O sábio fez na terça-feira, no Público, na sua usual coluna um artigo sobre as “leis de bronze” do sistema partidário português que tem tanto de ciência quanto pode ter uma generalização (“lei”) baseada num único caso (Portugal, ainda que multiplicado por 12 eleições, mas muitas deles sem necessidade de acordos: 12 – 3 (maiorias absolutas) = 9), ainda que com 9 ocorrências.
Quanto à sapiência, penso que estamos conversados…
Mais recentemente, terá afirmado o sábio/spin doctor, segundo uma notícia do Público:
“Quem não é por nós está contra nós! Esta é uma interpretação Vital das declarações do rosto da última derrota do Partido Sócrates. Segundo o Público, "o constitucionalista" disse à Rádio Clube «que o PS não deve ceder à oposição e que se tiver dificuldades em aprovar os orçamentos e em conseguir “maiorias de geometria variável” é preferível clarificar a situação com novas eleições para perceber “se deve governar quem ganhou as eleições ou se devem governar as oposições coligadas”». Portanto, para evitar novas eleições, segue-se já a orientação do "constitucionalista": quem deseja uma coligação entre o Partido de Sócrates e "as esquerdas", só tem de votar PSD. Se este ganhar as eleições, governam as oposições coligadas.”
Mas as afirmações deste ilustre sábio não são apenas de sapiência duvidosa, são também de muitíssimo duvidosa eficácia enquanto conselheiro político: recorde-se que, com ele como cabeça de lista, o PS teve a maior de derrota de sempre em europeias (a segunda maior em termos relativos) e, em larga medida, por causa dos seus conselhos políticos.
A sua responsabilidade na derrota, que antevi muito antes das europeias, expliquei-a aqui, aqui e aqui.
Será uma deriva suicidária?
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