sexta-feira, 25 de julho de 2025
Nós não temos que ser isto e somos melhores que isto
«Singh trabalha há dois anos e meio na mesma empresa portuguesa, tem contrato desde o início, ele e o patrão pagam mensalmente as contribuições à Segurança Social. Num processo kafkiano que mais parece ficção e que só pode envergonhar-nos, está desde sexta-feira privado de liberdade num “centro de instalação” gerido pela PSP no Porto. Terá passado a ser crime ser trabalhador estrangeiro? É mesmo isto que queremos ser como país?»
José Soeiro, Testemunho sobre a vergonha que sinto
É de leitura imprescindível, e na íntegra, o recente artigo de José Soeiro, que em boa hora o Expresso disponibilizou a não assinantes. Trata do caso de um trabalhador imigrante detido num centro de instalação, em consequência do atraso, por responsabilidade do Estado, no seu processo de regularização. A relação deste cidadão com diferentes entidades públicas, que não será de certeza caso único, assume contornos absolutamente indignos e ineceitáveis, refletindo o «ambiente de criminalização política dos trabalhadores imigrantes» que está a ser criado, ao arrepio da proclamação e do compromisso do governo com o «humanismo» nas políticas de acolhimento e integração.
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