sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Imperialismos...

A invisibilidade do imperialismo hoje em dia não é sintoma do seu desaparecimento, mas sim do seu poder.

 Utsa Patnaik e Prabhat Patnaik, Monthly Review.

Qual é o último reduto do europeísmo? Para lá da invenção de uma tradição europeísta, é a paz capitalista, a ideia liberal, implicitamente aceite por certa esquerda, da paz pelo comércio, pelo aumento das chamadas interdependências económicas e, logo, políticas. É também preciso tomar este reduto de assalto, lançando contra ele a realidade do desenvolvimento desigual, do imperialismo na, e através da, UE, e dos conflitos, internos e externos, de que está prenhe a sua actual configuração, tanto mais intensos, quanto mais tempo esta formação pós-democrática e pós-social sobreviva. Note-se ainda que o imperialismo através da UE está dependente da potência imperial por excelência, os EUA, sendo que esta potência, cujo declínio é sobrestimado, dá rédea relativamente solta ao imperialismo no seio da UE.

A analogia sempre grosseira, mas talvez melhor do que muitas que circulam por aí, é com o destino da chamada primeira globalização, entre o final do século XIX e o início do século XX, no quadro da qual, nem de propósito, floresceu a melhor análise da economia política do imperialismo, tradição de que temos boas continuações, como é o caso do número de Julho-Agosto da Monthly Review. Embora nenhum dos artigos seja explicitamente sobre a UE, a análise de Utsa Patnaik e Prabhat Patnaik é útil para esta área, já que enfatiza uma das dimensões do imperialismo na época da finança que melhor a caracteriza: a imposição de uma economia sem pressão salarial, agora em particular nas periferias, como forma de manter o valor da moeda, o que muito beneficia as elites do centro e um certo capital financeiro que opera nas periferias europeias.

Entretanto, e só para continuar o debate durante as férias, repito o que escrevi no Le Monde diplomatique – edição portuguesa de Julho de 2013:

No contexto europeu, é preciso reconhecer que a «Europa», ou seja, a integração europeia, em especial na sua decisiva e antidemocrática declinação económico-monetária, não é hoje factor de paz, mas sim factor do conflito resultante da humilhação nacional e da demolição da protecção social, criada nacionalmente e associada a fases de intensificação da democracia. Os direitos democráticos de matriz socio-laboral, em particular o pleno emprego com direitos, foram o grande factor de paz, conjuntamente com a estabilização territorial propiciada pela Guerra Fria. Estes direitos foram até compatíveis com fases menos intensas da integração europeia, ainda que o projecto de contenção do socialismo estivesse desde o início na sua matriz institucional e que também nisso ela tenha sido espectacularmente bem-sucedida nos anos de bifurcação das décadas de setenta e oitenta. Desde a década de oitenta, a integração europeia é claramente o principal factor de intensificação de uma globalização para a qual deu e dá um contributo decisivo, através da construção do «mercado único», das negociações na Organização Mundial do Comércio ou do euro.

29 comentários:

Aleixo disse...

O que surpreende, é haver tão poucos " João Rodrigues " a lutar convictamente,contra toda a antidemocracia, que grassa nos centros de decisão, desta "coisa da Europa"!

Anónimo disse...

“A invisibilidade do imperialismo hoje em dia não é sintoma do seu desaparecimento, mas sim do seu poder.”
Dito a meu modo: «O poder do imperialismo tem a particularidade de o tornar invisível». Mais terra a terra, “o imperialismo e´ bem visível e por isso logo existe”. Ou e´ da minha vista…ou e´ do coiso do batista ---A bota não bate com a perdigota e da´ aso a alguma confusão.
Esta preposição não esta bem conseguida por que o homem o vê, o sente, o ouve e o escreve! Não sou erudito. Desculpem qualquer coisinha. De Adelino Silva

Jose disse...

A UE "...não é hoje factor de paz, mas sim factor do conflito resultante da humilhação nacional e da demolição da protecção social»

A humilhação é devida a quem mal governa; haveriam de ser louvados?
Haveriam era de ter vergonha de terem dado o poder a canastrões desonestos e cobardes.

