domingo, 17 de maio de 2015

Países "ricos" e "desenvolvidos" na revista "The Economist"

Ele há coisas que apenas um dirigente de um país que não é "rico" ou "desenvolvido" faz. E uma delas é precisamente achar que o dito país é "rico" ou "desenvolvido".

Décadas atrás, estava Aníbal Cavaco Silva nas funções em que está hoje Pedro Passos Coelho, o governo português protestou junto da revista britânica "The Economist". Tudo porque nas suas páginas finais, dedicadas a estatísticas do Mundo, Portugal aparecia nos países "em desenvolvimento", como Turquia, Vietname, e coisas assim. E Portugal, lá está, já era um país "desenvolvido".

Cavaco Silva, do alto dos seus galões de primeiro-ministro de um país "desenvolvido", encheu-se de brios e escreveu - ou mandou escrever - uma daquelas cartas que começa por "dear sir", a que se seguem todos os insultos possíveis, escritos no mais "polite" estilo, de quem lá estudou.

A direcção da revista acusou o toque e resolveu a questão. Tirou Portugal da lista dos países "em desenvolvimento", mas também dos países "desenvolvidos" e dos países "pobres". Desapareceu do mapa.

Até hoje.

6 comentários:

Anónimo disse...

Magnífico

De

Anónimo disse...

Num País em que a própria constituição define como meta a atingir "um estado socialista" devemos comparar-nos com Cuba, Venezuela, Coreia de Norte, China etc".
E nesse campeonato estamos melhor, logo em relação a esses somos ricos.

cumps

Rui Silva

Jose disse...

Um país com independência do judicial, com a máquina fiscal que existe em Portugal, com um trânsito ordenado e mais uns tantos detalhes, pode bem ser um pobre pais de idiotas, mas seguramente compara com países desenvolvidos.

Dias disse...

Hilariante!

"Cidadões, uni-vos"

Anónimo disse...

De qq modo, essa apreciação dos The Economist tinha mais de xenofobia ou leitura decadentista e provinciana dos Pulidos Valentes e das Fátimas Bonifácios desta vida que de um olhar sobre a realidade.

Portugal tem problemas que não são exactamente os dos dito mundo emergente.

Anónimo disse...

Ah

A Constituição mais uma vez a ser chamada ao debate, mostrando o rancor por parte do sr silva,.

Mas o rancor é mau conselheiro e a ignorância mostra coisas que deviam envergonhar qualquer um.

Primeiro, vamos a ver se o sr silva entende.Portugal é um país capitalista ,governado há muito pela direita e extrema-direita e em que o PS colabora activamente na política neoliberal em cumprimento. Tem como presidente outro sr silva, paradigma de muitas coisas que aqui não cabem agora por uma questão de boa educação.Este sr silva é de resto o que está há mais tempo em funções na governança nacional e cada vez que ouve a palavra "socialismo" tem um chelique. Daí que associar Portugal a um país socialista só mesmo de...

Segundo, dizer que a China é mais pobre que Portugal permite reunir, neste caso concreto, os dois srs silva no mesmo clube.

Terceiro.Os resultados da governança da direita e da direita-extrema estão aí patentes.Nada mais restará do que este rasgar de vestes e a chamada à colação do trânsito ordenado (!), da independência do judicial, e da máquina fiscal .

Eis como é agora apreciado o desenvolvimento de um pais ( não sabemos se de idiotas ou se pelos ditos).Entretanto há um pormenor picaresco. É que quem fala na independência do judicial é o primeiro a insultar o Tribunal Constitucional e a espalhar o seu ódio pelas medidas deste.

Malhas que o império tece,claro

De