domingo, 26 de abril de 2020
Não puxem o coelho pelas orelhas
Caros camaradas jornalistas do Correio da Manhã,
O título da notícia que foi publicada na vossa newsletter não é verdadeiro.
Se consultarem o diploma que regula lay-off simplificado, no seu artigo sobre o financiamento, verificarão que as despesas com esse dispositivo é coberto pelo Orçamento de Estado - e não pelo Orçamento da Segurança Social. O lay-off pode ser criticado por muitas coisas - desvalorizar o trabalho, repartir desigualmente o esforço da crise (cortando nos rendimenros do trabalho e criando poupanças nas empresas), dar dinheiro público a donos de empresas que não precisam, pode ser ineficaz em manter o emprego - mas nunca por fazer perigar as pensões (reformas).
Por outro lado, a dimensão do desemprego não é - ainda - de dimensão para afetar perigosamente as pensões.
Em terceiro lugar, a Segurança Social dispõe de um muito apetecível fundo de estabilização financeira, dotado de várias milhares de milhões de euros para fazer face a emergências.
Portanto, a que se deve esta manchete?
Se o argumento é ter sido o director de fecho a fazê-la para puxar as vendas do jornal, pois têm muito bom remédio. Protestem. Porque é o vosso nome de autores da notícia - que aliás está lá bem visível no topo da notícia colocada às 1h - que vai estar em causa.
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9 comentários:
O Correio da Manhã, é um caso perdido. Não vale a pena gastar cera com ruins defuntos.
Há muito, que é um jornal sem credibilidade, mais conhecido pelo Correio da Manha. Não passa de uma correia de transmissão dos interesses do grupo Cofina que ao que consta não está numa situação financeira confortável. Acoita e promulga o ideário populista mais primário, quiçá talvez na esperança de um regresso ao "Estado Novo" de triste memória.
Simples, directo e com vários alvos
É assim mesmo
A privatizacão da segurança social continua na agenda dos oligarcas.
Os mesmos que distribuem dividendos em tempos de crise, os mesmos que pagam impostos na holanda, os mesmos que vendem barragens, que foram construídas com o esforço de todos e vendidas a preço de saldo, para lucro de alguns.
A forma de financiamento deste sistema assente na solidariedade nacional como
a Lei de Bases refere e bem é garantida por transferências do orçamento de
Estado por consignação de receitas fiscais.
Escrever para " jornalistas" do Correio da Manha (sem til ), pura perca de tempo. Jornalismo com J grande, foi coisa que NUNCA se praticou nesse pasquim.
Claro que o tablóide CM é um canal de divulgação, digo transmissão, da vós do dono ou de quem representa, Trata-se pois, de voltar à vaca fria : privatizar a S.Social.
O momento que vivemos combinado com as incertezas e as angustias, serve para esta gente começar a abanar o assunto.Dito de outra maneira, começar a meter medo, mais propriamente, lançar a confusão.
Ouve-se falar em correio da manha
E joaopimenrelpaulorodrigues aparece a comprovar os seus dotes jornalísticos
E a dizer vacuidades para ver se passa
( e até na Holanda fala, o pobrezinho, num esforço comovedor de camaleão
Ah, quando declamava aquela versalhada intragável já mostrava os seus dotes histriónicos)
Noticia infundada mas o cenário é preocupante
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