quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Para fugir aos lugares comuns de quem vê o trabalho como mercadoria
Vale a pena ler o estudo de Eugénio Rosa sobre a situação laboral em Portugal, a partir de dados que constam do Livro Branco das Relações Laborais. Os problemas estão há muito identificados, mas nunca é de mais repetir: (1) os patrões portugueses têm baixíssimos níveis de qualificação; (2) as regras que enquadram o «mercado de trabalho português», como o Nuno Teles já aqui sublinhou, são muito pouco «rígidas», o que significa que as dinâmicas de destruição e criação de postos de trabalho são extremamente intensas; (3) uma parte significativa dos «recibos verdes» corresponde a situações de assalariamento; (4) o aumento do número de desempregados é acompanhado pela diminuição dos que estão estão a receber subsídio de desemprego, situação paradoxal que ilustra bem a sensibilidade social da esquerda sem «preconceitos ideológicos».
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