Os problemas do bem comum

Roubei o título desta posta a Martim Avillez Figueiredo, ex-director do Diário Económico e agora Director de Relações Institucionais (?) da Sonae SGPS e, pelos vistos, colunista do DE. Não há nada como a ficção dos «mercados livres e abertos», sobretudo para os outros. Para Martim, as redes sociais ou as 'relações institucionais' servem muito bem. E não há mercado, realmente existente, que as possa dispensar. E, no entanto, é gente desta que dá mau nome, muito mau nome, ao jornalismo económico. Na ausência de ética profissional, deve ser grande a tentação para converter influência política em boas posições em empresas (lição que parece também não ter escapado a Sérgio Figueiredo), com evidentes vantagens pessoais e também evidentes repercussões negativas sobre a imagem pública do jornalismo económico. Felizmente, ainda há muitos jornalistas nesta área que sabem que existem linhas que não se passam. São estes que defendem os «bens internos» à prática profissional. São inevitáveis os problemas do bem comum.