CDS-PP e cabeça de lista por Santarém nas legislativas de 2005.
Álvaro Nascimento PSD
Fez carreira no BPI e na Faculdade de Economia da Universidade Católica do Porto. Foi conselheiro de David Justino no Ministério da Educação. Enquanto esteve no conselho de administração da CGD, acumulou os cargos com um lugar nos órgãos sociais da Unicer.
2013-2015
Faria de Oliveira dá o lugar a Álvaro Nascimento, mas a comissão executiva continua a ser presidida por José de Matos. O CDS-PP sobe na hierarquia, com Nuno Fernandes Thomaz a ser nomeado vice-presidente da comissão executiva. Prossegue o plano de reestruturação, que leva à saída de milhares de trabalhadores e à redução da presença em Espanha.
Presidente: Álvaro Nascimento PSD
Vice-Presidente: José de Matos PSD
Caro João,
Lamentavelmente, o que domina neste país são as indignações pontuais, tanto mais exaltadas quanto mais importa que uma mão-cheia de indignidades sejam metodicamente ignoradas.
1 - Os bancos agarram-se ao imobiliário? É sim, porque em tudo o mais a irresponsabilidade é protegida pela lei e os tribunais são uma lenta lotaria. Recordo-lhe a evolução do artº 35º do CSC a partir da transcrição de uma directiva comunitária que nasceu no estado de suspenso e que evoluiu para a balda total.
2 - Os bancos precisam de comissões? É sim, que enquanto um trolha ou uma costureira, vai de requitó para o desemprego, os bancários vão reformados, pré-reformados, saciados, e tudo isso no seu próprio e voluntário vagar.
3 - Os bancos têm benefícios fiscais. É sim, para se calarem e conformarem com os tabus políticos, as políticas públicas com destaque para a dívida e uns tantos salvadores projectos, toda uma tralha que sempre cuida que o neoliberalismo e a competência não sejam uma ameaça.
...e por aí fora nesta grande farsa cheia de estabilidade.
Uma nota mais:
«No seu primeiro comentário, deu a entender que o agravo das comissões apenas era sentido na banca público, o que está longe de ser verdade. »
Não vejo como tal possa ter sido entendido.
O que mais que dar a entender, ficou dito, é que são muitas as vozes que por a CGD ser pública lhe atribuem a missão de sustentar pessoal, e isso naturalmente se reflectirá nas comissões.
Sustentar pessoal?
Eis o que importa descodificar. Sustentar o pessoal político e ideológico do bloco-central de interesses e da direita e da sua extrema
Como aí em cima se demonstra
E como o demonstram os inúmeros comentários de josé ao reconhecimento da importância de banqueiros bem nutridos e bem pagos
A luta de classes aí está toda impante, demonstrando o porquê de uns estarem do lado de quem trabalha e outros do lado de quem explora e vive de mordomias inqualificáveis
Ah e voltamos ao artigo 35 , aquele peculiar artigo subtraído por Cavaco e que é usado como desculpa para o facto do outrora terratenente banqueiro ser afinal aquilo que é
Solidariedades de negócio e de ideologia em busca de desculpas para um facto que irrompe pela doutrina:
Esta sociedade é uma boa trampa e quem a usa em seu favor está cada vez mais rico e em melhor situação
O resto é este paleio lacrimoso e patético, justificativo da actividade predadora da banca e de banqueiros. Indo ao ponto de abjectamente insultar bancários desta forma acanalhada
Se o autor grafou "de menos", como contraponto deveria grafar "de mais" e não "demais".
a) De mais significa "a mais". É uma locução adverbial que exprime "quantidade". Opõe-se a "de menos".
Ex: O café tem açúcar de mais para o meu gosto.
b) Demais pode ser um advérbio de intensidade com o sentido de "excessivamente", "demasiadamente".
Ex. O João dorme demais.
Demais, se falamos de dinheiro, algo quantificável, deverá grafar-se "de mais", como contraste a "de menos".
A ignorância militante que infesta alguns dos comentários no LdB aliada à má-fé de bem referenciados treteiros põe os Códigos de Leis a cargo dos PMs e na passagem absolve a maioria geringonça.
Afirma jose:
"Lamentavelmente, o que domina neste país são as indignações pontuais, tanto mais exaltadas quanto mais importa que uma mão-cheia de indignidades sejam metodicamente ignoradas."
Esta questão das indignidades tem muito que se lhe diga.
Denunciar a corrupção, os corruptores e os corrompidos passará como indignações pontuais?
