Os fascistas do Vox nunca conseguiram penetrar na Galiza. Através de Maurício Castro, fiquei a saber que os próprios reconhecem que a “Galiza não é fácil por causa do nacionalismo”. Há um Bloco Nacionalista Galego.
A conclusão, em que também temos insistido desde há anos a esta parte, impõe-se: “A consciência nacional e de classe, melhor antídoto contra o fascismo”, afirma Castro neste contexto.
No livro que será lançado na Festa do Avante! reafirmo esta hipótese política. Infelizmente, no campo intelectual dito progressista, esta posição é absolutamente minoritária em Portugal, ao contrário do que acontece na Galiza. Valoriza-se mais o que não se tem. Nós também não temos na prática muito do que ainda hoje julgamos ter.
Enfim, por cá é mais europeísmo, com toda a tralha cada vez mais inaceitável: tibieza perante o genocídio, aceitação “pragmática” da corrida armamentista, novo pretexto para escavacar ainda mais o Estado social, adaptação à viragem para a direita, sobredeterminada pela integração neoliberal indissociável da UE e do seu euro, com o intuito de manter posições mediáticas, unidade performativa sem substância nacional, de classe, programática, etc.
Há muita distinção e clarificação a fazer para um programa democrático e logo anti-imperialista, de recorte keynesiano e desenvolvimentista na economia, com mínimos de decência social.
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