A demolição da protecção social; tadinhos dos europeus tão desiludidos quando se comparam com..!?!?!?, talvez Cuba? provavelmente sim, esse paraíso terreal.

Anónimo disse...

De facto é necessário desmontar e destruir esse mito da "paz liberal europeia". E este texto é um boa arma para o assalto ao reduto do europeísmo acéfalo.

Umas excelentes férias

De

Anónimo disse...

Canastrões desonestos e cobardes é muito pouco para definir os cavacos e os passos e os portas da nossa terra.

Afinal eles cumprem os seus preceitos ideológicos e servem os seus interesses de classe. E a sua manutenção no poder tem raízes fundas desmontadas já por um velho de barbas há um ror de anos
Mais uma vez se torna lapidar a frase"A invisibilidade do imperialismo hoje em dia não é sintoma do seu desaparecimento, mas sim do seu poder"

Há que tirar portanto o poder a estes canastrões desonestos e cobardes, mas acima de tudo assanhados senhores do poder e das coisas, usurpadores da riqueza e da mão-de-obra alheia,detentores dos meios de produção e do produto do saque.

De

Anónimo disse...

Não falemos agora da sobranceria e da pesporrência de quem se assume como troikista ferrenho (e alguma coisa mais) traduzidas na expressão acintosa dos "tadinhos dos europeus". Ficamos assim mais uma vez a saber que nada há a esperar desta gentalha sem escrúpulos e com sonhos de perpetuação da exploração Über Alles.

Mas há mais uma vez um pormenor delicioso da parte de quem estima e enaltece o "dever dos verdugos" perante os que lhes pagam.É quando este compara a Europa com Cuba. Que diacho. Na altura da revolução cubana este país estava ao nível do Haiti ou da Jamaica. O que se passará para agora ser chamada a propósito do europeísmo e da europa , essa fonte de nações imperiais que conquistaram o mundo e que o dominaram? Cuba deu um salto gigantesco...e a europa?

É bom meditar nisto. E perceber que de facto a A UE "....não é hoje factor de paz, mas sim factor do conflito resultante da humilhação nacional e da demolição da protecção social". Porque mais do que o cemitério das palavras truncadas, modificadas. aldrabadas, corrigidas e manipuladas é a realidade que se impõe. Para infelicidade de quem se escuda atrás de "canastrões" ou na apologética dos verdugos.

De

António Pedro Pereira disse...

Querem saber mais sobre o porquê dos trolls dos Josés aqui plantados?
Pacheco Pereira explica-vos muito bem aqui:
PARA QUEM AINDA NÃO PERCEBEU NO QUE ESTÁ METIDO
http://abrupto.blogspot.pt/
E aqui:
Ascensão e queda de Passos
http://visao.sapo.pt/ascensao-e-queda-de-passos-versao-20=f758352

Anónimo disse...

José,

como é q está o doutore marco António....? e o Duarte lima, e o doutore balentim loureiro e, esse monstro da gestãohe autárquica do luis felipe menezes?

Anónimo disse...

O texto de João Rodrigues é uma saudável clarificação da actual conjuntura europeia. Há que chamar as coisas pelos nomes e imperialismo é imperialismo, por mais que lhe chamem "resgate económico".

Anónimo disse...