Denunciar esta dança promiscua na CGD entre interesses privados e interesses públicos e entre boys sonantes e boys dissonantes passará como indignações pontuais?
Apontar o dedo aos proxenetas dos offshores, utilizados como úteis formas de lavagem de dinheiro e de instrumentos de fuga ao fisco passará como indignações pontuais?
O que jose tenta vender como "indignidade metodicamente indignada"?
A transferência da riqueza de baixo para cima?
A transformação da dívida privada em pública?
O erário público pagar os desmandos da banca e dos banqueiros,cobrindo os seus prejuízos, depois destes terem ficado com os bolsos cheios com os seus privados negócios?
(Não vale a pena determo-nos sobre idiotices como "ignorância militante e a má fé com treteiros associados".
Não vale a pena que este jose fuja para propaganda oca e vazia que padece quem pensa que argumentar é atirar tretas para cima dos outros.
Nem vale a pena esmiuçar idiotices sobre Códigos de Leis associados a PMs nem ressabiados girando em torno da geringonça .
Vamos aos factos)
Quais serão então as indignidades metodicamente ignoradas?
Afirma jose:
"Os bancos agarram-se ao imobiliário? É sim, porque em tudo o mais a irresponsabilidade é protegida pela lei e os tribunais são uma lenta lotaria."
Temos então que o motivo pelo qual os bancos alimentam a bolha especulativa imobiliária é porque em tudo o mais reina a irresponsabilidade. Que ainda por cima é protegida por lei. E os tribunais são uma lotaria. Lenta, ainda para mais.
Temos assim que o agarrar dos bancos ao imobiliário não é uma irresponsabilidade. Aí não reina a dita. Ou será que é por não estar protegida pela lei que o imobiliário se pode agarrar pelos bancos? A lei então não devia proteger o não agarrar o imobiliário? Então a lentidão dos tribunais justifica-se para que o imobiliário possa continuar a ser agarrado pelos bancos. Ou seja,ainda bem que o imobiliário está fora da alçada da lei que protege a irresponsabilidade mas que não protege a responsabilidade do imobiliário.
Deixa-lhe as mãos livres. Aos bancos, coitados, que se não fora isso...
Mais "indignidades metodicamente ignoradas"
Afirma jose: "Recordo-lhe a evolução do artº 35º do CSC a partir da transcrição de uma directiva comunitária que nasceu no estado de suspenso e que evoluiu para a balda total".
Vamos recordar o que tem dito ao longo do tempo jose sobre este mesmo artigo. Primeiro tentou-o colar À esquerda. Depois quando identificada a sua paternidade e o seu cangalheiro, calou-se e tentou desviar o assunto para outra parte.
Afirmava jose: (27 DE MAIO DE 2018 ÀS 00:25): "Acontece que o artº 35 estava muito certo quando nasceu por força de uma directiva comunitária. Mas nasceu ´suspenso de aplicar-se' para evitar a falência das empresas públicas.
Mas a palhaçada a caminho do socialismo prefere que se eternize a bandalheira! "
O referido artigo nasceu durante a governação de Cavaco Silva, teve desenvolvimentos curiosos ainda durante o seu governo e finou-se mais uma vez com Cavaco Silva. Falar no caminho para o socialismo pela mão de Cavaco é pura bandalheira intelectual.
Se estamos no domínio da farsa ou do extremismo de direita que considera Cavaco de esquerda não sabemos.
O que sabemos é que também é completamente falso que foi "´suspenso de aplicar-se' para evitar a falência das empresas públicas".
O referido artigo 35 é uma farsa. Uma anedota. Como se um artigozito permitisse o respeito pela lei e impedisse o roubo, a fraude, o neoliberalismo ultrajante ou a pesporrência ideológica.
Como se a Lei tivesse impedido Dias Loureiro de fazer o que fez e de se passear impune.Ou o Relvas? Ou o Portas? Ou todos os banqueiros e afins que fizeram o que fizeram e engordaram obscenamente à nossa custa. Personagens a quem jose batia palmas e endeusava como verdadeiros terratenentes
É o "capitalismo estúpido"
O melhor no entanto nem sequer é isto. É que o tal artigozito não responsabiliza de facto os gestores como grotescamente alguém insinua
Quem quiser lê o artigo original
http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=524&tabela=lei_velhas&nversao=1&so_miolo=
Mas há ainda mais:
As versões do artigo 35 nunca chegaram a ter aplicação prática. Uma fraude legislativa e argumentária
http://www.abreuadvogados.com/xms/files/02_O_Que_Fazemos/Publicacoes/Artigos_e_Publicacoes/Reviravolta_no_art.35_do_CSC_-_D_D6.pdf
Mais ainda: quem a modificou foi o próprio Cavaco Silva. Quem esteve embrulhado a parir aquela anedota e as suas sucessivas correcções foi a direita e a extrema-direita
Aquele artigozito no dizer dum insuspeito ídolo do cavaquismo:
" é um exemplo extremo, com rigores, em 1986 e em 2002, que nenhuma lei comunitária pensaria impor"
http://www.oa.pt/Conteudos/Artigos/detalhe_artigo.aspx?idsc=45650&ida=45681
Quem quiser perder o seu tempo a confirmar a desonestidade argumentativa de quem mente ao falar no receio da falência das empresas públicas e que se mostra tão piegas por uma nulidade jurídica pode consultar as fontes atrás apontadas.
