domingo, 30 de janeiro de 2022

O declínio editorial também é a ofuscação global


1.
Francisco Pinto Balsemão tem um podcast de entrevistas chamado deixar o mundo melhor, mas aposta em figuras que o deixaram bem pior, como o estreante Durão Barroso, da Guerra do Iraque à Goldman Sachs. Isto não se inventa. É esta comunicação social em declínio editorial tão expresso, tão parcial neste período, que merece ser defendida? 

2. Seguindo uma tradição de exclusão, exceptuando os painéis partidários, comunista não entra no comentário eleitoral televisivo de hoje, mas entram fascistas capitalistas como José Miguel Júdice e outros comentadores ditos independentes, mas igualmente ligados a partidos, da esquerda à direita.

3. Nas relações internacionais, como já aqui defendi, o debate público ainda é mais enviesado do que na economia. Ainda hoje ouvi o programa semanal visão global da aparentemente mais equilibrada Antena 1 e aquilo foi literalmente equivalente ao direitista Observador, de Bruno Cardoso Reis a José Milhazes. Dada a ausência de pluralismo, ofuscação global seria um nome melhor, na realidade.

4. Só nos resta desejar que o impacto eleitoral deste declínio editorial seja mínimo, mas lá que não é nulo, não é.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Fascista capitalista" é um termo redundante pois todos os fascistas são capitalistas. E nem todos os capitalistas são fascistas, mas uma parte considerável está sempre a postos para emprenhar a cadela do fascismo.