sábado, 22 de fevereiro de 2025

Assumi-vos

A The Economist tem a virtude de ser brutalmente clara no seu imperialismo liberal: para se rearmar “a Europa tem de cortar no bem-estar”. Os novos renegados, que defendem, à esquerda, a corrida armamentista, devem assumir toda a brutalidade do seu programa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Depois do que se passou hoje na Sala Oval, a evidência da abjeta ligação Trump-Putin, ainda lhe parece que a Europa é armamentista? A otica marxista (a que o autor vem chamando, nos seus posts, de 'economia politica' de tudo o que move), serve mal para explicar esta liderança do mundo que soma ingredientes eficazes como autocracia, cleptocracia e fundamentalismos civilizacionais. A Europa já vai é tarde perante esta terrível ameaça.

Lowlander disse...

Nao haja qualquer ilusao: aquilo que Biden e Obama fizeram na questao da Ucrania foi uma versao mais polida e lenta do que Trump faz agora. Um uso cinico e desumano de um Estado Nacao (e o seu povo) para (1) ensinar licoes de poder ao Putin (quem e que manda); (2) esvaziar inventorio de pistolas com maior margem de lucro; (3) esvaziar inventorio de gas natural com maior margem de lucro; (4) escoar excedentes de cereais com maior margem de lucro; (5) apropriacao dos recursos naturais da Ucrania a preco de saldo.
Nao passa pela cabeca de ninguem com um minimo de senso que anunciar na conferencia de Bucareste 2008 que a Ucrania e para ser membro da NATO, interferir na mudanca de regime Ucraniano em 2012 e armar a Ucrania ate aos dentes de 2014 em diante resultaria em algo diferente de uma guerra destrutiva no interior da propria Ucrania.


Da mesma maneira como nao passa pela cabeca de ninguem que Portugal desencadeie accoes politicas abertamente hostis aos interesses espanhois (por mais intransigentes e irrazoaveis que eles sejam) sem dai colher um conflicto destrutivo dentro do seu territorio.
Idem para o Mexico e por ai fora. Exemplos nao faltam.

A geografia e aquilo que - a demografia tambem.