segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Novas praças de jorna

A emergência da erradamente intitulada "economia colaborativa" é anunciada como um admirável Mundo novo (...) À boleia de um deslumbramento tecnológico, que o discurso político utiliza amiúde, são impostas políticas que nada trazem em termos de ganhos da produtividade. O trabalhador, apresentado como empreendedor independente fica, de facto, nas mãos dos apetites de plataformas monopolistas, vendendo o seu trabalho na estrita medida das "tarefas" que surgem e colocado em concorrência selvagem com os seus companheiros de trabalho. Mais do que um futuro promissor, assistimos a um real regresso ao passado, ao trabalho à jorna ou à peça. Sem direitos coletivos (que ancoram os individuais), sem possibilidade de qualquer negociação séria.

Manuel Carvalho da Silva, Praça de jorna na palma da mão, Jornal de Notícias.

10 comentários:

Jaime Santos disse...

O que é preciso é mais economia cooperativa, isso mesmo, a das cooperativas (agrícolas e industriais). A não ser que, claro, a alternativa sejam as empresas públicas ou as corporações (ao bom estilo medieval) que fornecem um 'serviço público' cujo único objetivo parece ser a manutenção dos postos de trabalho de quem por lá está empregado...

Anónimo disse...

Pois é este tipo de economia que é defendida também por alguns peritos no assunto.

A soldo do grande patronato, claro

MÁRIO disse...

OE2017: “Enquanto houver tratado orçamental Portugal não vai crescer”, diz Manuela Ferreira Leite
A antiga ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite considerou hoje que, enquanto Portugal tiver que cumprir com as exigências orçamentais estipuladas por Bruxelas, não vai conseguir obter crescimento económico.
"Enquanto houver tratado orçamental, Portugal [e outros países europeus que estão na mesma situação] não vai crescer", lançou a antiga governante durante a conferência "Economia de Pobreza", que se realizou em Lisboa no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

Manuela Ferreira Leite realçou que "a política europeia tem sido a causa da desgraça" em Portugal "e em toda a Europa".

Ferreira Leite exemplificou que, quando estalou a crise financeira em 2008, a Comissão Europeia incentivou os Estados-membros a aumentarem o investimento público de forma a dar ânimo à economia.

"Agora não venham criticar o défice", vincou, apontando ainda o dedo para a questão do endividamento que afeta muitos países em todo o mundo.

Para a antiga ministra, "é um problema global, não é um problema europeu", sublinhando que "é difícil haver um crescimento seguro quando há um grande endividamento".

"Estamos metidos num nó cego, que algum dia tem que ser desatado", rematou Ferreira Leite.

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/oe2017-enquanto-houver-tratado-orcamental-portugal-nao-vai-crescer-diz-manuela-ferreira-leite

Jose disse...

« colocado em concorrência selvagem com os seus companheiros de trabalho»

O 'selvagem' é só para enfeitar. Falar em concorrência já agonia o guru de Viatodos!

Anónimo disse...

A economia cooperativa que tem que competir com os tubarões monopolistas?

Você deve estar mesmo cego Jaime Santos. Pior do que isso, ao atacar assim as empresas públicas e a repetir o mesmo que Passos diz.

Até Ferreira Leite ultrapassa este senhor na avaliação da situação.

Anónimo disse...

Jaime Santos esforça-se para ser a versão 2.1 do Jose, como se não já bastasse um.

Anónimo disse...

Quem será o viatodos referido aí de forma cabotina?

Quem será o guru?

E porque motivo o "selvagem " é só para enfeitar?

Seria por coisas como estas , ditas nas reuniões do grande paatronato, para se vomitarem posteirormente em reuniões mais alargadas, que era pago o "perito" da 1 e 59?

E agora vem "enfeitar" por aqui, para ver se passa o trabalho de guru selvagem ao serviço de selvagens?

Jose disse...

Cuco, conheces mal os teus ídolos.
O Manuel 'Cancela' é natural de Viatodos (V.N. Famalicão), e de eletricista chegou a guru, o que não é de pouco mérito.

Anónimo disse...

Há 3 seculos pelo menos que alguns homens e mulheres vem tentando a tal economia cooperativista, e´ bem verdade!
A meu ver uma economia não capitalista encaixar-se-ia muito bem na mundividência actual.
Bem entendido, o Movimento Cooperativo existente em Portugal, não tem sido visto com bons-olhos pelas elites corporativas instaladas nas instituições e aparelhos da governança. Mas por isso mesmo, e´ uma proposta a ter em conta. Bem-haja os cooperativistas assumidos. De Adelino Silva

Anónimo disse...

O que quererá este tipo das 16 e 09 dizer?
Viatodos? Cuco? Ídolos? Guru?

Mas já chegámos a este estado de patetice só para nos afastarmos da denúncia das manhas da exploração selvagem dos que ficam nas mãos dos selvagens das plataformas monopolistas?

Pagam a "peritos" deste jaez e o que sai é esta anedota incongruente?