A dita crise do sistema financeiro de 2008 nunca teria existido se tal artigozito não tivesse sido modificado pelo Prof Cavaco. Ou seja a culpa de tudo é mesmo do sr Dr Silva.
A que chega a desonestidade intelectual para vir de novo pregar tal missa...
Jose voltará a insistir que tal artigo foi suspenso para evitar a "falência das empresas públicas". E volta a fazê-lo naquele tom acintoso que lhe é característico.
Releia-se o que jose não leu, por autores diferentes e por autores reconhecidamente de áreas do direito não ligados à esquerda
"Porém, um elevado número de sociedades — incluindo algumas emblemáticas, de grande porte — tinham efectivamente perdido metade do capital social. Por vezes: bastante mais do que isso. Segundo a vox populi, isso explica a suspensão do artigo 35.°, tomada sine die pelo artigo 2.°/2 do diploma preambular"
" O facto de existir um numero muito elevado de sociedades com perda de metade do capital social levou a que o legislador receasse os efeitos nefastos da aplicação das versões anteriores do art 35 do CSC, as quais permitiriam que milhares de sociedades portuguesas estivessem hoje em vias de dissolução".
A preocupação com a falência das empresas públicas não está documentada por pessoas com um mínimo de seriedade. Para além de que falar nos cuidados de Cavaco Silva com as ditas empresas públicas é um contra-senso.
Serenamente acusou-se jose de mentir e de aldrabar.
Afirma jose:
"2 - Os bancos precisam de comissões? É sim, que enquanto um trolha ou uma costureira, vai de requitó para o desemprego, os bancários vão reformados, pré-reformados, saciados, e tudo isso no seu próprio e voluntário vagar."
A forma acanalhada como insulta trabalhadores- os bancários- e os tenta identificar com os responsáveis pelo descalabro da banca é outro ponto alto na famigerada luta em prol dos terratenentes banqueiros por parte de jose.
Mas a situação é ainda mais grave. Tenta o mesmo sujeito comparar a forma como um trolha ou uma costureira vai para o desemprego com a forma como os bancários vão para o mesmo desemprego.
A que propósito o faz? Pela razão como este tipo de gentes tenta comparar sempre as situações no mundo do trabalho. Tenta justificar as pulhices dos ataques aos trabalhadores com o facto de outros trabalhadores estarem em pior situação. Assim, para este tipo de gente, os que ganham pouco são uns beneficiados porque há quem não ganhe mesmo nada. E assim sucessivamente. Os bancários deveriam assim ir de requitó para o desemprego...como uma costureira ou um trolha.
Alguém aí informe este assanhado defensor do patronato caceteiro que a esquerda luta para que o trolha e a costureira tenham os direitos de cidadania justos e dignos de quaisquer outros cidadãos, incluindo quando perante o desemprego ( relembre-se aqui o papel criminoso de Passos e camarilha no que diz respeito a tal temática)
Voltemos por momentos "às irresponsabilidades". E de quem são tais "irresponsabilidades."
A acusação de longas comezainas entre o patronato e os seus gestores é de longa data. A sobreposição de funções também. A denúncia da disparidade entre os ganhos dos gestores de topo e os seus trabalhadores é abissal.Curiosamente há n citações de jose a defender os proventos estúpidos de tal gente. Como há comentários de jose a prestar homenagem a "gestores depois identificados como irresponsáveis", desde um que era simultaneamente patrão e gestor, apelidado de DDT, até a outros trastes ligados ao BPN. Curiosamente jose tentou no início do escândalo BPN menosprezar o assunto.
