domingo, 25 de junho de 2017
Perguntar não ofende
Em artigo [no Público] recente, o ministro das Finanças Mário Centeno faz um balanço (...): «A mais relevante alteração das condições de funcionamento da economia portuguesa prende-se com a estabilidade financeira, hoje, finalmente, uma realidade. Os bancos foram capitalizados e provaram a sua capacidade para atrair capital de todo o mundo, refletindo a confiança dos investidores internacionais na solidez da economia e numa estabilidade política, tantas vezes questionada, mas que, hoje, é invejada em muitas partes da Europa. Portugal não deve ter vergonha de ser um exemplo». O governo português tem, na realidade, fortes motivos para ter vergonha por ter consentido com um padrão de acentuado reforço do controlo estrangeiro na banca que a deixa mais vulnerável numa próxima crise internacional. É sob as periferias que as instituições financeiras internacionais privadas fazem recair os primeiros custos do ajustamento, através de retiradas de capitais e de contracções de crédito mais súbitas. Pior do que a banca privada nacional, que resultou das privatizações e que tão eficaz se revelou na destruição de capital e na geração de endividamento externo, será a banca privada estrangeira. A experiência das periferias da economia mundial nas últimas décadas mostra como, nos casos em que o sector bancário é dominado por capital estrangeiro, qualquer crise é exacerbada por este regime de propriedade. Exemplos como os do Sudoeste Asiático, em 1998, da Argentina, em 2001, ou da Europa de Leste, em 2009, mostram como a banca estrangeira esvazia rapidamente a suas sucursais de recursos na ânsia de limitar as perdas em mercados não estratégicos.
Excerto do artigo, O caso do Novo Banco: nacionalizar ou internacionalizar?, que o Nuno Teles e eu publicamos no Le Monde diplomatique - edição portuguesa de Junho.
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26 comentários:
Criminalidade no Barclays, vários banqueiros acusados de fraude.
https://www.theguardian.com/business/2017/jun/20/barclays-four-charged-bankers-sfo-john-varley
https://youtu.be/FiA1PrCH9mo
«controlo estrangeiro na banca que a deixa mais vulnerável numa próxima crise internacional»
Vergonha é ter conduzido à falência uma, e outra, e outra vez.
Se se sabe tudo o que se descreve neste artigo sobre a nossa maior vulnerabilidade na próxima crise económica devido à excessiva internacionalização da banca no nosso país, porque razão se teima em vender, ao desbarato, o Novo Banco?
Pode uma alteraçãozinha do ranking no curto prazo (conseguida com a privatização do NB) justificar um tiro no pé cada vez maior no médio prazo? A meu ver, não, não é aceitável.
Essa historiazita da vergonha está muito mal contada.
Tal como a cantiga da falência uma e outra vez. E mais outra.
Acontece que estas historietas servem sobretudo no presente para tentar esconder a realidade. E nesta cabe também a subserviência aos banqueiros de todas as cores e os vulgares vende-pátrias.
Não vão longe os tempos em que o fulano das 21 e 44 cantava hossanas aos seus heróis, os senhores da banca e do dinheiro. Com o tempo foi-se-lhe apagando o medíocre vigor poético para com estes personagens. A realidade é uma coisa tramada
Resta-lhe assim o conto da falência e uma e mais outra e ainda mais outra.
E quando houve falar em BCP ou PPP ou BES ou Swaps atira para o lado e trauteia outra treta.
"O grande capital não vai à falência, as empresas podem desaparecer, deslocalizar-se, serem absorvidas, vendidas por partes no interesse exclusivo dos principais acionistas, com indemnizações milionárias para os gestores Na banca, os governos assumiram a responsabilidade pela irresponsável gestão financeira, e fazem-na pagar aos trabalhadores. Os riscos de mercado estão reservados para as MPME.
Aqui radica a decantada eficiência capitalista, que acarreta despedimentos e degradação do nível de vida dos trabalhadores. O capital permanece intacto, reage à taxa ROE (taxa de lucro das ações) transforma capital produtivo em capital fictício.
Se a economia dita de mercado é tão eficiente, então como explicar as crises, por que não deixam falir os bancos insolventes, porquê a fraude e a corrupção, a promiscuidade com o dinheiro sujo do crime organizado, porquê oferecer rendas monopolistas ao grande capital?"
