quinta-feira, 23 de março de 2017

A simplicidade militante


Adoro estas primeiras páginas do Público que são herdeiras daquelas feitas no passado, desde 11/9/2001, de que é exemplo algo como "Atentado contra o mundo". Como se o mundo - leia-se o mundo ocidental, o mundo civilizado, o mundo que é o our way of living - fosse o ente representado pelos alvos atingidos e não houvesse mais alvos atingidos pelo mundo que não representassem igualmente o mundo.

Como luta de barricada, este tipo de capas é do mais pobre que possa ser feito.

"Terror volta à Europa" dá a entender que houve momentos em que ele não esteve presente. A mistura da geografia com o terror faz passar a ideia de que o terror está ligado a elementos que vieram do exterior para afectar a paz em que os europeus viviam. Ou seja, o terror é perpetrado por estrangeiros e sabe-se lá de que religião. Só esta ideia permite muitos pensamentos anexos e subliminares que fariam corar um presidente do euro-grupo.

..."e ataca casa da democracia" dá a entender que o terror é algo intrinsecamente anti-democrático. E sê-lo-á, na verdade. Mas é estranho que esta casa da democracia tenha já autorizado outros actos de terror. Sê-lo-ão mais democráticos por terem sido autorizados por um Parlamento? Ou admite-se que o terror tenha de ser feito, independentemente de não ser democrático? Mas neste caso é pior: a manchete dá a entender que o terror visa colocar em causa a própria democracia. E aí entroncamos nas capas feitas pelo Público quando embandeirou com os actos de gestão de George Bush, nomeadamente a invasão do Iraque em 2003 assente numa mentira, que desarticularam um país em proveito de interesses privados e que têm estado na origem da escalada de terror pelo mundo fora.

Tudo isto está de certeza na cabeça de quem fez a manchete. E o problema é esse mesmo.

De relembrar que a experiência do Público nessa incursão belicista, da década passada, correu mal à direcção editorial que a levou a cabo. Em alguns anos, foi em parte substituída.

13 comentários:

Geringonço disse...

O Público (onde o jornalismo não acontece) podia pedir ao terrorista maoista convertido ao neoliberalismo e afiliado à máfia internacional Goldman Sachs Durão Barroso a sua opinião sobre mais um acto terrorista!
Experiência tem Durão em aterrorizar, seja no Iraque ou como CEO da Comissão Europeia aterrorizar as populações é a sua especialidade...

Anónimo disse...


Numa fornada só, os senhores da maçaroca formaram Talibans, estes por sua vez deram a mão a´ Alqaeida que entretanto se transformou em Daesh ou Estado Islâmico e etc. e tal… como o pai de Ben Laden foi socio do velho Georg Bush – o que o capitalismo e´ capaz de fazer,
Companheiros…
Das armas de destruição maciça no Iraque ate´ às Primaveras Árabes passando pela destruição da Líbia e pela instauração do Nazifascismo na Ucrânia, a mentira tem servido às mil maravilhas o insaciável Imperio do Tio Sam. Ate´ mesmo nosso Portugal, através da OTAN foi cúmplice de tais ignominias como foi a destruição da Jugoslávia em território Europeu.
Todas as casas ditas da “Democracia” e seus dignatários do núcleo duro da U.E. não sendo casas de Terror, foram cúmplices senão interventores na desgraça que destruiu Estados, matou milhões e provocou a fuga a´ guerra de muitos mais milhões de seres humanos desde a Somália ate´ a´ Costa Mediterrânica e, que agora, cheios de fome, incluindo o ódio e vingança estão no umbral da nossa porta. de Adelino Silva

Anónimo disse...