Os gestores acusados agora de "irresponsáveis" são também a marca de água deste tipo de sociedade.Um dos maiores filões de negócios esconsos e torpes, envolvendo gestores ditos irresponsáveis, partiu das criminosas privatizações. Ora as privatizações foram não só ruinosas para o país, como frutuosas para os que lucraram milhões com elas. Sob os aplausos entusiastas de Jose. Com o tempo os tais gestores de sonho foram caindo nas malhas de acusações de corruptores corruptos.
Malhas que o império tece. Mas também aqui, as propostas da esquerda de impedir as privatizações e de manter as empresas públicas sob escrutínio público, contribuiriam para nos prevenir de tais gentes "irresponsáveis".
Os gestores estão lá para fazer funcionar o sistema de acordo com as instruções dos donos disto tudo. Não são assalariados nem muito menos proletários , como uma vez o escreveu um acéfalo de forma profundamente empenhada.Eles estão lá a trabalhar para a rentabilização máxima do Capital.Ao lado do patrão, com o patrão, recompensado pelo patrão e com a chibata do patrão. Com o dinheiro ( "ordenado " dizem alguns desenvergonhados) do patrão para gerar mais dinheiro para o patrão,seja lá a que custo humano for. E com a partilha do saque adequada.
A luta de classe é uma proposta com dois sentidos: enquanto os trabalhadores e outras classes exploradas lutam a partir de baixo, as classes dirigentes empenham-se na luta de classes a partir de cima para aumentar os seus lucros, produtividade e poder. Os gestores são um dos veículos destes últimos. As injustiças sociais conduzem ao empobrecimento e degradação das condições de vida do povo e geram lucros escandalosos dos grupos económicos e financeiros com somas fabulosas para os seus accionistas e gestores.
É que isto é o Capitalismo a funcionar, com o lucro como alma mater, e como seu último objectivo. E com a corrupção endémica inevitavelmente associada a tal tipo de sociedade.
Afirma jose:
"3 - Os bancos têm benefícios fiscais. É sim, para se calarem e conformarem com os tabus políticos, as políticas públicas com destaque para a dívida e uns tantos salvadores projectos, toda uma tralha que sempre cuida que o neoliberalismo e a competência não sejam uma ameaça"
Eis agora o choradinho justificativo em torno dos desgraçados dos bancos ( compare-se com o discurso de ódio face aos seus trabalhadores). Mas é um choradinho especial. Os bancos têm benefícios fiscais para se "calarem e conformarem com os tabus políticos".
Lê-se e não se acredita. Os bancos são aqui alegremente taxados quase de corruptos. Recebem benefícios fiscais para se calarem e conformarem. Os políticos esses são os corruptores.
Pobres dos coitados dos bancos que vivem assim aos caídos, a ter que aceitar desta forma os benefícios fiscais
Difícil uma idiotia maior
Curiosamente aqui há temos jose defendia os corruptores desta forma assaz expedita:
"É estúpido ignorar que se há corruptores é porque há corruptos, e pelo que sei são os corruptos que promovem a corrupção e não o contrário."
Difícil um maior troca-tintas aldrabão
A farsa continua
"«não está provado que "a concorrência" faça melhor que a CGD»
O que afirma então jose a propósito desta frase aí em cima do autor do post:
"Numa conta de um condomínio, que movimentou um cheque por ano, caíram mensalmente 10,40 de manutenção de conta para manter as mordomias de uma caterva de parasitas d'o que é público é nosso'!
Toda uma tradição de chulice do público tem que ser revista em baixa, e não pouco!"
Quando confrontado com o facto que tal agravo das comissões não era apenas sentido na banca público, o que faz este jose?
Afirma num tom quase que ofendido:"Não vejo como tal possa ter sido entendido".
Difícil conciliar esta afirmação com a referência expressa ao que é publico
No privado que movimentou um cheque por ano, já não se está alimentar uma caterva de parasitas? E aonde foi parar aí a tradição da chulice do público? Aos cofres da banca privada?
Mas há mais. Jose ainda afirma que:
"O que mais que dar a entender, ficou dito, é que são muitas as vozes que por a CGD ser pública lhe atribuem a missão de sustentar pessoal, e isso naturalmente se reflectirá nas comissões".
As comissões da banca privada destinam-se a alimentar que caterva de parasitas? E a sustentar que pessoal? E o que se vê reflectido nas comissões da banca privada?
Sinceramente este jose pensará que somos todos parvos?
A defesa da transparência,combatendo os gestores ditos incompetentes e todos os golpes desonestos e de classe do Capital, sempre foram uma reivindicação da esquerda.
