Jérôme Kerviel é o nome de que se fala em França. Este homem, funcionário de um dos maiores bancos franceses, a Société Générale, cometeu uma fraude de tal forma astronómica que obrigou já os responsáveis da instituição financeira a anunciarem um aumento de capital de 5,5 mil milhões de euros. Em comparação com Kerviel, Nick Leeson, que deixou na bancarrota o Barings Bank, é um aprendiz.
A fraude foi cometida através de actividades de cobertura de futuros sobre índices bolsistas. Perante a queda vertiginosa dos mercados, este homem de 30 anos não conseguiu disfarçar por mais tempo as perdas. A grande questão agora é perceber o que o levou a cometer esta fraude porque segundo diz o banco o seu empregado pouco ou nada ganhou com o assunto.
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2 comentários:
Este caso faz lembrar as jogadas típicas da ENRON, em que havia empregados que se "sacrificavam" (alguns na verdade aproveitavam) pela empresa para entrar na criação de fundos exteriores que serviam para mascarar as contas da empresa.
Aliás, hoje de manhã já ouvi peritos franceses a mostrarem-se bastante cépticos em relação à culpabilidade de apenas um empregado. São 5 mil milhões de euros. Quantias destas não desaparecem sem que mais ninguém saiba...
Pode ser um esquema tipo missão impossível: ele recebeu uma "cassete" que se auto-destruiu que dizia "se esta operação correr bem recebe X, se correr mal, não temos nada a ver com isso e não o conhecemos de lado nenhum".
Há outra explicação, mais simples e menos misteriosa. Ele não ganhou nada com isto, porque a operação deu para o torto. Mas se as bolsas não tivessem caído, a operação seria um sucesso (o que era obviamente a sua expectativa) e ele teria ganho, no mínimo, um bónus muito atractivo, ou talvez mesmo uma promoção.
Acho que foi Newton que falava no princípio da parcimónia: se uma explicação mais simples serve, não se procure uma mais complicada.
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