segunda-feira, 21 de julho de 2025
Uma turma de crianças mortas todos os dias
«Nos últimos 21 meses de guerra, mais de 17 mil crianças foram mortas e 33 mil ficaram feridas em Gaza. Uma média de 28 crianças foram mortas por dia, o equivalente a uma sala de aula inteira. Pensem nisto por um momento... uma sala de aula inteira de crianças mortas todos os dias durante quase dois anos. Estas crianças não são combatentes - estão a ser mortas e mutiladas enquanto fazem fila para receber alimentos e medicamentos que lhes salvam a vida».
Catherine Russell, Diretora Executiva da UNICEF
Custa muito a perceber, e mais ainda a aceitar, que meses a fio a União Europeia permaneça muda e queda - na sua insuportável complacência e duplicidade de critérios - perante o horror e a carnificina do genocídio, que escalam para níveis de barbárie cada vez mais intoleráveis. Para que se tenha uma ideia, as cerca de 17 mil crianças mortas em Gaza desde 7 de outubro de 2023 equivalem ao total de crianças a frequentar os jardins de infância em Lisboa Lisboa.
Quantos pacotes de sanções não teriam sido já aprovados, fosse outro o país, que não Israel? Com as raras exceções, não percebem os líderes europeus - a começar pelos mais altos responsáveis das instituições europeias - que este fechar de olhos, cruel e irresponsável, ao atropelo dos mais elementares princípios do direito internacional e do direito humanitário, abre um precedente da maior gravidade, que consolida o retrocesso civilizacional em curso? Como podem ter o despudor de, nos discursos, continuar a invocar os alegados «valores europeus»?
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