Os muitos erros cometidos na resposta à crise da zona euro têm uma causa comum: a zona euro é uma grande economia fechada. Cada um dos seus 17 membros é pequeno e aberto (...) os líderes políticos que governam a zona euro têm uma mentalidade de pequena economia aberta - todos, sem excepção.
A formulação de Wolfgang Munchau do Financial Times é uma das maneiras de expor a falácia da composição inscrita na desunião europeia, em geral, e na zona euro, em particular, que aqui também temos sublinhado de uma outra forma: o que pode parecer racional para as elites de cada país individualmente considerado, tendo em conta as estruturas económico-políticas europeias entretanto criadas, – apostar numa estratégia medíocre de redução do salário directo e indirecto, conseguida também através de novas e duradouras alterações neoliberais nas economias políticas nacionais, para assim tentar aumentar as exportações e os lucros – gera um resultado globalmente irracional à escala europeia, ou seja, um mercado interno europeu contraído por um défice permanente de procura salarial, o que acaba por diminuir o investimento e aumentar o desemprego europeu. Os interesses de longo prazo de fracções importantes do capital produtivo nem sequer são bem servidos pela derrota estrutural das classes trabalhadoras à escala europeia. Esta foi obtida graças ao bem sucedido esforço de transformação institucional liderado por uma aliança entre o capital financeiro e as fracções mais extrovertidas e apetrechadas do capital industrial concentradas no centro, as forças sociais por detrás deste euro. Os seus donos?
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2 comentários:
Quem são os seus donos? Já ouvi falar em meia dúzia de famílias muito, muito ricas.
Diogo,
Eu também já ouvi falar dessas famílias.
Essa gente controla tanto a direita como a esquerda!
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