O mesmo não se passou com Jose
Este publicava em 2014, em plenos anos de chumbo da governança passista, um comentário indignado contra a exigência de transparência ao governante do Estado, Passos Coelho, que era acusado na altura de relações promiscuas entre o estado e o grande poder económico. E fazia-o textualmente nestes termos:
"Esta de exigir toda a transparência de quem gere uma empresa falida e tem que estar a falar para credores e uma Constituição estúpida protegida por funcionários públicos, só mesmo de cretinos esquerdistas!"
Outros tempos, outras transparências, outras indignidades metodicamente ignoradas,outras irresponsabilidades, outras protecções de gestores irresponsáveis ou corruptos
O que hoje é uma interrogação amanhã é uma calúnia.
Eis o processo mental do vilipêndio.
Agora está josé numa de pitonisa de Delfos?
Como não é possível averiguar se a interrogação de hoje é uma calúnia amanhã, ficamos a aguardar as interrogações de ontem convertidas em calúnias de hoje
O processo mental é tramado...
Mas essa falta de coragem para se assumir o que disse...
É feio. E muito
Vitor Pimentel aonio Ferreira
Lol
A lição de português serviu-lhe que nem uma burka
Demais porque ê excessivo, Porque é demais mesmo o dinheiro que recebem Bem junto ao verbo
Agora ide rápido estudar e aprender. Já lho disseram n vezes.
«... é completamente falso que foi "´suspenso de aplicar-se' para evitar a falência das empresas públicas"».
A veemência não oculta a mentira.
O 35º inicial dizia qualquer coisa assim: os gerentes de sociedade que tenham perdido ou vejam ameaçado 1/3 do capital social têm as seguintes opções: obtêm dos accionistas/sócios o capital necessário, fazem um acordo com os credores que reponha o capital, requerem a falência; se não cumprirem, 3 anos de cadeia.
Imaginem a ameaça às mamas nas empresas públicas - ou dívida pública acrescida e posta ao sol, ou a privatização através dos credores ou a falência!
Imaginem se teria ocorrido o caso BES e se o Salgado estava a banhos em Cascais; ou se os julgamentos não andavam rapidinho!
Esta cena acabou com uma vaga imposição - que ninguém cuida de fiscalizar - de escrever uns números em documentos da empresa que nem claramente identificados são.
A FARSA continua. Abril SEMPRE!
Jose entra num caminho perigoso.
Parece que está um pouco fora de si. Agora até grita deste jeito desconexo. (Patente como sempre o ódio a Abril. Mas isto já o sabíamos há algum tempo)
Desafiado a deixar-se de pitonisa de Delfos e a indicar que interrogações de ontem foram convertidas em calúnias de hoje, jose volta-se para as "mamas". Esquece obviamente as calúnias. Volta a não assumir o que diz. E tenta esconder o que disse e como o disse
Afirmava jose: (27 DE MAIO DE 2018 ÀS 00:25): "Acontece que o artº 35 estava muito certo quando nasceu por força de uma directiva comunitária. Mas nasceu ´suspenso de aplicar-se' para evitar a falência das empresas públicas.
Falso. Mentira.
Foi para evitar a falência de milhares de empresas...privadas
Registe-se mais uma vez o que outros disseram:
"Porém, um elevado número de sociedades — incluindo algumas emblemáticas, de grande porte — tinham efectivamente perdido metade do capital social. Por vezes: bastante mais do que isso. Segundo a vox populi, isso explica a suspensão do artigo 35.°, tomada sine die pelo artigo 2.°/2 do diploma preambular"
" O facto de existir um numero muito elevado de sociedades com perda de metade do capital social levou a que o legislador receasse os efeitos nefastos da aplicação das versões anteriores do art 35 do CSC, as quais permitiriam que milhares de sociedades portuguesas estivessem hoje em vias de dissolução".
Lê-se algo sobre a preocupação com as empresas publicas na altura em que foi suspenso o tal artigo?
Há mais:
Quem o diz não é um revolucionário perigoso:
"O que receou o legislador ao suspender a sua publicação, se o seu conteúdo tinha
inspiração na legislação comunitária e já se tratava da transposição da diretriz? O que o fez suspender a publicação do artº 35º , do CSC ?
Na verdade, Portugal estava num processo de integração europeia, com uma economia
muito frágil, onde não se conseguia evitar a acumulação de perdas de competitividade e onde existia uma estrutura de incentivos económicos inadequada, para não falar da crise donde ainda nos erguíamos, após intervenção pela FMI, entre 1982 e 1984. As empresas
encontravam-se muito fragilizadas e a economia portuguesa na grande expectativa da nossa
aproximação, com os países ricos da europa.
