sábado, 18 de novembro de 2023

Sindicatos contra o envio de armas para Israel

 

«No dia 31 de outubro, de acordo com uma notícia avançada pela Reuters, os sindicatos belgas do setor dos transportes solicitaram aos seus membros a recusa de manuseamento de equipamentos militares enviados a Israel. Em comunicado conjunto, os sindicatos ACV Puls, BTB, BBTK e ACV-Transcom, afirmaram que os trabalhadores aeroportuários viram carregamentos de armas destinados às operações militares de Israel em Gaza. No seu comunicado, os sindicatos referem o genocídio em curso, a necessidade de travar os ataques a civis e de impedir aumento de vítimas inocentes na Palestina, expressando o seu compromisso pela paz e apelando a um cessar-fogo. [...] Didier Lebbe, presidente da CNE, uma das principais centrais sindicais belgas, afirmou: «Nós não queremos participar num crime de guerra que está em marcha nesta região». O sindicalista esclareceu ainda que os aeroportos belgas são ponto de passagem de armas, provenientes dos Estados Unidos, destinadas ao conflito no Médio Oriente.»


Houve ações semelhantes noutros pontos da Europa: em Inglaterra, sindicalistas e ativistas bloquearam recentemente uma fábrica de armas na região de Kent, e em Barcelona, os membros do sindicato dos estivadores recusaram-se a carregar e descarregar material militar destinado ao conflito na região da Gaza. O motivo é o mesmo: "acabar com todas as formas de complacência com crimes de guerra".

1 comentário:

Anónimo disse...

Os meus parabéns a Maria João Guimarães do Público, excelente jornalista. Tem um artigo a dizer que os ataques a escolas (em Gaza) não se podem tornar comuns. Artigo públicado horas depois de ter sido noticiado o ataque a duas escolas, uma pelo menos das Nações Unidas, em que morreram dezenas de crianças.

Se um serial killer atacasse a escola onde tem os filhos e os dela fossem pelo ar, que título escolheria? "Violência nas escolas, um problema recorrente"?