quarta-feira, 20 de maio de 2015

Romper com o pensamento dominante


[No livro] Há uma discussão detalhada que derruba os mitos que fizeram da austeridade a única alternativa. Essa parte do texto oferece ao leitor a incursão numa nova maneira de pensar a economia, exigindo dos economistas a tomada de consciência de que o actual paradigma falhou e precisa de ser substituído.

Essa tarefa encontrará uma resistência maciça dos interesses instalados que sustentam o seu poder com a manutenção do status quo na economia, pouco lhes importando o quão desastroso ele tem sido para o cidadão comum.

Neste momento, a Europa está presa num pensamento de grupo neoliberal, destrutivo, o que representa um estado de negação em grande escala.

É necessária uma grande fuga da prisão para restaurar a prosperidade e a esperança.

(Últimas linhas da Introdução)

17 comentários:

Jose disse...

«os mitos que fizeram da austeridade a única alternativa» - primeiro sofisma.
Ou há alternativa ou impõe-se a austeridade sem que haja mitos envolvidos nisso.

As alternativas que se invocam é que se apresentam míticas, sem a menor prova de viabilidade que não envolva meter a mão no bolso de quem está para lá de fronteiras nacionais,

Jose disse...

«uma resistência maciça dos interesses instalados»
Não sendo um mito, invoca a mistica que invoca o banqueiro e o obeso capitalista e esquece o maior volume de 'instalção' em reformas conquistadas a grito e lugares na função pública criados no leilão de votos.

Jose disse...

O neoliberal é o novo anátema que a esquerda lança a quem diz negar-lhe a perenidade dos seus postulados.

Como não há nada de novo em termos de liberalismo, tudo se reduz ao terrorismo verbal da esquerda de sempre.

Jose disse...

A'fuga da prisão' é alegoria dramatizada.

O horror ao equilibrio orçamental é valor fundamental do sentimento de esquerda e aquele que entre todos mais convoca as esquerdas.

Anónimo disse...

«os mitos que fizeram da austeridade a única alternativa»

Inquestionável.

De tal forma a via de sentido único é sentida compulsivamente pelo das 22 e 26, que ele próprio se enrola num palavreado um pouco "descomposto".
"Ou há alternativa ou impóe-se a austeridade." Dirá, numa tentativa frsutrada duma lapalssada

Há alternativa. Há alternativas. A tentativa de imposição da austeridade como via única aparece em todo o esplendor mascarada agora de mitos ou não mitos para os gostos do referido sujeito.Que, embalado na sua conhecida canção, expõe em toda a crueza a justeza da afirmação dos mitos da via única austeritária."Sem a menor prova de viabilidade" gritará num esforçado esforço para manter o seu mito

Depois...depois é tão comovedor ver a solidariedade ( a cumplicidade) com o capital e com os agiotas "(d)o outro lado da fronteira. A recuperação dos investimentos da banca à custa da mão-de-obra barata , do roubo dos salários e das pensões,tudi isso a ele nada lhe diz...Apenas lhe vibra a sua corda sensível feita piegas e choramingas "os bolsos dos lá de fora".

Compreende-se assim que haja registos do referido fulano a cantar hossanas a merkel, qual seu vero mito, insultando todos os que não se prostavam ao sotaque germânico do capital tão do seu agrado

Mitos que o império tece.

De

Anónimo disse...

Mas o referido sujeito das 22 e 26 está inspirado A proximidade do acto eleitoral obriga-o a uma certa actividade frenética e retoma pelas 22 e 34.

Uma frase banal sobre a resistência dos interesses instalados leva-o para um discurso desconexo sobre a mística (?) do banqueiro e do obeso(?), manifestaçao evidente dalgum complexo sobre estes temas (associado a eventuais traumatismos passados ou actuais?)

Mais uma vez é tão comovedor ver a solidariedade ( diríamos melhor, a caridade) como este sujeito se manifesta em relação aos interesses instalados ( dos banqueiros obesos, segundo aquele seu pequeno lapsus linguae) face às reformas ( na codificaçao neoliberal de direita- extrema apenas fruto de "gritos" e não resultante duma carreira contributiva).

E é tão tocante ler o que este diz sobre os "lugares na função pública" quando os lugares de topo criados são para serem ocupados pelos boys regimentais dos partidos que jose apoia. Misturado com o verdadeiro ódio que este tem por tudo o que seja público e que não contribua de forma activa para o enriquecimento privado dos acumuladores do capital, aqui tantas vezes elogiados pelo jose

De

Anónimo disse...

Não desarma o das 22 e 26 e,após a recaída às 22 e 34, sente-se compelido a atacar pelas 22 e 50.