O legislador terá sido prudente, com receio de ver elevar a taxa de falências das sociedades em atividade, na sequência da difícil situação económico-financeira em que se vivia, onde grande parte das sociedades portuguesas que se encontravam em atividade, sucumbia.
Tínhamos um artigo pronto, mas o seu conteúdo e espírito legislativo, configurava um
modelo reativo“…atendendo a que nela se estabelecia que, uma vez constada a perda de
metade do capital social, os administradores deviam de propor aos sócios - e estes adoptarem no prazo de 60 dias após a assembleia de aprovação das contas – soluções que visassem remediar tal situação , sob pena de qualquer sócio ou credor poder requerer a dissolução judicial da sociedade “
.
Ora, pelo teor do mesmo, como é que podia ser pacífica a aceitação do artº 35º, do CSC ,
quando as sociedades portuguesas estavam descapitalizadas ou a caminho de ficarem
descapitalizadas ?
Muito se falou e escreveu e a discussão pública foi muito abrangente o que, convenhamos,
muito contribuiu para que o Estado tivesse tomado a decisão que melhor servia o tecido
empresarial: suspender sine die a sua entrada em vigor.
As próprias instituições representativas dos empresários procederam a idêntica análise e
estudo, tendo feito chegar aos políticos os seus pontos de vista, influenciados por interesses e objetivos diversos, uma vez que o comércio, indústria e serviços enceravam características diferentes, no que aos interesses concerne.
O legislador português, suspendendo a entrada em vigor da norma, demonstrou estar ciente
do malefício que a mesma ia provocar ao tecido empresarial português, e recuou
relativamente ao mínimo exigido pela 2ª Diretiva comunitária (artº 17º Diretiva 77/91/CEE29)"
Repete-se. Jose mente quando afirma que o artigo 35 foi"´suspenso de aplicar-se' para evitar a falência das empresas públicas"».
Mas a farsa continua, porque para além de mentir, jose aldraba:
Afirma jose: "Imaginem a ameaça às mamas nas empresas públicas - ou dívida pública acrescida e posta ao sol, ou a privatização através dos credores ou a falência!"
Imaginar pode-se imaginar o que jose quiser. Mas o que vemos é que foi para protecção do tecido empresarial privado que o tal artigo foi suspenso.
Dito e redito pelos círculos do poder que o pariram e o suspenderam
Pelo que não adiantam estas cenas um pouco acanalhadas de jose a tentar reescrever a História
Mas há ainda mais
Jose afirma:
"Imaginem se teria ocorrido o caso BES e se o Salgado estava a banhos em Cascais; ou se os julgamentos não andavam rapidinho!"
Imaginar imaginamos todos o que quisermos.
Mas infelizmente para jose e para todos nós nem o BES era público, nem a riqueza do Salgado era pública. Pelo que invocar os banhos em Cascais, Salgado e o caso BES como testemunho da suspensão de aplicar-se o tal artigo 35 para "evitar a falência das empresas públicas" é simplesmente uma enorme sandice que não merece mais do que outra enorme gargalhada
Invocar banhos, Salgado e o BES, como "ameaça às mamas nas empresas públicas" é simplesmente uma anedota que deve ter prémio
Já que não é possível averiguar se a interrogação de hoje é uma calúnia amanhã...
continuamos à espera das interrogações de ontem convertidas em calúnias de hoje.
Ou do que jose tem a dizer em relação ao que disse agora e ao que andou a dizer.
Entretanto tanta coisa que poderia ter sido diferente se o legislador tivesse querido.
Por exemplo manter a banca nacionalizada, com um forte escrutínio público. Imaginem se teria ocorrido o caso BES, ou o caso BPN, ou o caso BANIF, ou o caso BPP.
«se o legislador tivesse querido... manter a banca nacionalizada, com um forte escrutínio público»
O exemplo da CGD não serve?
Não, porque o legislador haveria de ter feito da Caixa um Centro de Trabalho comuna, ou seja forte em escrutínio público, ou seja dos comunas.
Tretas.
Se o Estado não fosse a parte determinante da suspensão do 35º, nos privados sempre se fariam acordos com os credores, partilhando o controlo das empresas em dificuldades.
Mas na bandalheira vigente, o Estado só se interessa pelos seus impostos (aí não hesita e vão os gerentes para a cadeia!) e os demais que se amanhem.
E o sine die é para todo o sempre que um Estado bandalho sempre o fará durar!
Não quererá o João iluminar-nos sobre o pensamento que vigora nos Altos Estudos sobre o 35º?
Como se vê pelo transcrito acima não serve.
