quinta-feira, 28 de maio de 2015

Hoje: Solidários com a Grécia


«Na realidade, por paradoxal que tal possa parecer, a originalidade da esquerda que governa a Grécia tem estado, em primeiro lugar, na sua sábia capacidade para colocar à cabeça a vida das pessoas, procurando afastar as ameaças mais negras que pairam sobre o seu horizonte e promovendo um grande esforço para conter o processo de degradação da vida material e de recuo das condições de exercício da soberania nacional. (...) Ela não está no lançamento de políticas que suscitem desnecessárias fraturas sociais, na apresentação de promessas belas mas irrealizáveis no imediato, de propostas mais vincadamente ideológicas que não sejam prioritárias e possam causar injustificado alarme entre muitos cidadãos, de decisões que rompam os laços com uma política comum europeia que deve ser redimensionada mas não reduzida a pó.»

Rui Bebiano, A sobrevivência de uma nação

É como diz o José Gusmão, a propósito deste texto do Rui Bebiano: «pensar a solidariedade com a Grécia é também pensar os caminhos comuns que se podem construir na esquerda cá. Temos muito aprender com o Syriza». É isso que também está, de alguma forma, em causa no encontro que hoje se realiza na Associação José Afonso (Rua de São Bento, 170, em Lisboa), a partir das 18h00. Uma iniciativa de várias organizações para pensar colectivamente em formas de apoio e solidariedade com o povo grego.

8 comentários:

Anónimo disse...

quem se diz de esquerda(ou defensores do protelariado)por cá está sempre mais interessado nos seus interesses e ideologias gastas.----------Jorge

António Pedro Pereira disse...

Eis o José(zito) a aproximar-se da sua identidade pessoal: Jorge, o conhecido JGMenos da blogosfera, antigo emigrante em França e simpatizante da Front National.
Descuidou-se.
Porque da identidade ideológica nunca se afastou: sempre firme como uma rocha.
O caminho é para a frente, contra ventos e marés, desde que se tire e se ataquem sempre os mesmos, os da ralé, os da mó de baixo, deixam-se os de cima, das pensões e ordenados imorais, em paz e sossego.
Que seja essa a estratégia dos tubarões da economia financeira, ainda se compreende.
Mas que seja parte da ralé a defende isso, não lembraria ao Diabo.
Mas lembra ao José(zito), perdão ao Jorg(ito).
Pobre de espírito.

Jose disse...

Ó manelzinho da silva, não te excites. Só agora aqui cheguei.

O Syriza já fez o seu caminho de depauperação da Grécia a um tal nível que ninguém sabe avaliar onde está e até onde vai.
O único sucesso que alcançou foi na luta contra o capitalismo - conseguiu que o capital queira nada com a Grécia. Chapeau!

Anónimo disse...

Mais uma vez a mistificação e aldrabice não podem passar.

Não se trata aqui da defesa do Syriza, mas tão só da reposição da verdade dos factos. O caminho de depauperação da Grécia fez-se pelas mãos da governança, de direita e ao serviço da direita, em que até o patrão do famigerado António Borges participou activamente no processo (diretor administrativo e assessor internacional da Goldman Sachs).Portanto há um registo histérico e abandalhado, incorrecto e mentiroso, propagandista e extremista do " tal nível de depauperação da Grécia pela mão do Syriza"

O que se está a passar passa provavelmente pelo Syriza ter sido demasiado ingénuo e ter acreditado não só na Europa, como nas virtudes do Capitalismo.

A ruptura é necessária e imprescindível e os que andam com o "chapeau" na boca querem tão só que andemos todos de chapéu na mão a pedir esmola na forma de mão-de-obra barata, ou na forma de esmola real ao serviço das piolhices da caridadezinha institucionalizada das jonets de serviço.

Mas o ódio permanece a quem faz frente à troikaa , aos troikistas e ao directório da UE.

Ou não fosse o próprio "jose" a ter dito esta frase,inqualificável, face aos que "ousam dizer não":

"Às bestas serve-se a força bruta se forem insensíveis a outros meios"

Tudo (ou quase tudo) dito

De

Jose disse...

"Às bestas serve-se a força bruta se forem insensíveis a outros meios"

Tiro-te do teu canto da calúnia DE para subscrever a autoria da frase e reafirmar o princípio.

Fico perplexo que coisa tão óbvia tão repetidamente te indigne. És por acaso besta que se sinta ameaçada?

Paulo Marques disse...

O que se passa na Grécia é que o BCE e a UE continuam a abusar do poder e a não cumprir os seus mandatos para defender uma política económica tosca que já não tem base em qualquer teoria que tenha sobrevivido à realidade.
Entre o fim da UE e esta UE, o fim já está muito atrasado para os cidadãos europeus.

Anónimo disse...

Hum..como é costume tenta-se jogar com a memória ou a falta dela. Esclareçamos pois.

A frase "Às bestas serve-se a força bruta se forem insensíveis a outros meios" foi utilizada pelo jose neste post de Castro Caldas, "se te mexes morres"
ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2014/12/se-te-mexes-morres.html?m=1

O texto de Castro Caldas está aí em toda a sua pujança e terminava assim:
"Se te mexes morres. Da Grécia a Portugal a direita europeia está reduzida à razão da força bruta: se queres fazer pela vida tiramos-te o euro debaixo dos pés. Quanto tempo poderá uma união sobreviver à custa de força bruta?"

Tal post mereceu do jose o comentário referido aí em cima.( "Às bestas serve-se a força bruta se forem insensíveis a outros meios") O que motivou uma pergunta pertinente do próprio autor do texto (Castro Caldas):
"Será este José porta-voz de alguém ou de alguma coisa ou simplesmente aquilo que mostra ser por conta própria?"

Jose subscreve o que diz sobre "as bestas" e sobre a força bruta a usar. Subscreve no contexto denunciado. Ameaçador. Deixa a sua marca relembrando-nos outras cenas tenebrosas e abjectas.

Não é preciso dizer mais nada ( por enquanto). Provavelmente o objectivo de jose é afastar a denúncia do que se passa na Grécia . Mas o tom ameaçador revela mais do quadro e da forma de agir. Revela uma coisa feia

Feia. E muito. A Grécia seguirá em frente e mais tarde ou mais cedo cobrará as ameaças e os roubos e os assassínios e os crimes e as vidas que o neoliberalismo provocou e ceifou.Quem acha que pela ameaça consegue alguma coisa é útil lembrar que a Pide também fazia o mesmo e que depois foi o que se viu, com o mijo a escorrer-lhes pelas pernas abaixo em Abril de 74.Mas enquanto a porcaria lhes tomava conta do ventre e da cobardia, foram tratados duma forma humana pelos revolucionários.

Podem crer que o mesmo não se passará com todos nós se os anteriores verdugos voltarem ao poder.

A frase deste "jose" é sinistramente reveladora

De

Anónimo disse...

( quanto à familiaridade que o jose ou o JgMenos usa...apenas um barómetro da sua profunda irritação? Um processo de mostrar que o que aprendeu em casa lhe está entranhado ? Um meio para seguir para outros lados que não os tratados no post ? Um reagir destrambelhado tão ameaçador como piegas de quem sente o seu mundo ameaçado? Nem vale a pena especular muito porque não é a primeira vez que cede a comportamentos aditivos deste e doutros tipos.

E nestas condições saem-lhe da boca as perolas retratadas.

Mas voltemos à Grécia e ao cerco que as verdadeiras bestas lhe estão a fazer.

De