O imperialismo nunca morreu. Ele, após a II Guerra Mundial, apenas se metamorfoseou em diversas reencarnações. Da pretérita luta contra o "Reino do Mal" do comunismo, até à actual e mais sofisticada "intervenção humanitária", o imperialismo vestiu diversas e muito bem ataviadas fatiotas que pretendiam esconder-lhe a monstruosa fisionomia. A novidade que, hoje, se nos apresenta é a de ele, o imperialismo, ter retornado a casa, após uma ausência de setenta anos.
Quando os povos se interpõem entre a riqueza dos seus países e a ganância da canalha monopolista mundial que dela se quer apropriar, esta última trata de eliminar os primeiros do cenário. Foi assim, ontem, assim é, hoje. Se tal fenómeno se deu, outrora, "manu militari", em paragens tão distantes quanto a Indonésia ou o Zaire, o Irão ou o Chile, nos tempos que correm é a arma de destruição massiva da finança que torna a Grécia ou Portugal em meros protectorados a explorar até ao tutano.
Este retornar ao imperialismo puro e duro era, bem vistas as coisas, só uma questão de tempo: acossadas pela competição global, as elites financeiras da UE não têm liquidez para ir a jogo com a China e demais potências emergentes na disputa pelas matérias-primas mundiais. Essas elites voltaram-se para dentro e aplicam, agora em casa (seja essa casa uma casa física, ou seja a casa espiritual do ocidental liberalismo democratista), as técnicas de rapina exercitadas durante séculos na terra dos outros.
Não deixa de ser uma trágica ironia da História que a rendição incondicional exigida à Grécia, consubstanciada no efectivo saque do país pela elite financeira europeia e internacional, e as previsíveis desastrosas consequências para a UE do obscuro tratado de livre comércio com os EUA nos façam ecoar na memória as humilhações impostas à China pelas potências ocidentais na alvorada do século de desgraça (1850-1950) que lançou o Império do Meio no caos.
Mas nada disto interessa, não é verdade? Enquanto a Europa se suicida com uma rajada de tiros na cabeça, a malta vai, despreocupadamente, a banhos, tira "selfies" para mandar para a SIC, abana a carola nos festivais de Verão e, do alto da autoridade que lhe vem de viver num país governado por uma canalha corrupta que a faz engordar com o seu suor e o seu sangue toda uma variedade plurinacional de "banksters", e onde a liberdade à emigração, ao desemprego, a não ter um tecto, a ver os filhos sem acesso ao pão e à educação é inquestionável, emociona-se e mobiliza-se pela libertação dos "presos políticos" em Angola. Pensar (e, ainda mais, pensar no sentido de intimamente questionarmos a nossa própria identidade), lá dizia o poeta, incomoda como andar à chuva, e à malta, para mais no Verão, aborrece o andar à chuva.

Jose disse...

O imperialismo é um conceito muito curioso:
1 - Os progressistas pressionam os governos e tudo o que mexe para providenciarem todas as mamas imagináveis: ele é o trabalho com direitos que inclui doses massivas de ócios remunerados; ele é o ensino, a saúde, a maternidade, a paternidade, a generosa reforma, o subsídio para o caixão e para a viúvez.
2 - Os governos e as empresas vão-se a fazer pela vida, a explorar os povos do mundo para abastecer as mamas, manipulando mercados, de terra em terra a procurar sapatos a 5 euros e t-shirts a tostão.
3 - Vai daí os progressistas chamam-lhes imperialistas e mamam tranquilamente enquanto clamam aos sete ventos a sua solidariedade com os explorados.
4 - E sempre ficcionam, nas suas generosas almas, que o que obtiveram nas suas gloriosas lutas todos têm direito a ter, sabendo de ciência certa que não haveria recursos no mundo para tal e que a simples tendência poderá levar à devastação do planeta.
5 - Mas são ecologistas fervorosos na vizinhança das suas zonas de lazer, sabendo que disso usufruem à custa do 'imperialismo' que permanentemente vituperam.
Em conclusão: o seu único móbil e sincero impulso é a inveja. E até que um qualquer sistema austeritário e autoritário imponha uma qualquer ficção de igualdade, sempre quererão mais sabendo que a abundância que requerem é a escassez de muitos.
A palavra reformismo incendeia-lhes os espíritos pois ofende o dogma de que só do caos emergirão as forças que anularão aquelas outras em cuja acção tão diligentemente participam.
Exaltam o regime cubano, como museu vivo desse mundo que idealizam, do qual sempre excluem a parcimónia como condição de igualdade e a miséria como consequência inevitável de regimes colectivistas e repressivos.

Anónimo disse...

José,meu cabrão

não respondeste pela máfia,covarde do cara*** q te phoda ! Estás com os Criminosos, seu psicopata. terrorista!