A CGD tem sido pasto para os terratenentes cantados por jose. Pasto para os grandes interesses privados e político-partidários da área do bloco central de interesses mais o PP submarino.
Não, não serve pelo que se reporta acima, embora se perceba que uma resposta a priori perturbe jose, assim apanhado desta forma tão infantilizada
Há todavia três pormenores que importa agora ainda salientar:
Por um lado o desagrado de novo patente pelo "escrutínio publico".
Quando jose de forma cansativa e manipuladora invoca o tal artigo 35, num registo de virtuoso hipócrita e de outras coisas que aqui se silenciam, "esquece-se" que já demonstrou que prefere os métodos de agir género máfia.
Já se notara com a sua defesa dos offsores.
A sua frase aqui relembrada também não engana ninguém:
"Esta de exigir toda a transparência de quem gere uma empresa falida e tem que estar a falar para credores e uma Constituição estúpida protegida por funcionários públicos, só mesmo de cretinos esquerdistas!"
Agora rumina contra o escrutínio publico.
A preferência de jose pelos negócios obscuros torna ainda mais ridículo o choradinho perpétuo de jose em torno do art 35
Um segundo pormenor releva directamente do rancor expresso de jose ao "escrutínio público".
Escrutínio a que atrela imediatamente o termo comuna.
Se o escrutínio público "comuna" assusta tanto jose, isso tem dois lados bons. É positivo pelo lado de quem faz o escrutínio, porque parece que é eficaz. E é positivo se virmos pelo lado dos putativos joses, porque se vê que estes têm medo daquele.
Mas o escrutínio publico não passa só pelos comunistas. A pergunta surge imperiosa:
Quem tem medo de um escrutínio público?
Entretanto há também uma coisa que merece destaque:
É que enquanto a banca esteve privatizada, não vimos aqueles reles banqueiros privados a fazerem as figuras reles de boçais criminosos, com gestos de porno-ricos abjectos.
E finalmente um terceiro pormaior
Esta tentativa de jose arrastar a conversa para a CGD, face ao que estava em debate, é objectivamente uma fuga a este
José, apesar de o tentar, não é a pitonisa de Delfos, pelo que não é possível averiguar se a interrogação de hoje é uma calúnia amanhã.
Continuamos assim à espera das interrogações de ontem convertidas em calúnias de hoje.
O silêncio é atroador
(Tal como se continua à espera do que jose tem a dizer em relação ao que disse agora e ao que andou a dizer)
Tem que se ser ofensivo para apontar o dedo à incapacidade de compreensão cognitiva de Jose? Ou tem que se ser ofensivo para sugerir uma outra hipótese bem pior?
Afirma jose:
"nos privados sempre se fariam acordos com os credores, partilhando o controlo das empresas em dificuldades.
Mas na bandalheira vigente, o Estado só se interessa pelos seus impostos (aí não hesita e vão os gerentes para a cadeia!) e os demais que se amanhem."
Ter-se-á que relembrar a Jose que quem legislou foi o mesmo que suspendeu o artigo 35? Esse tal de nome Cavaco Silva a que jose, num misto de conivência e de cumplicidade, tentou absolver às 18 e 23 de 10 de Agosto?
Pelo que "a bandalheira do estado e este só se interessar pelos seus impostos e a não hesitar e vão os gerentes para a cadeia" deve ser atribuído àquele que jose andou a fazer propaganda e a solidarizar-se e a pedir o votinho como PR. Um tal de Cavaco Silva a quem jose louvou pela pensão atribuída a dois execráveis pides.
Afirma jose:
"Se o Estado não fosse a parte determinante da suspensão do 35º, nos privados sempre se fariam acordos com os credores, partilhando o controlo das empresas em dificuldades."
Repete-se: Jose mente
Se ao menos jose procurasse informação que não a parida nos blogs de mais baixo nível.