Parece que embrulha agora o seu raciocínio numa treta de "postulados", sinal evidente que a acusaçao da axiomática neoliberal lhe fez mossa e o obriga a este exercício ...treteiro.

Vejamos:
A narrativa neoliberal é o que é. Vazia e oca como um odre,quando se esmiuçam os seus "postulados" e quando se confrontam com dados concretos e objectivos (compreende-se asism o agastamento do sujeito).

A decadência do sistema capitalista nesta fase neoliberal, derradeiro recurso para a queda da taxa de lucro, torna-se evidente ao verificarmos que apenas se fundamenta em mitos, negados pela realidade objetiva.


Mas mais uma vez se torna comovedor observar a invocação do "nada de novo" para exconjurar a palavra "neoliberal" por ..."terrorismo verbal"

Pasmados mais uma vez ficamos pelo uso consecutivo da "pieguice" por quem usa sistematicamente tal termo,replicando as pisadas do passos e do relvas.
Mas mais importante do que isso é a constatação da atitude constrangida de jose pelo facto de não gostar do fato que veste.

Francamente.Por não haver nada de novo no racismo por exemplo, não quer dizer que não haja na mesma racistas. Ou por não se registarem (aparentementemente) questões novas no colonialismo , nao significa de todo que nao haja colonialistas. Será que estes também arrepelarão os cabelos e perante as suas actividades acanalhadas invocarão também o "terrorismo verbal" , enquanto queimam vivas umas tantas pessoas e bmbardeiam outros países para saquear o petróleo?

De

Jose disse...

Acordeu bem disposto e dei-me ao desperdício de ler a prolixa prosa da Deolinda Esquerdalha.
Sem surpresa não encontrei de alternativa um vago vertígio.
Mais um episódio de análise psico patética...

R.B. NorTør disse...

99 Pounds ainda é dose, alguma biblioteca que saibam que tem?

Anónimo disse...

"actividade frenética" diz De: LOL

Anónimo disse...

Vejamos:

"Jose" pode pensar muita coisa a respeito dele próprio e do seu papel na luta de classes.

Mas devia saber que a forma como "Acordeu"(sic) ou o seu "desperdício" ou o seu "vertigio"(sic) ou a sua "surpresa" ou a sua situação "psico-patética" não interessam para nada. O "não interessar para nada" entenda-se para este blog,que não, coitado, para s sua vida pessoal. São coisas do seu foro íntimo e não vou ter a grosseria de comentar se são pieguices ou não. E as amigas e amigos, intímos ou não, como as deolindas ou os flamengos devem ficar no capítulo reservado à sua área privada Nesse aspecto,ponto final parágrafo. Valeu?

Vamos ao que é importante para o caso vertente:
Sem o querer "jose" confirma o dito no post de Jorge Bateira. E o que eu disse a respeito das vias únicas e das alternativas.

"Jose" pelos vistos não vê alternativas. (Não vê e não quer ver, mas isso é outra questão). E apesar de disparatar com os mitos, acaba por confessar candidamente que afinal há mitos que fizeram da austeridade a única alternativa. Mitos que ele segue, estreita religiosa e enfeudadamente e que ele assume como axiomas.

Eis assim o exemplo dum exemplar vivo que confessa desta forma ,repito, desconexa, a sua defesa da via austeritária como via única.

Mas porquê esta crença numa via que os factos e os dados, a teoria e a praxis demonstram não corresponder à verdade e não passar de mitos ( como bem assinala Jorge Bateira?)

De

Anónimo disse...

"Stiglitz considera que se passou da coesão social para a guerra de classes. (p. 6) A austeridade foi o modelo encontrado para conformar as sociedades aos "mercados", ou seja, aos interesses de quem os controla: os monopólios, as grandes transnacionais, o imperialismo.

Para Stiglitz, a austeridade leva ao desastre social e compromete o futuro, na medida em que muitas famílias têm pouca ou nenhuma riqueza e o governo fornece apenas uma limitada oportunidade educacional, determinante para o futuro dos seus filhos. (p. 94)

O sector privado está totalmente envolvido em corrupção. A agenda de privatizações e liberalização tem sido corrompida em si mesma gerando rendas elevadas, usadas para exercer influência política. Por exemplo, com Obama foram combatidas tentativas de se responsabilizar as instituições financeiras pelas suas atividades. Em Massachusetts, quando o procurador-geral do Estado entrou com uma ação contra alguns bancos, um banco controlado pelo governo federal ameaçou cessar suas atividade nesse Estado. (p.160)

Em vez do governo moderar os excessos das forças de mercado, trabalha conjuntamente para aumentar as disparidades de rendimento. (p. 50) Nos EUA um estudo mostrou que, em média, os serviços privatizados cobram ao governo mais do dobro do que seria pago a trabalhadores de serviço público para a efetuarem serviços comparáveis. (p. 143). Esta captação de rendas permite às grandes empresas obter vantagens sobre o resto da sociedade. (p. 46).

