domingo, 27 de janeiro de 2008
Estímulos igualitários
Barbara Ehrenreich é uma das jornalistas mais atentas à fracturada sociedade norte-americana. Em artigo na The Nation escrutina os «estímulos» que estão agora a ser propostos. Em momentos de crise faz todo o sentido canalizar apoios públicos para os mais pobres que exibem uma maior «propensão ao consumo» capaz assim de sustentar a procura em queda. A prova de que estratégias igualitárias fazem todo o sentido económico. No entanto, a autora defende que é imperioso não ficar por aqui e enfatizar a dimensão moral das imensas necessidades humanas não satisfeitas numa sociedade capitalista tão desigual. A crise deve abrir a possibilidade para se discutir de novo o crescente divórcio entre mercados em expansão, capazes de reconhecer apenas preferências individuais suportadas por dinheiro e as necessidades não satisfeitas dos sectores mais pobres. É preciso mudar de modelo económico e repensar as linhas que separam aquilo que deve ser provisionado pela comunidade política e assegurado a cada membro e o que pode ser deixado às forças do mercado.
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