O resultado é o lento asfixiamento do serviço nacional de saúde público, universal e gratuito. Quem pode pagar passa a recorrer a cuidados privados; quem não pode recorre a um medíocre sistema assistencialista de saúde. O mercado ocupa o lugar deixado vago. E, depois, já sabemos, devido à aberrante assimetria de poder presente neste mercado, caminhamos a passos largos para um sistema ineficiente «à americana», onde elevados gastos não têm qualquer correspondência na qualidade de cobertura dos serviços de saúde. A única forma de preservar o SNS é, pois, garantindo um serviço de qualidade, de fácil acesso, em que todos, ricos e pobres, sintam confiança.
Não foi por acaso que surgiu esta onda de contestação ao ministro da saúde. As populações, sobretudo aquelas que assistem há anos a um progressivo desaparecimento de serviços públicos, não estão dispostas a perderem o bem público que mais valorizam. Esta petição, sucinta quanto baste, é uma boa forma de mostrarmos como esta é uma luta de todos nós.
2 comentários:
Parece-me esta crítica completamente injusta.
Exactamente JPC. Está em causa a racionalização em nome de um serviço público de qualidade.
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