( Daniel Vaz de Carvalho)
Que solução alternativa proporia o João Rodrigues? O JR sabe muito bem que o problema de Portugal é não ter capital. Portugal não tem capital para ter os bancos todos que tem.
E não foi somente a banca privada portuguesa quem se portou mal; a banca pública portou-se igualmente mal, ou pior. A CGD portou-se muito mal na crise financeira. A solução preferida do JR - nacionalização da banca - seria tão má ou pior do que a entrada de capital estrangeiro.
Faltava por cá o economista Daniel Vaz do Carvalho!
O capital intacto dos acionistas da banca nacional é algo que deveria merecer relevo aprofundado!
Quanto aos grandes proletários, bancários e não só, a esquerdalhada gosta de lhes chamar banqueiros e capitalistas. Pagam-lhes bem para não roubarem.
Já aos políticos pagam-lhes mal porque se não roubam dão de mamar à matilha.
Faltava Vaz de Carvalho, nao faltava?
Mas em vez de suspiros e rancores suspeitos e impotentes, que tal a abordagem do conteúdo do que se debate?
Ora bem
Aqui há dias falava alguém, con os olhos em alvo, da decência e honestidade burguesas.
Após a demonstração da hipocrisia desta moralidade da treta de quem assim se expressa, vem-se falar na vergonha. Outro sentimento pio.
Da treta.
Manda a verdade dizer que vergonha é roubar para acrescentar mais ao pecúlio. Vergonha é defender os bordéis tributários. Vergonha é explorar o próximo. Vergonha é nao ter vergonha na cara.
Agora por " falência"?
Será que este tipo da " veegonha" nao se lembra do que andou a dizer a respeito das " falencias"?
Estará com medo Herr jose da economia política e de Daniel Vaz de Carvalho?
Calma. Não vale a pena tal afobamento e tanta inquietude
A prova da inusitada ( ou talvez não) perturbação e inquietação de herr jose está no seu completo desnorte.
Traduzido neste mimo:
"Quanto aos grandes proletários, bancários e não só, a esquerdalhada gosta de lhes chamar banqueiros e capitalistas."
Essa de tentar chamar "grandes proletários" aos banqueiros e capitalistas só dum demente. Ou então de alguém em desespero completo para não assumir o que é o Capital e os grandes Capitalistas.
Sabe-se que já tentou fazer passar aquele mafioso do António Borges como proletário. Há quem diga que foi por ignorância e idiotice em estado puro. O mais provável contudo é que a impotência também argumentativa esteja envolvida nisto
Agravada por uma cobardia ímpar por não ter a coragem de assumir o que a sua canalha tão amada faz
O que é digno de comiseração é que herr jose passou aqui anos a fio a (de)cantar elogios à banca e aos banqueiros.A elogiar-lhes a manha e o lucro. A trombetear-lhes a moral e a ética. A salivar em torno das suas palavras e dos seus actos. A declamar poeminhas em forma de recados de graxa...
Depois foi o que se viu.
Só lhe restarão estas pequeníssimas tentativas de escapar pelo buraco da agulha?
Quererá convencer-nos que Mexia é um "proletário"? Para além da idiotice, estará esquecido do que andou para aí a dizer, defendendo enraivecido os proventos acima do milhão de euros anual do Capitalista laranja e ex-governante?
Essa dos banqueiros e seus gestores serem considerados proletários faz lembrar os capatazes dos esclavagistas.
Como se sabe estes faziam parte do aparelho senhorial posto ao serviço da escravatura e eram as mais das vezes verdadeiros criminosos fdp.
Apareceu por aí alguém a dizer que tais capatazes eram escravos?
A CGD portou-se muito mal na crise financeira.
Ora por que seria?
Os cargos na gestão do banco público serviram para distribuir lugares de acordo com prioridades que nada têm a ver com os interesses da CGD. Recuámos a 1989, à época da privatização da banca, da criação da União Económica e Monetária e das maiorias absolutas do PSD, com Cavaco Silva como primeiro ministro. Analisámos os dez mandatos que cobrem o período entre 1989 e 2015 e os números são claros: a passagem de ex-governantes, militantes, dirigentes e gente próxima do PSD, do PS e, a partir de 2004, do CDS tem sido regra na gestão da Caixa.