Em resposta ao 1 cometário, parece-me uma reles provocação aos maoistas, que eu tenha conhecimento, nunca ouvi falar que os maoistas era terroristas.
Mas, tudo isto esta acontecer porque o imperialismo e social imperialismos, vivem vem com isto tudo, só o povo em geral é que não...
Mas a guerra imperialista pode chegar a qualquer momento, e nos estamos nesta guerra porque temos soldados mercenários em diversos países. Mas isso os disto democratas e de esquerda, não querem analisar,e nem se quer falar.
E mais não digo, porque posso ser multado ou preso, como foi o caso da Maria de Lurdes Rodrigues, que esta presa em tires/cascais, por ti dito umas tantas verdades sobre a justiça que se faz Portugal.. E também ninguém quer falar!
Não à hipocrisia!
Pela Liberdade de Expressão!

Jose disse...

Caro João
Recomendo-lhe que entre em modo de meditação por algum tempo pois o turbilhão de ideias muito provavelmente resulta numa má ideia.
Percebe-se que há sempre que suspeitar que o terror possa ser fruto de uma causa justa e que haja que responsabilizar as vítimas. E se a causa do terror é atribuída ao estrangeiro por uma qualquer estrangeira razão, há que inspeccionar bem fundo se as vítimas não estão por algum modo, por muito circunstancial que seja, ligadas a acontecimentos que no passado hajam perturbado esse estrangeiro modo de ser.
E se há terror ele vale por si mesmo, importa pouco que resulte de processos de decisão democrática, de crença religiosa ou de outra merda qualquer.
Há que procurar a responsabilidade da vítima e a razão do terror.
É de crer que tudo em contrário seja fruto de uma desviante moralidade burguesa.

Anónimo disse...

Outra merda qualquer?

Que merda de comentário. Onde pulula o mais abjecto racismo com a mais obscena desonestidade intelectual.

Que o autor desta merda de comentário justifique as conclusões que tira a partir do comentário de JRA. Sob pena de não passar de uma trampa maior que toda a merda que escreve.

Anónimo disse...

A forma de cano de esgoto como herr jose deturpa o denunciado pelo João é paradigmática da forma de cano de esgoto como a extrema-direita actua e manipula.

Desmascaremos o bandalho:

O que diz JRA:
"Atentado contra o mundo". Como se o mundo - leia-se o mundo ocidental, o mundo civilizado, o mundo que é o our way of living - fosse o ente representado pelos alvos atingidos e não houvesse mais alvos atingidos pelo mundo que não representassem igualmente o mundo".

Se necessário fosse, eis a prova, insuspeita
No primeiro trimestre de 2016:
"Segundo dados do Global Terrorism Index, ocorreram mais de 61 mil ataques terroristas nos últimos 16 anos, eventos que deixaram 140 mil mortos. E 78% dessas mortes ocorreram em cinco países, nenhum deles parte do Ocidente. Iraque, Afeganistão, Nigéria, Paquistão, Síria, Índia, Iêmen, Somália, Líbia e Tailândia são os 10 países que mais perderam vidas por conta do terrorismo.
Ao analisar os ataques realizados desde 2000, o mesmo estudo mostra que apenas 2,6% das mortes em atentados terroristas ocorreram no Ocidente. E se retiramos da equação o 11 de Setembro, apenas 0,5% das mortes foram em países ocidentais, aqui entendidos como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Europa Ocidental. Em 2015, a Nigéria foi muito mais afetada pelo terrorismo que os Estados Unidos naquele assustador setembro de 2001.

Isso significa que a cada mil mortes causadas por ataques terroristas, cinco ocorrem no Ocidente. Cinco. A dor das outras 995 é sentida por famílias na África, no Oriente Médio e na Ásia. Se colocarmos novamente o 11 de setembro na conta, temos, desde 2000, 26 mortos em países ocidentais a cada mil perdas causadas no mundo por conta do terrorismo."

Agora é comparar com o que herr jose escreve. Um vómito.


Anónimo disse...

