«Quando os trabalhadores e pequenos empresários perdem tanto (muitos quase tudo!), pagar dividendos é um rastilho para a raiva política (como disse o Financial Times). (...) O facto de acionistas de grandes empresas se prepararem para manterem o seu rendimento é só mais uma evidência da polarização excessiva da nossa sociedade: ou a reformamos rapidamente, ou o risco de desintegração, pela mão da raiva política assinalada pelo respeitável Financial Times é real.»
«Durante a crise de 2008-2011, os bancos também andaram alegremente a pagar dividendos e desta vez os reguladores agiram preventivamente. Para as empresas não financeiras, pelos vistos, temos de esperar pela próxima crise. E assim, de crise em crise, se vai acendendo o rastilho da raiva numa sociedade polarizada».
Susana Peralta, Os dividendos do nosso descontentamento (aqui e aqui).
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2 comentários:
Num país em que é legalmente consentido que as empresas funcionem indefinidamente com capitais negativos, em que a palavra capital é pronunciada como quem insulta, a invocação persistente de um qualquer artigo do Financial Time, é o lenitivo de um farsa na qual nunca é mencionado o enorme volume do capital financeiro dos fundos de pensões.
Oh Jose, está a admitir que os fundos de pensões vivem à custa dos estados? Progresso.
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