A partir da leitura das actas da Comissão Permanente da Concertação Social, exercício nunca antes feito em Portugal, o Caderno do Observatório sobre Crises e Alternativas, intitulado “A actividade da CPCS de 2009 e 2015: ecos das políticas europeias”, aborda aquele período e conclui que o peso da agenda governamental naquele órgão institucional, opção inscrita desde a sua criação, transmutou-se numa supremacia dos assuntos e das agendas determinadas pelas instâncias da União Europeia, desvalorizando uma discussão mais específica de temas prementes para uma estratégia nacional de desenvolvimento, muitos vezes reclamada pelas confederações.
É a partir deste mote que o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra/ Observatório sobre Crises e Alternativas desafiou dois dos principais intervenientes nesse diálogo, António Saraiva (presidente da CIP) e Arménio Carlos (secretário-geral da CGTP), a reflectir sobre as principais tendências da Concertação Social em Portugal e sobre o contributo que este corpo institucional do diálogo social poderá dar para o desenvolvimento do país. O debate será moderado pelo Professor António Casimiro Ferreira.
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1 comentário:
Chamam a isto concertação social e ou parceiros sociais como se o universo patronal fosse igual ao universo do trabalho, como se o rico fosse igual ao pobre – até faz lembrar as «antigas cortes do reino». E falam disso como se fosse verdade…A democracia burguesa para dar um cunho democrático a´ nação impos mais esta aberração, tratar em termos de “Igualdade” o que não tem igualdade alguma. E´ bonito mas não tem graça. De Adelino Silva
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