terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A nacionalização como excepção? (II) A nacionalização dos prejuízos.

Uma das condições para a saída da actual crise financeira é o rápido diagnóstico da dimensão das perdas do sector bancário. Foi, assim, na Suécia onde uma reacção rápida do Estado controlando o sector permitiu uma crise forte, mas breve. O contrário aconteceu no Japão onde os bancos demoraramanos a assumir as suas perdas reais, condenando o país a uma longa recessão.Nos EUA, as notícias de risco iminente de duas dos seus maiores bancos, o Citigroup e o Bank of America, colocam a nacionalização de parte do sector bancário na ordem do dia. Contudo, a questão tem sido colocada através dacriação de um banco público, o Aggregator, que assumisse os todos os maus empréstimos da banca comercial com a contrapartida de participações no capital dos bancos privados. Nacionalizam-se os prejuízos e deixa-se aos privados a parte lucrativa remanescente. Porque não inverter a presente lógica perversa dos mercados financeiros e proceder-se à nacionalização de todo o sector, transformando os bancos em entidades de serviço público?

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