Anónimo disse...

Apoiado, ao comentador de 16 de Agosto , 03:00.
Infelizmente, meu caro penso que está próxima a guerra mundial do 1/4 de hora.Os filhos da puta da oligarquia americana e seus lacaios ,o Império do Caos, vão 'apostar' no holocausto nuclear pensando no 'sucesso' do Afeganistão,Iraque, Libia e Síria.Só que desta vez teem os russos/chineses-e. não pensem q ao atacar um ,o outro fica a ver o q lhe vai acontecer...
~Eu sei q há uma palete de otários psicopatas que pensam que não!são otários bem pagos.Ponto!
Diria que os Russos teem uma surpresa ao largo desse país desde os anos 70, caso eles tenham a infeliz 'aposta' de atacar....Não é segredo nenhum, embora os 'jornais' nada digam e/ou nem saibam ou não queiram saber..... É tempo do Império do Caos ir com o REAL CARALHO!FASCISTAS,TERRORISTAS .A Rússia/China não usam só,AK-47!
P.S.: No intervalo de 9 anos se tudo continuar 'como está' , haverá uma guerra do caralho! Contudo, a classe operária está alienada por isso , o mundo seguirá o seu curso...
Ah!,não vale ter 'pensamentos positivos'-é o que é!

'Anónimo' que pergunta ao besunta do José ,o que é feito do Duarte lima e todos os capangas do PSD/CDS fascistas e PSúcialista

Anónimo disse...

“O imperialismo não negoceia, exige capitulação total”.
Mas os “impérios” digladiam-se entre si pelas hegemonias Totais ou Parciais.
E, por natureza vária, chegam a juntar-se para combater um outro império considerado inimigo comum – veja-se os Estados Unidos da América imperialista e a Eurolândia imperialista com Forças Armadas Conjuntas – NATO – cercando a Rússia imperialista, tal como outros impérios o fizeram em tempos idos!
Mas também existe o tal “Invisível” com as ventas de fora, chamado de «MAGNATAS». Espécie subterrânea, submarina e aeroespacial tao ou mais perigoso que os outros demais impérios. Tal como o polvo predador, infiltra-se por tudo quanto e´ buraco, encolhe-se, estica-se e muda de cor, no fundo continua a ser o mesmo polvo. O mesmo imperialismo predador! De Adelino Silva




Anónimo disse...