A austeridade é de facto um vírus social: o vírus capitalista que destrói as economias. Os credores privados ditam as condições aos governos, fazem pressão para pôr em prática políticas brutais de ajustamento que conduzem as economias a uma situação de permanente recessão.

Stiglitz não é um revolucionário, nem defende o socialismo. Contudo, as suas propostas na situação atual, tão reacionária ela é, têm um cunho revolucionário. No entanto, talvez Stiglitz tenha disso consciência ao defender ações coletivas dos trabalhadores e dos cidadãos, sindicatos fortes e um estado interventivo contra os mais poderosos".


Dum artigo de Vaz de Carvalho.citando também J. Stiglitz, The price of inequality, p. 7, Ed. W. W. NORTON & COMPANY, 2013. Existe também edição portuguesa da Ed. Bertrand. Os números de página entre parêntesis são os da edição em língua inglesa e referem-se a conteúdos ou ideias expressas por Stiglitz

Daqui:
http://resistir.info/v_carvalho/custo_da_desigualdade.html

De

Anónimo disse...

"A austeridade foi a forma de colocar os povos a pagar as consequências de um sistema em crise, com a arrogância antidemocrática de que não há alternativa ao aumento das desigualdades e da pobreza, à entrega da riqueza criada à especulação financeira, aos monopólios, às privatizações, etc. Uma moral que se limita a “espoliar a classe trabalhadora e dar alguma coisa aos pobres” (Jane Rockfeller)"


Compreende-se assim todo o esforço esforçado de jose na defesa da via única austeritária. Ele está afinal do lado em que está. Como mais uma vez se comprova, ou são eles e os caminhos da barbárie que defendem, ou somos todos nós.

De

Anónimo disse...

Sim, disse actividade frenética.

Porque interessa reportar , para o esclarecimento e sossego do das 16 e 48, que a actividade do sr jose é dirigida a um comentário único de Jorge Bateira que mereceram 4 (quatro) comentários deste, enquanto que a minha actividade se pautou por três comentários à data em que o anónimo a classificou como frenética,. Dirigidos aos 4 (quatro) comentários do sr jose.E não nos devemos ater a frases simples e únicas como era aconselhado pelos postulados do ministro alemão de informação

Como é necessário desmistificar e esclarecer o slogan que parece imperar nalguns círculos austeritários ( à guiza de modelo discursivo, a imitar o debitado pelos órgãos de informação fidelizados) acrescentei mais uns comentários para contrariar a tendência nos círculos governamento/neoliberias do que o que não se vê, não existe.

Nuno Serra posta aí, a propósito do modelo de propaganda seguido pela governança, um texto de Tomás Vasques veramente exemplar

De

Anónimo disse...

"Sim, disse actividade frenética."

Caro De: já alguma vez deixou de comentar um só post que seja do Ladrões de Bicicletas? Já contabilizou o seu nº médio diário de comentários neste blog?

Anónimo disse...

-Alguma vez deixou de comentar um só post que seja do Ladrões de Bicicletas

Muitas.

-Se respondo a muitas?

Sim.Mas sobretudo a alguns,anónimo incluiído

-Se respondo sobretudo a barbaridades?

Sim

-Se incomodo alguns?

Alguns.


E?

Passemso a coisas substantivas

De

Anónimo disse...

O Jose é um "vôvô" reformado que anda por tudo o que é comunidade/meio virtual a apregoar a sua cartilh fascista. É um desocupado com ódio a abriladas e a quem trabalha mas não é por feitio. Tem lá um manual de procedimentos que lhe foi passado pelas hostes. Noutros sítios responde por "jorge" e junto ao patrão responde por boby
Reparem, por exemplo, que nunca se ouve do boby uma palavra contra a corrupção. Mas ele é o primeiro a vociferar contra os direitos de quem tem uma carreira contributiva. Reparem, por exemplo, que o Jose chama "meter a mão no bolso" a quem nos empresta dinheiro a juros usurários. Pobre Jose, é tão paupérrimo que nas sua cogitações que se esqueceu duma coisa básica...se o capitalista tem, eventualmente, direito a uma maior parte do quinhão um dos motivos prende-se seguramente com o facto de ser também um maior tomador de riscos. Ora, Jose passa uma tábua rasa pelo facto do binómio rendibilidade/risco ter sido completamente alienado por forças estranhas à física, à matemática, à estatística às finanças e à economia. Porque será Jose...seguramente por mérito CLARO!!!