A pobreza será, talvez, o principal problema do nosso país. Resultado de uma distribuição desigual, mais de um quinto da população portuguesa vive abaixo do limiar estatístico de pobreza (menos de 60% do rendimento mediano). Portugal é o segundo país europeu (dos 15) neste ranking de vergonha, atrás da Irlanda. Claro está, que, se tomarmos o poder de compra em cada país (PPP), Portugal aparece destacado à frente. Os dados são do Eurostat.
É, por isso, escandalosa a ausência da questão no espaço público nacional. A pobreza é invisível. Está confinada às quatro paredes de quem a sofre. Num esforço para tentar recolocar o combate à pobreza no centro do debate político, a Comissão Nacional Justiça e Paz (organismo laical da conferência episcopal portuguesa) está a promover uma petição à Assembleia da República. Uma iniciativa muito oportuna que deve contar com a assinatura de todos, católicos ou não.
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3 comentários:
Sim senhor, homenagem vos seja feita por colocarem à frente de questões políticas e ideológicas um problema tão grave e escandalosamente invisível. Em Portugal, há mesmo muito pudor em relação à pobreza. Como se fosse a pior coisa que alguém pudesse admitir. E como se, ao negá-lo, ele deixasse de existir. É preciso mediatizar!
Quanto li o título "Católicos com a opção certa" e comecei a ler o texto (com referências à Irlanda e Portugal) pensei que sugerias que era a religião católica a razão da nossa desgraça. Nesse caso, sempre podíamos mudar de religião.
Afinal, não. Apenas podemos subscrever um abaixo assinado...
E não esquecer que em Portugal os mais pobres nem sequer entram para as estatísticas. São imigrantes ilegais, ciganos, etc.
A contar com estes, a proporção deve subir para aí para 1/4 da população.
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