JRA escreve:

"Terror volta à Europa" dá a entender que houve momentos em que ele não esteve presente. A mistura da geografia com o terror faz passar a ideia de que o terror está ligado a elementos que vieram do exterior para afectar a paz em que os europeus viviam. Ou seja, o terror é perpetrado por estrangeiros e sabe-se lá de que religião. Só esta ideia permite muitos pensamentos anexos e subliminares que fariam corar um presidente do euro-grupo"

Em 1980, um ataque terrorista de direita em Munique, Alemanha, matou o agressor e outras 14 pessoas, ferindo 215.
Além de vários assaltos a bancos, o Nationalsozialistischer Untergrund foi o responsável pelos assassinatos em série de Bósforo (2000-2006), pelo atentado em Colônia em 2004 e pelo assassinato da policia Michéle Kiesewetter em 2007.

Os neonazis do Partido Nacionalista Francês e Europeu foram responsáveis por uma série de atentados terroristas anti-muçulmanos em 1988. Os albergues Sonacotra em Cagnes-sur-Mer e Cannes foram bombardeados, matando o imigrante romeno George Iordachescu e ferindo 16 pessoas, em sua maioria tunisianos.

Em agosto de 1980, no atentado de Bolonha, um grupo de terroristas de direita explodiu uma bomba em uma estação de trem em Bolonha, Itália, matando 84 pessoas e ferindo mais de 180. De acordo com a polícia italiana, os perpetradores foram Valerio Fioravanti e Francesca Mambro, dois membros da organização neofascista Nuclei Armati Rivoluzionari.
Em dezembro de 2011, ativistas da CasaPound de extrema direita participaram de um tiroteio direcionado aos comerciantes senegaleses em Florença, matando dois e ferindo três.

Em 22 de julho de 2011, um extremista norueguês de extrema-direita, simpatizante do nazismo e fascismo Anders Behring Breivik, realizou ataques terroristas na Noruega, o maior assassinato em massa de pessoas na Noruega por uma única pessoa durante tempo de paz, excluindo a utilização de bombas. Primeiramente, bombardeou vários prédios do governo em Oslo, matando oito pessoas e ferindo mais de 30. Após os atentados, ele foi para a ilha Utøya com um uniforme policial falso e começou a disparar nas pessoas que frequentam um acampamento político de jovens da Liga da Juventude Trabalhista (AUF), a organização juvenil do Partido Trabalhista Norueguês, matando 68 pessoas e ferindo mais de 60."

Mais uma vez comparar com o texto odiento de herr jose

Anónimo disse...

Diz JRA:

.."e ataca casa da democracia" dá a entender que o terror é algo intrinsecamente anti-democrático. E sê-lo-á, na verdade. Mas é estranho que esta casa da democracia tenha já autorizado outros actos de terror. Sê-lo-ão mais democráticos por terem sido autorizados por um Parlamento? Ou admite-se que o terror tenha de ser feito, independentemente de não ser democrático? Mas neste caso é pior: a manchete dá a entender que o terror visa colocar em causa a própria democracia. E aí entroncamos nas capas feitas pelo Público quando embandeirou com os actos de gestão de George Bush, nomeadamente a invasão do Iraque em 2003 assente numa mentira, que desarticularam um país em proveito de interesses privados e que têm estado na origem da escalada de terror pelo mundo fora".

Negar o que se passou no Iraque é abjecto.Relembrar os berros de contentamento que herr jose deu,apoiando a invasão do Iraque e os assassinos ianques e ingleses é pedagógico.

"No Reino Unido, a Câmara dos Comuns debateu incessantemente se aprovaria ou não a participação britânica na guerra contra o Iraque. Finalmente, a 18 de Março de 2003 a moção foi aprovada por 412 votos a favor e 149 contra. Alguns parlamentares do seu próprio partido votaram contra e ainda havia uma enorme rejeição dentre a população britânica sobre o conflito no Iraque. Três ministros de Estado de Blair renunciaram em protesto contra a guerra: John Denham, Philip Hunt e o líder da Câmara dos Comuns Robin Cook."

Tudo isto são factos. JRA apenas os relembra. E contextualiza-os

Jose (Manuel Fernandes) era director do público e era um dos que berrava histérico em prol do "império benigno". Pelas bombas da coligação que caíam,indiferente às vítimas inocentes, jose (manuel fernandes) escrevia um editorial em forma de vómito cúmplice.

