«A ortodoxia económica dos EUA afastou a intervenção estatal e glorificou o laissez-faire. É agora refrescante e edificante que os Estados Unidos, o Reino Unido e outras economias desenvolvidas acolham as propostas keynesianas de envolvimento do Estado nos negócios.»
in IMF Survey: Laissez-Faire States are Keynesian Now: How Refreshing!
Esta nem parece a organização que andou nos últimos 30 anos a pregar (no caso dos países mais frágeis, a impôr) a disciplina fiscal, a liberalização do comércio externo, a liberalização das taxas de juro, a privatização e a desregulamentação em vastas áreas da actividade económica.
Sou dos que consideram prematuro o anúncio do fim do neoliberalismo (como fez Stiglitz, quando afirmou que a actual crise é para o neoliberalismo o que a queda do muro de Berlim foi para as experiências de comunismo do Leste europeu). Ainda assim, não deixa de ser sintomática a flexibilidade de discurso que instituições como o FMI vêm revelando. Ainda estamos para ver o que a alteração do discurso significa na prática, mas no futuro não teremos memória curta.
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3 comentários:
Pelo menos não vêm dizer que keynes é um liberal e por isso nada de substancial mudou.
ainda so' sao cartas dos leitores do fmi...
Pois, mas são publicas com o destaque reservado aos IMF surveys. Não será com certeza por acaso.
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