"Anónimo" das 14.10:
Uma das características deste imperialismo ora reinante, talvez a sua principal característica, é a de fazer-se passar por uma luta global pela democracia. As pessoas desabituaram-se de pensar e acham perfeitamente natural, e este é só um exemplo, que, com o passar dos dias, um desgraçado acidente na cidade chinesa de Tianjen sirva, em crescendo, de motivo de intoxicação ideológica e apareçam, do nada, cataclísmicas nuvens de cianeto, repressão de manifestações e censuras massivas de protestos na internet. O primeiro estádio da actual Guerra Mundial é o da guerra mediática: ao mesmo tempo que se acusa a RPC de terrorismo ambiental (esquecendo que a mesma RPC é a líder mundial no desenvolvimento de tecnologias verdes), não aparece uma única notícia nos media ocidentais acerca do derrame de milhares e milhares de litros de poluentes altamente tóxicos num rio dos EUA, e nada se escreve ou diz, nos media "mainstream", sobre a desgraça para os veios aquíferos que é a extracção do petróleo de xisto.
Se alguém tiver a curiosidade de seguir o rasto de toda esta desinformação, rapidamente chegará à conclusão de que os seus grandes divulgadores são os grandes conglomerados mediáticos internacionais, os quais andam de mão dada com as diversíssimas ONGs que lutam estoicamente pela "democracia" e são vastamente financiadas pela Fundação Soros e pelo Departamento de Estado dos EUA.
Em bom português, caro anónimo, essas ONGs estão-se cagando para a democracia. Elas são, na verdade, as meras pontas-de-lança de uma outra coisa; elas limitam-se a criar o caos que possibilite a apropriação pela Troika FMI/Banco Mundial/Departamento do Tesouro Norte Americano das riquezas a que nunca chegariam caso fossem a jogo com a China e demais potências emergentes.
Tendo em conta o que atrás foi dito, já se poderá compreender a multiplicação das variadíssimas "revoluções coloridas" que, sintomaticamente, só aparecem em países que não se curvam ao "diktat" de Washington: clama-se por liberdade na China, louvando-se, ao mesmo tempo, as magníficas liberdades da Arábia Saudita; Putin é equiparado a Hitler, mas é na Ucrânia que os netinhos de Stepan Bandera ensaiam a sua limpeza étnica com o apoio incondicional da NATO; há "presos políticos" em Angola, contudo a Europa recebe de braços abertos o genocida Paul Kagame, o grande saqueador do Congo e o supremo actor de uma guerra onde já morreram 4 milhões de pessoas (o ColTan, essencial à electrónica e à indústria informática do Ocidente, não tem, é claro, nada a ver com o casamento de conveniência).
Tem tudo isso alguma coisa a ver com o amor à democracia? Claro que não. Reparemos no caso de Angola: esse país é, hoje, o maior fornecedor de petróleo à China, logo atrás da Arábia Saudita.É a esse petróleo (e não só...) que os EUA querem deitar a mão e, juntando o útil ao agradável, desestabilizar a RPC. Que as anteriormente referidas ONGs se sirvam de jovenzinhos exaltados, ingénuos, cheios de boas intenções e cujo voluntarismo é inversamente proporcional à mais do que sensata premonição do possível desenlace catastrófico das suas acções, para fazerem o trabalho do seu patrão, não é nada de novo e faz, há muito, parte da estratégia do Império. Muitos daqueles que, há tempos, clamaram por democracia em Maidan estão hoje no exílio. Eles foram os idiotas úteis do momento, os ingénuos pastilha-elástica, os peões de um jogo viciado de uma dimensão e de um alcance que nunca entenderam.
Uma última nota, para concluir. É sempre um gosto observar as andanças da senhora Ana Gomes; a última vez que a vi bater-se denodadamente pela democracia, estava ela frente ao destruído complexo de Kadafi, mui sorridente e entusiasticamente louvando a novel liberdade líbia. Agora, parece que faz umas viagens a Angola. Sintomático.

Jose disse...

ZZZZZ...o vespeiro zune e conforta-se no insulto e na antecipação de holocaustos que lhes levem os inimigoa.
As bestas aspiram a ver em letra de forma as tretas de 'mesa de café' onde vertem a bílis acumulada em raivinhas de pés-rapados temperadas com copos de frustrações.
Para este peditório não dou mais.
Por uma vez sejam simpáticos es!adoptem lá um nome qualquer que me permita ignorar-vos


Anónimo disse...

Antes de mais nada um obrigado a quem postou às 00 e 30. Um comentário certeiro, maduro e que tem o não menor mérito de chamar as coisas pelo nome.
E mais uma vez a saudação ao post de João Rodrigues, que despoletou não só o debate, como também pelo seu assumir sem rebuço do assalto ao castelo do europeísmo, tonto e mistificador

Depois o registo do processo de fuga encetado por quem do alto da sua prosápia enveredou pelos "canastrões" e pela pesporrência ideológica e fundamentalista dos "tadinhos" . Abandonou de imediato o barco e , impotente, parte para outra ....agora em vários "números" para parecer que há qualquer miolo no seu fundamentalismo. Coitado. Nem Aristóteles lhe aparou os golpes.

