No último
artigo defendi que algumas das escolhas políticas do actual governo estão a contribuir para a consolidação no nosso país do que o economista norte-americano James Galbraith designou, noutro contexto, por "Estado predador", ou seja, para a consolidação de uma "coligação de interesses económicos reaccionários" que prosperam através de políticas públicas neoliberais de esvaziamento da provisão pública. As consequências desastrosas deste processo, com reflexos na inserção cada vez mais dependente da economia portuguesa, tornam ainda mais urgente a construção do que Manuel Alegre designou por "Estado estratega". Este tipo de configuração envolve uma acção pública determinada numa multiplicidade de áreas, dos serviços públicos ao combate às desigualdades. Neste breve texto discuto apenas algumas políticas que podem ajudar a reverter o carácter rentista do capitalismo português. O resto do artigo pode ser lido no
Esquerda.
Estes dois artigos sintetizam uma intervenção realizada no painel de economia do encontro "Democracia e Serviços Públicos" que teve lugar no passado dia 15 de Dezembro. Esta iniciativa, que juntou todas as esquerdas socialistas que não se conformam com a austeridade assimétrica permanente, contribuiu para reforçar um processo de encontro e de descoberta das melhores soluções para alterar o rumo das políticas públicas no nosso país. Este processo não pode parar. Este processo não vai parar.
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