quarta-feira, 27 de maio de 2015

Quando o Memorando era igual a crescimento económico

No mês do quarto aniversário da assinatura do Memorando de Entendimento com a troika, nada como ouvir as declarações de Pedro Passos Coelho no dia a seguir a esse dia. Ouçam com atenção todo este troço da entrevista que deu à RTP em que se defendia que o Memorando previa medidas que iriam pôr Portugal a crescer.


Minuto 10: "O PEC 4 não deixava margem para o crescimento da economia. Não resolve nenhum problema em Portugal (...) Tudo aquilo que neste Memorando funciona a favor do crescimento da economia, incluindo a racionalização do Estado, transferência da austeridade dos cidadãos para a despesa pública e para o próprio Estado, a começar nas Fundações, nos institutos, na administração paralela, isso que nós denunciámos na altura e que o Governo [Sócrates] não quis atender, isso está no Memorando de Entendimento, mas não estava no PEC4".

A mesma confiança de hoje, a mesma segurança a falar sobre uma realidade que lhe passou ao lado. Para ouvir a entrevista completa, procurar aqui

5 comentários:

Jose disse...

No próximo resgate o memorando vai a visto prévio do TC.
Mais uns tantos governos abrilescos e atingiremos o resgate perfeito!

Anónimo disse...

Perante o expôr a nu a hipocrisia e a canalhice dum sabujo que disse o que disse e diz o que não disse, o das 16 e 44 cala-se, vai de volta, cumpre com o seu silêncio a comovedora (quiçá piegas) cumplicidade com passos coelho e manifesta a consideração que tem pelo direito constitucional e pelo estado que deveria ser de direito.

Esta também é a verdadeira face da direita extrema que temos. Antes agarrada às missas e às declamações hipócritas dos "lusíadas", habituada ao beija-mão dos figurões do regime, salpicada pelo nacional-cançonetismo, pelos touros e pelo marialvismo serôdio, obtusa guardiã dum capitalismo monopolista de estado vampiresco e abjecto , aparece agora transmudada em senhora fina, a falar em alemão e a pregar a submissão aos agiotas e aos credores.Tudo a bem do Capital, tanto no antigamente como no presente.

(Percebe-se também o ódio a Abril. Só alguém muito extremista política e ideologicamente pode ousar dizer que qualquer dos últimos governos do país é "abrilesco". Assim se manipula de forma algo miserável.Mas todavia com uma utilidade.É que se torna patente que não há limites para esta "malta" e que se os deixarmos vamos todos parar aos locais tão do agrado dos alemães do século passado).

De

Anónimo disse...

A nao aprovaçao do PEC IV, levou ao resgate, porque Portugal nao conseguia financiar-se nos mercados.
O governo de Passos nao tinha, na altura, noçao das consequencias do resgate.
E hoje diz que salvou o pais.

Anónimo disse...

Não tinha consciência?

Claro que tinha

Para justificar o descalabro o governo propala que em 2011 não havia dinheiro para pagar salários e pensões. "O dinheiro que não havia era para amortização da dívida no imediato. O dinheiro da troika permitiu, a bancos europeus, libertarem-se dessa dívida. Foi resgatada a banca portuguesa, que tinha perdido o acesso aos mercados internacionais e tinha entrado numa situação de falta de liquidez. Quem não foi resgatado foi o conjunto dos cidadãos contribuintes portugueses e o conjunto de cidadãos contribuintes europeus." (Castro Caldas)

De

Anónimo disse...

tratou-se de salvar a banca alemã e francesa
e de permeio instalar uma nova normalidade de desigualdade na distribuição do rendimento
Passos agiu apenas quando achou que era chegada a altura de "ir ao pote"
quanto ao resto sempre foi um ser inferior, mentiroso compulsivoe sempre agarrado à cartilha de algum "pai". O primeiro "pai" foi ângelo correia, depois relvas, depois gaspar...de momento já se acha um heroi plenamente formado
Quanto ao Jose, continua a ladrar contra as "abriladas"
coitado...com tanto ódio só lhe podem ter ido ao "pote" no tempo da revolução