quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Agora somos todos keynesianos?

Martin Wolf escreve hoje no Financial Times (via Boina Frígia): “No entanto, no actual contexto, a política monetária será insuficiente. Esta é uma situação keynesiana que necessita remédios keynesianos. Os défices orçamentais atingirão níveis antes considerados inimagináveis. Assim seja.”

8 comentários:

Anónimo disse...

NAO PERCA, SABADO, DIA 15 NOVEMBRO

G20 em:

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A MORTE DO NEOLIBERALISMO
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Com GW Bush X nicolas Sarkozy



António

Pedro Sá disse...

Assim seja ??? Passou-se ? O défice deveria ser ZERO, caso contrário estamos a endividar-nos !!!

Diogo disse...

Jon Stewart dirige-se a Paulson e a Bernanke: querem que vos demos quase um bilião de dólares para o entregarem a bancos falidos?

O secretário do Tesouro, , e o presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, foram ao Congresso americano pedir um empréstimo de 700 mil milhões de dólares. Jon Stewart, do Daily Show, faz o papel de avaliador de empréstimos, aproveitando as declarações dos distintos financistas:


Stewart: Com os mercados financeiro a transformar os gestores de fundos em criados de mesa, o casal mais poderoso da América, composto pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, foram esta semana ao Congresso de mão estendida, para aquele que foi com certeza, o pedido de empréstimo mais embaraçoso de sempre.

Então, meus senhores, Paulson, Bernanke, é um prazer vê-los aqui… novamente.

Paulson: Quero dizer-lhe que esta não é uma posição na qual eu queria estar. Eu não queria estar nesta posição…

Stewart: Descontraia-se, meu caro… sendo avaliador de empréstimos ouço isto todos os dias. Agora passemos a algumas formalidades. Como foi a sua carreira profissional?

Paulson: Fui director executivo da Goldman Sachs desde… Janei… Desde Maio de 1999 até sair, para vir para cá, em meados de 2006.

Bernanke: Nunca trabalhei em Wall Street, não tenho esses interesses nem essas ligações.

Stewart: Não estejam nervosos rapazes. Ambos são brancos, ambos são ricos, logo é claro que isto não é um daqueles empréstimos “sub-prime” com que nós tivemos de lidar. Muito bem, chega de conversa fiada, passemos aos números. Quanto é que estão a pedir?

Paulson: 700 mil milhões de dólares.

Stewart: 700 mil milhões? É que, segundo os meus registos, já cá esteve quatro vezes este ano, a pedir 25 mil milhões para a indústria automóvel, 85 mil milhões para uma companhia de seguros, 200 mil milhões para umas tais de Fannie e Freddie não-sei-quantas…

Paulson: É preciso mais.

Stewart: Pois, bem… Só de aceitares um cheque, ó careca. Aliás, um cheque careca. Um cheque sem cabelo… Digo cobertura… Só mais uma perguntas, minha gente, para quem é que vai esse dinheiro? Para o povo, calculo?

Paulson: Uma vasta gama de instituições… Bancos grandes, bancos pequenos, de depósitos e empréstimos, cooperativas de crédito…

Stewart: Porque é que não disse logo? Eles são de confiança, vão devolver-nos o dinheiro, certo? Barbudo (Bernanke), tens estado para aí calado.

Bernanke: Vai ser recuperada uma percentagem substancial, mas se será o total é difícil saber.

Stewart: É difícil saber… Interessante. Normalmente exijo uma resposta melhor, mas tendo em conta que foram vocês que nos meteram nesta crise, não terei o mesmo grau de exigência. Vamos ver se percebi bem: querem que vos demos quase um bilião de dólares para vocês os entregarem a bancos falidos, geridos por tipos que usam notas para acender os charutos e o melhor que me conseguem dizer é que talvez nos devolvam algum do nosso dinheiro?

Bernanke: Os contribuintes americanos verão o seu dinheiro bem empregue. Não consigo prever o futuro e já me enganei diversas vezes.

Stewart: Sabem que mais? Que se f… levem lá o dinheiro. Mais um empréstimo perdido? Tanto faz.


Vídeo legendado em português - 3:35m

Anónimo disse...

«O défice deveria ser ZERO, caso contrário estamos a endividar-nos !!!»

Não é assim tão linear.

Esta é uma crise extraordinaria(pela negativa) que carece de medidas extraordinarias (pela positiva).

Mesmo folgando no déficit, ainda assim (no meu entender) não será o suficiente. Sabemos agora que a crise nem a meio e já existem nações a caminhar para o desastre.

- Paquistão
- Argentina
- Islandia

Tambem já se "fazem apostas" sobre qual vai ser a primeira construtora automovel a "tombar"

- Ford
- Chrysler
- Opel

Aceitam-se apostas


António

Anónimo disse...

Eu aposto na Chrysler e na Opel. A Ford vai começar a fazer batedeiras e tosteiras para os ricos em vez de carros.

Anónimo disse...

Correcção: não caminham, já estão no desastre.
Aposto na Chrysler e na Ford.

Filipe Melo Sousa disse...

Uma vez engrenada a lógica keynesiana, os keynesianos chamam a si cada vez mais e mais poderes regulatórios para poder remediar os disparates que fazem. Injectem mais liquidez, dizem eles! No longo prazo não se ralem.. pois isto é uma sociedade piramidal sem sim.

Puseram-nos a jogar ao jogo da roda, e não podemos mais sair.

L. Rodrigues disse...

Cof, cof:

www.eurotrib.com/?op=displaystory;sid=2008/10/23/142544/88

"Referring to his free-market ideology, Mr. Greenspan added: "I have found a flaw. I don't know how significant or permanent it is. But I have been very distressed by that fact."

Mr. Waxman pressed the former Fed chair to clarify his words. "In other words, you found that your view of the world, your ideology, was not right, it was not working," Mr. Waxman said.

"Absolutely, precisely," Mr. Greenspan replied. "You know, that's precisely the reason I was shocked, because I have been going for 40 years or more with very considerable evidence that it was working exceptionally well.""