Depois ,como dizer isto sem ser ofensivo para a capacidade cognitiva do visado? Percebe-se que o ódio manifesto ao conhecimento e a quem estudou deixe marcas no próprio desenvolvimento pessoal de quem assim procede. A mediocridade serve a mediocridade e quando a pesporrência ideológica é assumida da forma como o é, não será de estranhar que se pretenda "inventar" conceitos fora dos conceitos. Ou seja, por mais que custe ao admirador assumido de verdugos, o conceito de imperialismo não navega naquela listazinha revelada pelo assumido amante dos ianques nem repousa nos humores e amores do dito cujo. Para saber mais terá que o fulano sair da sua margem de conforto e vasculhar inclusive na própria Wikipedia sobre o que é o "imperialismo". O ridículo da questão não mata mas ajuda a compreender do que se fala e como se fala. Havia para aí um ministro fascista que elogiava a ignorância como modelo a seguir. Que os que o seguem o sigam, isso é com eles, mas não se queira contaminar os outros com as suas tretas bolorentas e abjectas

De

Anónimo disse...

Vamos então ao "conceito" de imperialismo para onde nos querem arrastar.
Que tem o imenso mérito de fazer sobressair os verdadeiros conceitos ideológicos defendidos por tal gentalha.

1- o ensino, a saúde, a maternidade, a paternidade, a reforma, o caixão e a viúvez são para estas coisas, "mamas". Curiosamente isto não anda longe do conceito de trabalho no fascismo e no III Reich. Não curiosamente quem assim fala nas "mamas" ( que vocabulário lastimável ) assume-se como amigo e admirador, de copos, de sofás e ideológico, dum simpatizante e praticante flamengo de tais regimes.

De

Anónimo disse...

2 - "Os governos e as empresas vão-se a fazer pela vida".

Coitadinhos dos governos e das empresas.Uns desgraçados, umas vítimas, uns explorados. Não se sabe como sobrevivem à crise. Sabe-se que há uns tempos, quem assim lacrimeja pelos governos e pelas empresas, apelava à compreensão dos chorudos proventos dum da sua espécie, o antónio borges,pela importância e mais valia que este tinha nos seus "contactos", para fazer dinheiro fácil e pouco limpo. No fundo um elogio indirecto à mafia (e um auto-elogio às negociatas com o flamengo acima citado?)

Parece que o objectivo mais uma vez são as "mamas". Confesse-se que este choradinho em torno das empresas e dos governos é assumidamente duma pieguice viscosa e repelente

De

Anónimo disse...

3- Voltam as "mamas" ao palco do terreno dos conceitos. Volta o lacrimejo fácil em volta dos que são assim "mamados".
Isto tudo, registe-se, para definir o que é imperialismo ( não se riam por favor)

Não, acho que alguém devia dizer ao dito cujo que este blog ainda não alimenta conversas de sofá deste nível e desta grosseria. Isso deve ficar no registo íntimo da vida privada de jose ou jgmenos ou qualquer outro nome de guerra que use


De

Anónimo disse...

4- " não haveria recursos no mundo para tal "..

Percebe-se que os recursos estão reservados, na filosofia e na ideologia do jose , para uns tantos. Para os "eleitos" entre os quais ele se assume como de pleno direito como já aqui bastas vezes confessou.

Mas não só ele. Os donos das grandes empresas, os detentores dos grandes meios de produção, o borges,ja aqui falado, o passos mais a tecnoforma, o portas mais os submarinos. O BPN e o BPP foram feitos para permitir acumular o dinheiro nas mãos certas. Os Swaps da luís Albuquerque idem idem, aspas aspas. As PPP são um dos mecanismos introduzidos em Portugal pelo cavaco para fazer o mesmo. Que diacho, se não dá para todos ao menos dê para quem concentra o capital nas suas mãos.

Porque esta história da Igualdade entre os seres já se sabe por onde afina a cartilha extremista deste fulano. Cita-se:“Quanto à igualdade, são palavras que só têm um lugar e um tempo: a França do sécXVIII e o sonho ignaro do Bom Selvagem.”

Mesmo a igualdade de género é posta em causa de forma assumidamente misógina e marialva com o seu quê de pieguice saudosista. Atente-se nesta tirada que o define como apologista da preservação do planeta à sua maneira e de acordo como os seus preceitos. Cita-se ipsis-verbis:
"Os antigos tinham aqueles preconceitos acerca do género que muito provavelmente os levou a:
- Ter uma formação que desse bons soldados
- Ter uma formação que desse boas esposas e mães de soldados"

( parace que a mãe do referido sujeito fracassou copletamente neste aspecto).

