terça-feira, 15 de maio de 2007

«De pequenino se torce o destino»

A criação de uma rede pública de ensino pré-escolar foi, com o Rendimento Mínimo Garantido, uma das boas heranças do governo de Guterres. Medidas que reuniram na altura o apoio de todas as forças de esquerda. No entanto, passados dez anos da aprovação desta importante legislação, custa saber que «uma em cada quatro crianças com três anos não consegue entrar numa escola pública devido a uma "cobertura insuficiente" da rede pré-escolar». Esta percentagem atinge os 60% em Lisboa. Dada a necessidade de assegurar a igualdade de acesso a um nível de ensino que tem uma importância crucial no desenvolvimento futuro dos indivíduos, é bom saber que o governo de Sócrates está apostado em acelerar os investimentos públicos nesta área. De facto, esperemos que não seja preciso esperar mais dez anos para que o Estado assegure uma rede de ensino que não exclua ninguém.

2 comentários:

Ricardo G. Francisco disse...

Socialismo implica racionamento.

Neste caso existe relação de causalidade e correlação a 100% (como seria de esperar dada a relação de causalidade).

Pata Negra disse...

Estes sr.s estão-se nas tintas para o facto de existirem crianças que não têm acesso ao ensino pré-escolar público. Estejamos descansados, que em final de mandato eles vão conseguir dizer que a taxa passou de 25% para 75%.
Números! Números! O que importa são os números! As crianças, essas, quem as pariu que as ature!