Agora veja-se o que herr jose escreve em relação ao post escrito pelo JRA.

Uma bandalhice. Para usar um termo suave

António Pedro Pereira disse...

Caro João Ramos de Almeida,
Caros comentadores:
De passagem fugaz pelo LdB, que frequentei há anos (a minha vida profissional tornou-se completamente incompatível com a visita regular aos blogues), verifico que ainda por aqui anda uma criatura de seu «nickname» José.
Sabem quem é este cromo?
Pois aqui vai:
É um avençado do Passos e da Direita neoliberal e trauliteira, destacado para controlar blogues de Esquerda (antigamente o extinto Arrastão, agora o Ladrões de Bicicletas).
E, de vez em quando, também aparece no Aventar, mas como esse blogue se define como não sendo nem de Direita nem de Esquerda, só vigia os posts de Esquerda.
No Arrastão usava 2 «nicknames»: era JgMenos e Tonibler.
No Ladrões de Bicicletas.é, simplesmente, José.
Mas não passa de um destrambelhado neoliberal direitista, de seu verdadeiro nome João Pires da Cruz, suposto Consultor Financeiro, doutorado em Física.
Um verdadeiro provocador.
No Arrastão, como JgMenos, dizia-se ex-emigrante e ex-operário em França, simpatizante da Front National.
Ficava-se pela provocação constante, mantendo alguma compostura formal, como foi o caso deste comentário que aqui deixou.
Mas quando se apresentava como Tonibler comportava-se como um verdadeiramente bronco, ofendendo todos (e as respectivas mães) com os palavrões mais escabrosos.
Actualmente, de vez em quando escreve no Observador e comenta no restrito grupo de cromos do PPD do blogue Quarta República.
Só de olhar para a cara da criatura, por exemplo, no Observador, ficamos com vontade de rir ou de fugir.
Mas é um provocador nato.
Não lhe deem demasiada importância, senão acha-se, verdadeiramente, uma figura importante.
Eu, à medida que fui ligando as pontas e percebendo de quem se tratava, nunca dei corda ao troll.
Agora que praticamente desapareci da blogosfera, tenho a tarefa muito facilitada.
Há cada figurão na nossa praça!

Jose disse...

António Pedro Pereira
Lá por pores um nome comprido não és menos um treteiro caluniador e intriguista miserável.
Os meus nomes são Jose se o leem, JgMenos se tenho que escrever um nome, e as razões disso conhece-as o LDB ou qualquer outro blogue.
Em tudo mais sou o que digo ser e não as merdas que vermes da tua natureza vomitam.
Quem serve sempre quer atribuir o servilismo a outros, os mais servis fazem disso uma ideologia - advinha qual!

Anónimo disse...

Jose ou JgMenos mente.

De facto usa outros nomes com os quais se traveste.
Pequenas erupções inquietas mas que o definem e o caracterizam

Anónimo disse...

Mas herr jose vai mais longe.

No seu servilismo ao Capital, aos agiotas e aos credores quer atribuir servilismo a outros.

Se como mais servil, faz disso uma ideologia, não se sabe. O que se sabe é a ideologia que serve.

Adivinhem qual

Anónimo disse...

Não fuja herr jose

"Treteiro caluniador e intriguista miserável"
São qualidades em que se revê com toda a certeza.

JRA colocou um post claro e certeiro. Sem subterfúgios ou rodriguinhos.

O que fez Herr jose?
Cavalgou a vulgata miserável e abjecta dos xenófobos da extrema-direita.

E calou-se , deu de frosques, fugiu quando lhe esfregaram na cara, ponto por ponto, quão justos eram os comentários do João.

A "encenação" tinha fracassado. As, e vou citar (a contra-gosto pelo nível usado) "merdas que vermes da sua natureza vomitam", tinham sido desmascaradas

Melhor parar por aqui para ver se o ambiente fica menos poluído