1. No triste museu do vidro da Marinha Grande só falam praticamente os patrões, alardeando “responsabilidade social” e tudo. Temos de sair dali, para rotunda do vidreiro, para ver a memória da heróica resistência operária, a do 18 de janeiro de 1934.
2. O Pinhal de Leiria continua uma lástima, oito anos depois dos incêndios. Boa altura para recordar que neste património público multisecular trabalhavam quase 250 pessoas no final dos anos 1970 e que, em 2017, ali trabalhavam 12. Hoje não sei, mas sei que a austeridade liberal com décadas destrói este velho Estado. Quando passo pelo Pinhal, lembro-me dos CTT.
3. Nunca fui muito dado a campismo, mas sei, graças ao saudoso G. A. Cohen, que os princípios distributivos que aí vigoram são os do socialismo e que o parque de campismo de São Pedro de Moel é muito bom. Enfim, tive a oportunidade de fazer caravanismo pela primeira vez.
4. Estamos no melhor dia do ano, vem aí o querido mês de agosto. Continuaremos a falar de política, de economia política e de política económica, sempre com coordenadas histórico-geográficas, com memória e raiz, mas talvez com mais sol e esperança e Douro.
4 comentários:
nos anos 70 ainda se recolhia resina e pinhas com valor económico, o pinhal excepto para cortes de madeira deixou de ter valor pelo que são deixados ao abandono, assim como as azinheiras
A propósito deste post: para ver, perto da Marinha Grande alguma informação - e arte - sobre trabalho vidreiro: https://leiriagenda.cm-leiria.pt/pt/agenda/artistas-na-fabrica--exposicao.
Perto da Marinha Grande, em Leiria, pode ver-se, temporariamente, alguma informação histórica sobre trabalho vidreiro - e muita arte neo-realista, criada no contexto de ativa resistência antifascista dos anos finais da II Guerra: https://leiriagenda.cm-leiria.pt/pt/agenda/artistas-na-fabrica--exposicao
(E M Marques)
Muito obrigado pela sugestão. Haja memória.
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