Mas uma análise caso a caso mostra outra realidade: a promiscuidade alastra-se ao regulador – o Banco de Portugal – e à banca privada. O que têm em comum Vieira Monteiro, Mira Amaral, Carlos Santos Ferreira, Tomás Correia e Jorge Tomé? Todos eles foram presidir a bancos privados depois de saíram da Caixa. Na verdade, os três primeiros ainda estão à frente do Santander Totta, do BIC, e do BCP, respectivamente.
Os conselhos de administração da Caixa Geral de Depósitos foram, ao longo dos últimos anos, território ocupado por gente próxima do poder político e económico, que muitas vezes se confundem. Na verdade, a actual composição dos órgãos sociais da Caixa não mostra qualquer ruptura com este passado, pelo contrário. Paulo Mota Pinto, ex-deputado e dirigente do PSD, preside à Assembleia Geral. Rui Vilar, o primeiro presidente do período que abordamos, é vice-presidente do conselho de administração.António Domingues, e metade da comissão executiva vieram directamente do BPI para o banco público.
Os dados são claros: a passagem de ex-governantes, militantes, dirigentes e gente próxima do PSD, do PS e, a partir de 2004, do CDS tem sido regra na gestão da Caixa.
Mas uma análise caso a caso mostra outra realidade: a promiscuidade alastra-se ao regulador – o Banco de Portugal – e à banca privada. O que têm em comum Vieira Monteiro, Mira Amaral, Carlos Santos Ferreira, Tomás Correia e Jorge Tomé? Todos eles foram presidir a bancos privados depois de saíram da Caixa. Na verdade, os três primeiros ainda estão à frente do Santander Totta, do BIC, e do BCP, respectivamente.
A solução é só mesmo uma: a nacionalização da Banca. Colocá-la ao serviço da nossa economia. E acabar com este sorvedouro de dinheiros públicos para os lucros privados
A propósito deste bom texto de Pena Preta:
" Quando Salgado se esqueceu de declarar no IRS pela terceira vez pequeninas somas que tinha no estrangeiro , o Governador chamou-o para opinião pública ver , mas continuou a considerá-lo idóneo para continuar como banqueiro…e quando foi descoberto o também pequenino prejuízo , a tal "enfermidade" do contabilista , como lhe chamou Salgado , o governador continuou a considerar este senhor como idóneo para ser banqueiro. Fantástico . Como prémio merece ir para o BCE tal como o Vítor Constâncio!"
Acontece que este mesmo Salgado foi alvo duma comovedora homenagem e defesa da sua posição na vida, da sua posição económica, da sua condição de legítimo proprietário das imensas riquezas recebidas. " O direito ao retorno" escrevia "Jose"
E concretizava:
"Sabe porque é que essas antigas famílias regressaram ao poder económico?
Umas indeminizações ajudaram, mas no essencial têm crédito porque são credíveis – ia dizer que sabe gerir e honram os seus compromissos, mas honra já vi que é coisa em grande descrédito!
Estávamos em Março de 2013.
A honra perdida dos prostituídos Donos de Portugal. A lamechice agoniante em torno destes personagens.
" Pagam-lhes bem para não roubarem".
Já sabemos de que águas bebe o Capital. Obrigado pela confirmação. Mas os que trabalham não estão para pagar os lucros e os desmandos destes capitalistas de alto coturno.
"aos políticos pagam-lhes mal porque se não roubam dão de mamar à matilha."
Já sabemos a qualidade de políticos ao serviço do mesmo Capital. Obrigado pela confirmação. Falta acrescentar que é aí mesmo, nas fileiras do neoliberalismo, que vemos a marca maior da corrupção. Ainda há dias, mais um , autarca laranja, de nome Loureiro ( olha, mais outro) acusado de.
Há dias foi Mexia.Um político Capitalista. Ou vice-versa.
E falta concluir ( ao contrário do que a extrema-direita quer fazer crer) que esta historia dos políticos serem todos iguais é uma tão grande treta como a mama que o jose anda a vender. A realidade é tão forte que ele não tem outro remédio do que remeter-se a postar este tipo de slogans manhosos e a fugir.