(Relembre-se o triste espectáculo dado por este por andar a reproduzir a mais execrável, mentirosa e ridícula propaganda sobre Salazar, afirmando que este devolvera o empréstimo ao abrigo do plano Marshall
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/02/paralelismos-noutra-dimensao.html
Jose "trabalhou" para uma organização de patrões, como patrão "perito" em relações laborais. Este "perito" pago para o efeito, tem a ingenuidade de afirmar que "nos privados sempre se fariam acordos com os credores, partilhando o controlo das empresas em dificuldades". Pelo que, segundo afirma, fora o Estado a parte determinante da suspensão do 35º
Vejamos o que dizem outros peritos, da sua área política, mas rigorosamente mais competentes - e ao que parece, mais honestos:
"Porém, um elevado número de sociedades — incluindo algumas emblemáticas, de grande porte — tinham efectivamente perdido metade do capital social. Por vezes: bastante mais do que isso. Segundo a vox populi, isso explica a suspensão do artigo 35.°, tomada sine die pelo artigo 2.°/2 do diploma preambular"
António Menezes Cordeiro
(Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Portugal Telecom, SGPS, SA, desde 2006 e da Mesa da Assembleia Geral do Banco Comercial Português, SA, desde 2008)
" O facto de existir um numero muito elevado de sociedades com perda de metade do capital social levou a que o legislador receasse os efeitos nefastos da aplicação das versões anteriores do art 35 do CSC, as quais permitiriam que milhares de sociedades portuguesas estivessem hoje em vias de dissolução".
http://www.abreuadvogados.com/xms/files/02_O_Que_Fazemos/Publicacoes/Artigos_e_Publicacoes/Reviravolta_no_art.35_do_CSC_-_D_D6.pdf
"Muito se falou e escreveu e a discussão pública foi muito abrangente o que, convenhamos, muito contribuiu para que o Estado tivesse tomado a decisão que melhor servia o tecido empresarial: suspender sine die a sua entrada em vigor.
As próprias instituições representativas dos empresários procederam a idêntica análise e
estudo, tendo feito chegar aos políticos os seus pontos de vista, influenciados por interesses e objetivos diversos, uma vez que o comércio, indústria e serviços enceravam características diferentes, no que aos interesses concerne.
O legislador português, suspendendo a entrada em vigor da norma, demonstrou estar ciente
do malefício que a mesma ia provocar ao tecido empresarial português, e recuou
relativamente ao mínimo exigido pela 2ª Diretiva comunitária (artº 17º Diretiva 77/91/CEE29)"
Anabela Vieira Mendonça de Sousa e dos Santos Bandeira
(Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Direito das Empresas)
Ao que parece as "próprias instituições representativas dos empresários procederam a idêntica análise e estudo tendo feito chegar aos políticos os seus pontos de vista e
o legislador português, suspendendo a entrada em vigor da norma, demonstrou estar ciente
do malefício que a mesma ia provocar ao tecido empresarial português, e recuou
relativamente ao mínimo exigido pela 2ª Diretiva comunitária.
Fala-se no tecido empresarial português. Privado
Pelo que se repete. Jose mente quando afirma que o artigo 35 foi"´suspenso de aplicar-se' para evitar a falência das empresas públicas"».
Mas todo este relambório não deve esquecer o que se tem repetido por aqui:
Continuamos à espera das interrogações de ontem convertidas em calúnias de hoje.
A afirmação de jose a 11 de agosto de 2018 às 00:26 não passa desta forma impune.
Mais:
Quem fala em "estado bandalho" é quem apoia a bandalheira que se tem servido do estado para governar.Toda a clique do bloco central de interesses, toda a governança cavaquista, toda a governança passista/ paulista. Se jose quiser usar esta linguagem de vão de escada , todos os bandalhos que têm governado e se têm governado.
Mas esta forma de actuar de jose, assumidamente caluniosa e convidando à bandalheira, não pode passar
(Tal como se continua à espera do que jose tem a dizer em relação ao que disse agora e ao que andou a dizer)
Quando me falam em escrutínio público e me vem à lembrança o Cuco & C.º, SPL, cai sobre mim um manto negro da desesperança.
«É que enquanto a banca esteve privatizada, não vimos aqueles reles banqueiros privados …» - vê se te acalmas!
Alguém diga ao josé para se deixar de fitas
Para josé não saltar de assunto em assunto, como um saltitante personagem de nenúfar em nenúfar
José não tem a coragem mínima para se retratar das asneiras que andou a dizer.
Mais do que asneiras, mentiras e falsidades
Os motivos pelos quais assim procede são com certeza múltiplos, mas não interessa aqui estar a puxar dum léxico para caracterizar estas coisas. Misturam-se questões ideológicas com questões mais fundas, de educação e de cidadania. E de integridade de carácter
Ciente de tudo isto deve-se sublinhar que tais procedimentos não podem passar sem a devida referência. Pesem as figurinhas que josé seja obrigado a executar
A impotência é tramada
Jose veste um manto negro de desesperança...
A que propósito?
Apenas para meter o rabinho entre as pernas e partir à desfilada?
E a realidade também tramada o é:
"É que enquanto a banca esteve privatizada, não vimos aqueles reles banqueiros privados a fazerem as figuras reles de boçais criminosos, com gestos de porno-ricos abjectos".
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