Mães e soldados. Heil

De

Anónimo disse...

5- Mas são ecologistas fervorosos na vizinhança das suas zonas de lazer, sabendo que disso usufruem à custa do imperialismo"

O imperialismo como zona de lazer? Mas por todos os anjinhos do mundo. Tem gente que é burra ou que se faz? Zona de lazer só mesmo para o capital financeiro pois então.
Leia-se agora o registo do anónimo das 00 e 30 para se compreender os tonitroantes disparates de quem disse essa bojarda

Aqui há tempos este mesmo sujeito defendia e deitava urros de alegria pelo facto da riqueza de 85 pessoas equivaler à riqueza da metade mais pobre do planeta terra.Uma manifestação de alarvidade dum da classe dominante sem sombra de dúvida. Mas uma concreta manifestação do que esta malta considera zona de lazer para a imensa massa da população da terra e zona de lazer para o "imperialismo" .

De

Anónimo disse...

Será que quem assim tanto disparata é digno que se aborde a conclusão deste chorrilho de tretas?

"Em conclusão: o seu único móbil e sincero impulso é a inveja"

Digno dum verdadeiro treteiro, vendedor de banha da cobra e outras cousas mais.

Mas Eça já o topara há um ror de anos.
Onde se fala, entre outras coisas, da nossa raça e da inveja que a Europa tem de nós

O Crime do Padre Amaro (Capítulo XXV)
"Mas Amaro, radiante de se achar ali, numa praça de Lisboa, em conversação íntima com um estadista ilustre, perguntou ainda, pondo nas palavras uma ansiedade de conservador assustado:
— E crê vossa excelência que essas idéias de república, de materialismo, se possam espalhar entre nós?
O conde riu: e dizia, caminhando entre os dois padres, até quase junto das grades que cercam a estátua de Luís de Camões:
— Não lhes dê isso cuidado, meus senhores, não lhes dê isso cuidado! É possível que haja aí um ou dois esturrados que se queixem, digam tolices sobre a decadência de Portugal, e que estamos num marasmo, e que vamos caindo no embrutecimento, e que isto assim não pode durar dez anos, etc., etc. Baboseiras!...
Tinham-se encostado quase às grades da estátua, e tomando uma atitude de confiança:
— A verdade, meus senhores, é que os estrangeiros invejam-nos... E o que vou a dizer não é para lisonjear a vossas senhorias: mas enquanto neste país houver sacerdotes respeitáveis como vossas senhorias, Portugal há-de manter com dignidade o seu lugar na Europa! Porque a fé, meus senhores, é a base da ordem!
— Sem dúvida, senhor conde, sem dúvida, disseram com força os dois sacerdotes.
— Senão, vejam vossas senhorias isto! Que paz, que animação, que prosperidade!
E com um grande gesto mostrava-lhes o Largo do Loreto, que àquela hora, num fim de tarde serena, concentrava a vida da cidade. Tipóias vazias rodavam devagar; pares de senhoras passavam, de cuia cheia e tacão alto, com os movimentos derreados, a palidez clorótica duma degeneração de raça; nalguma magra pileca, ia trotando algum moço de nome histórico, com a face ainda esverdeada da noitada de vinho; pelos bancos de praça gente estirava-se num torpor de vadiagem; um carro de bois, aos solavancos sobre as suas altas rodas, era como o símbolo de agriculturas atrasadas de séculos; fadistas gingavam, de cigarro nos dentes; algum burguês enfastiado lia nos cartazes o anúncio de operetas obsoletas; nas faces enfezadas de operários havia como a personificação das indústrias moribundas... E todo este mundo decrépito se movia lentamente, sob um céu lustroso de clima rico, entre garotos apregoando a lotaria e a batota pública, e rapazitos de voz plangente oferecendo o Jornal das pequenas novidades: e iam, num vagar madraço. Entre o largo onde se erguiam duas fachadas tristes de igreja, e o renque comprido das casarias da praça onde brilhavam três tabuletas de casas de penhores, negrejavam quatro entradas de taberna, e desembocavam, com um tom sujo de esgoto aberto, as vielas de todo um bairro de prostituição e de crime.
— Vejam, ia dizendo o conde: vejam toda esta paz, esta prosperidade, este contentamento... Meus senhores, não admira realmente que sejamos a inveja da Europa!
E o homem de Estado, os dois homens de religião, todos três em linha, junto às grades do monumento, gozavam de cabeça alta esta certeza gloriosa da grandeza do seu país, - ali ao pé daquele pedestal, sob o frio olhar de bronze do velho poeta, ereto e nobre, com os seus largos ombros de cavaleiro forte, a epopéia sobre o coração, a espada firme, cercado dos cronistas e dos poetas heróicos da antiga pátria - pátria para sempre passada, memória quase perdida!"