Esta é a treta que nos querem impingir. Desde há muitos anos. Como dizer que Humberto Delgado, o assassinado, se pode equiparar de alguma forma ao assassino, António de O Salazar
Quem não sabe diferenciar um proletário de um acionista(já agora 'de referência'), sabe o quê de capitalismo?
É mesmo verdade que o Jose disse que o Borges é proletário?
Ahshaha
Aqui está a confirmação.
http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/4472002.html?thread=39618498
Uma delícia. O que ele faz para defender o mafioso sem escrúpulos e homem de mão da Goldman-Sachs
Um "proletário". Isso mesmo.
O desespero de um comparsa só para justificar o "livre de impostos" deste gangster do Capital
Acabámos de receber uma nota de Borges do além-túmulo a pedir para o não insultarem.
Ele, um Castel-Branco do Amaral,um "proletário"?
Mesmo vindo dum amigo extremoso, interessado em fazer o branqueamento do Capital e dos seus próceres...não deixa de ser um insulto.
Então e os milhares que ele, Borges tinha ( é ele que o diz) de acções das empresas de que foi gestor? Citibank, BNP Paribas, Petrogal, Sonae, Jerónimo Martins, Cimpor, Vista Alegre.Vice-presidente da Goldman...
Este "jose" não é só o que é. É também uma fraude.
Se herr jose quiser literatura sobre o assunto, pode-se arranjar.
E um dicionário de latim.
Pobre herr jose. Classificar-se-ia a si próprio como "treteiro" se os tivesse no sítio.
E se se assumisse, claro está
O desgraçado que proleta todo o tempo e acabou por pagar a casa, não é proletário, é proprietário!
E tão contentes, os cretinos!
Ahahah.
Quanto desespero para agora se ir buscar uma casa, um proprietário e um proletário.
Não se veda e avança até invocando cretinos?
(nem se apercebe mas confirma-se. Uma fraude.
E tudo o resto mais)
Ah. Então o Borges era um proletário?
Tal como os gestores da banca, portentosos portadores de uma carteira de acções das suas empresas, agora convertidos em "bancários" e outras coisas mais?
Cada um faz a figura de parvo ou de idiota que quer.
Peguemos na Wikipedia, mas escrita em português, para não termos um a queixar-se que não percebe o latim:
"(António Mendo de Castel-Branco Borges) militante do Partido Social Democrata, do qual foi vice-presidente, sendo líder Manuela Ferreira Leite, entre 2008 e 2010, seria em seguida encarregado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho para liderar uma equipa que acompanhava, junto da troika, os processos de privatizações, as renegociações das parcerias público-privadas, a reestruturação do sector empresarial do Estado e a situação da banca, até então competências habitualmente cometidas ao Ministro da Economia, e que no executivo de Passos Coelho foram atribuídas a um elemento de fora do governo (em vez do titular da pasta da Economia, que era então Álvaro Santos Pereira)[5].
No contrato celebrado no dia 29 de Fevereiro de 2012 entre a empresa estatal Parpública Borges foi contratado António Borges como consultor para um extenso programa de privatizações inscrito no Memorando de entendimento com a troika como a RTP e os CTT. O contrato foi assinado entre a Parpública e a empresa ABDL L.da, uma sociedade por quotas entre António Mendo de Castel-Branco Borges e Diogo José Fernandes Homem de Lucena, em que António Borges tem uma quota de 15,012.02 euros e de Lucena uma de 4,987.98 euros.
De acordo com o contrato, em vigor desde o dia 1 de Fevereiro de 2012, a Parpública paga à referida sociedade uma verba mensal de 25 mil euros mais IVA, acrescida do reembolso de despesas "indispensáveis para a concretização do trabalho e previamente autorizadas, designadamente no caso de viagens ao estrangeiro, as quais deverão ser documentadas e respeitar as normas aplicáveis ao sector público".
De 1 de Fevereiro de 2012 a 1 de Fevereiro de 2013 António Borges recebeu 300.000 euros, mais despesas fora o montante das despesas efectuados neste ano de contrato que foi, entretanto, renovado por mais um ano."
Só por esta negociata canalha
A grande burguesia é tramada. São proxenetas e querem fazer-se passar por virgens impolutas.
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