Carlos Santos tem sido um defensor do investimento público para combater a estagnação e a crise. Convergimos e continuaremos a convergir nisso. No entanto, recentemente Carlos Santos tornou-se um activo intelectual do simplex. A bota não bate com a perdigota. Os números do investimento público estilhaçam todas as invenções socráticas. Tem a palavra Eugénio Rosa: «Nos últimos quatro anos o investimento público em Portugal diminuiu em 32,3%». Um estudo a não perder.
Carlos Santos tem vindo a criticar a esquerda socialista por não ser keynesiana no seu programa. Aqui Carlos Santos segue o método de leitura às mijinhas descrito por Zé Neves. É que proposta a proposta - da promoção da reabilitação urbana à expansão do Estado Social, passando pela utilização da CGD para a promoção de uma política de crédito decente - se faz a lógica do que se pode designar por keynesianismo de esquerda promotor do emprego e do desenvolvimento das capacidades humanas. Acho que isto está na linha das preocupações deste manifesto. É claro que não estamos sós. Jorge Bateira já aqui destacou algumas interdependências fundamentais. No entanto, a arquitectura do governo económico europeu que temos criticado permanece intacta no Tratado de Lisboa. O PS socrático aplaude. Entretanto, a complacência do governo e da UE tem um número: 650 000 desempregados em Portugal no ano de 2012 (previsão da OCDE). Quem é que pode dizer porreiro pá?
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1 comentário:
Em tempos havia reis , que curtiam reinar sobre grandes territórios , e uns papalvos que os achavam mensageiros dos deuses , morriam por eles e vai deu em estado nação , um anacronismo que dificulta bastante a vida aos quase todos descrentes na linhagem deífica dos donos do estado.
~Evidente que são as pequenas comunidades lideradas por aqueles que conheçem ( muito importante este dado , dado eu não fazer a minima de quem são os senhores candidatos a deputados que aparecem nas listas , na volta uns cromos ) e aos quais reconhecem autoridade para os guiar - guiar , não mandar- que sabem onde investir e do que precisam. Urgente , para sair deste pantano do guterres e de todos os que lhe sucedam , a volta à organização natural das sociedades. o poder local é o único natural e sem depender de nenhum central egomaníaco.
Tem toda a lógica um governo mundial , que dê as directrizes a nível de leis protectoras dos direitos humanos e depois cada clã , cada tribo , que decida o que é melhor para si , tendo em conta os recursos disponiveis e as necessidades a satisfazer.
Não podeis brilhar à grande se a sociedade for pequena , economistas ? adaptai-vos. Seguramente sereis muito mais felizes.
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