De

Anónimo disse...

Herr "José", por mais que se esforce, não consegue impedir que os velhos tiques coloniais-fascistas lhe destruam o precário verniz do seu engajamento laranjal. Essa dos "pés-rapados", Herr "José", é o involuntário "lapsus linguae" que saudosamente o transporta aos tempos em que um negro com estudos superiores era, forçosamente, considerado um zé-ninguém, enquanto um branco analfabeto era, por direito rácico, um doutorado? Ou será a coisa um pouco mais azulada e corre-lhe nas veias o nobre sangue da aristocracia prussiana, Herr Von "José"?

Jose disse...

Qual lapsus linguae qual carapuça!

'raivinhas de pés-rapados temperadas com copos de frustrações' define a estrutura seminal da maioria dos treteiros.

Anónimo disse...

A abundância que herr jose requer é a escassez de muitos.

"Patrões de cotadas em Londres ganham 183 vezes mais que o salário médio"

Até quando vamos nós permitir este estado de coisas?

De

Anónimo disse...

Treteiro?
Mas não foi essa a alcunha que deram a herr jose? Jose tretas? Ou jose, o treteiro?

Confirmada por exemplo neste post de Jorge Bateira, em que a fuga registada de herr jose adequou o registo pusilânime do dito cujo à sua ignorância seminal (mas também terminal) perante dados, factos, números?

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2015/08/golpe-de-estado-nas-pensoes.html


Pois é por mais que jose esbraceje,a carapuça que foi obrigado a enfiar aqui,neste post de João Rodrigues
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2015/08/revelador.html
parece confirmar que de facto estamos presentes de (mais outro) involuntário "lapsus linguae" dum saudoso do colonialismo e do berro de salazar sobre a "ida para angola e em força"

Sorry jose , mas a verdade deve impor-se às tretas.Sempre

De

Anónimo disse...

"[...] estrutura seminal" (Herr "José" dixit). Estrutura seminal?!!! Estrutura seminal??? O sapientíssimo Herr "José" acaba de me colocar perante um embrenhadíssimo enigma epistemológico. Estará ele, certamente, a tentar ilustrar-se tirando um cursito por correspondênca, mas, dado o estranho casamento que faz entre "estrutura" e "seminal", não me consigo decidir se a patranha pseudo-académica em que embarcou lhe promete o Céu de uma formatura em Arquitectura Paisagística (idealização e desenho de repuxos de estranhas formas, jorrando eles ainda mais estranhos líquidos)ou o Nirvana de um canudo em Engenharia, na modalidade da Produção Industrial de Faiança Fina (nomeadamente de uma muito clássica e marotíssima peça das Caldas).

Anónimo disse...

O imperialismo continua a existir. Vejamos o que se passa nos países da margem sul do mediterrãneo, uma verdadeira catástrofe. Tivemos tambem a presença de um ataque não armado à Grécia.O Euro está a transformar-se num instrumanto de hegemonia da Alemanha sobre outros países.
Segundo o jornal francês "Le Monde " a Alemanha vai aumentar em cerca de seis biliões de Euros o orçamento das suas forças armadas.