Sobre a contestação social, Sócrates respondeu que não cedeu a interesses particulares: teve de “impor o interesse geral”. Não lhe ocorreu que numa sociedade plural há vários interesses em jogo, os quais são um pilar fundamental numa democracia e que o interesse geral resulta da articulação de vários interesses sectoriais, que os governos devem promover.
Foi aqui que Leite esteve melhor: referindo-se à “asfixia democrática” (“na perseguição aos sindicatos”, etc.) e à educação. Disse que as marcas fortes do PS não são as medidas positivas, é o ataque aos professores, a incapacidade de negociar e “a ideia de que as reformas se fazem contra os funcionários”. Mas foi incapaz de explorar todas as fragilidades: esqueceu o facilitismo com os alunos.
De resto, Sócrates passou a entrevista ao ataque (na segurança social, na saúde, nas scut, etc.): até parecia que era a governação do PSD que estava em julgamento. Assim será difícil capitalizar com a dinâmica das europeias…
Publicado originalmente no Público de 13/09/2009.
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2 comentários:
aré que enfim que leio que governo democrático deve ter por base a negociação. mas suponho que negociar dá montes de trabalho e requer aprendizagem e os nossos deputados só são pagos para fazer figura na tv.
sinceramente não estou a ver como chegar a um objectivo em que todos ganhem a virar constantemente à esquerda e à direita , agora eu , depois tu , agora eu outra vez , depois... . assim nunca mais chegamos a uma situação minimamente satisfatória para todos.
deixem lá de pensar que a dona manuela é uma daquelas queridas muito inábeis que ela não é nada disso.
http://apombalivre.blogspot.com/2009/09/deixem-la-de-pensar-que-dona-manuela-e.html
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