quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A memória é uma coisa lixada... (III)



Começa a ser difícil arranjar um argumento plausível para justificar a reviravolta ideológica ocorrida nas hostes social-democratas. Espera, é fácil: basta referir que o PSD é um partido pós-marxista que abandonou, há muito, o processo de «radicalização em curso», hoje levado a cabo pela extrema-esquerda no poder. Sim, é isso: como mostra este vídeo da Geringonça, foi há mais de dez anos, em 2005, que a direita revolucionária defendeu o fim do sigilo bancário. Não, espera, a última vez que se bateu por medidas desta natureza foi há quatro anos, em 2012... Ou três vá, em 2013, ainda o PSD era governo... Bom, se por acaso disserem que a diferença está justamente aí, na tendência para dizer uma coisa quando se está no poder e outra quando se está na oposição, não se preocupem: não são os únicos, não estão sozinhos. O CDS/PP acompanha-os.

16 comentários:

Jose disse...

Palavras...

Não há sigilo bancário!

Não há vigilância bancária; há reporte de rendimentos e justificação de depósitos em dinheiro.

Fora isso só há palavras que mais não indiciam que não seja a 'criminalização' social da poupança e da riqueza - pela qual se babam os esquerdalhos!

Edgar disse...

Desta gente nada admira! Não fosse a caixa de ressonância e a conivência da comunicação social e já estariam completamente desacreditados há muito tempo.

Anónimo disse...

A memória é uma coisa lixada

E os exercícios contorcionistas para se tentar apagar a realidade mostram até que ponto vai a má fé de alguns.
"Não há sigilo bancário! Não há...; há reporte..."

Herr jose , por favor, veja se argumenta, responda, contradiga o que se diz no post. E não arranje derivativos dessa mediocridade.

Anónimo disse...

Não se pode confundir sigilo bancário com devassa das contas das pessoas. E é isso que deve estar na mente de quem legisla sobre o assunto.

Se Passos quis a 'criminalização' social da poupança e da riqueza é coisa que é ignorada, se bem que pareça ser do conhecimento do das 17 e 29. E dadas as boas relações ideológicas, de carácter e de postura cívica entre este e o próprio Passos, caberá ao que proferiu aquela frase sobre as intenções de Passos vir esclarecê-la na íntegra.

Se não a baba citada não deixa de ser a baba idêntica a quem diz hoje uma coisa e outra no dia a seguir. Como ficou aqui demonstrado por Passos e mais a sua proverbial postura cívica e lodoso carácter

Anónimo disse...

Fica-se com uma forte suspeita sobre os objectivos do das 17 e 29.

Sabendo-se do seu apoio à fuga fiscal por parte de grandes "empresários", sabendo-se da sua defesa dos offshores como forma de fuga criminosa, sabendo-se da propalada fortuna ganha pela "poupança" do dito sujeito, sabendo-se da sua cumplicidade ternurenta com os corruptores face aos corruptos, fica-se na dúvida se atrás de tais ladainhas não está a defesa pura e simples do branqueamento de capitais ou de outras actividades criminosas relacionadas.

Aí começa a perceber-se a referência às babas...

Jose disse...

Ao treteiro das 21_27:
Não há sigilo bancário, basta que a AT requeira o fornecimento de dados.

Com toda a probabilidade,o treteiro multiplica-se nos dois comentários seguintes na sua histérica actividade de cuco.

Anónimo disse...

O que fazer quando alguém de forma desesperada tenta desta forma manhosa esconder o que se debate?

A questão não é saber se há ou não sigilo bancário e em que pé está o processo legislativo em curso.

A questão é saber o que se passa com esta direita troglodita que diz hoje uma coisa que contradiz o que disse ontem. Faz aquilo que manda a cartilha do saque. Mente na oposição e assume-se carpideira hipócrita e sem escrúpulos para depois fazer o contrario do que dissers quando passa para o poder directo. E vice-versa

Anónimo disse...

Tem todavia esta direita troglodita e sem escrúpulos um grande senão , um enorme senão.

É que a memória é uma coisa lixada. E os registos da sua actuação aí estão para esfregar na cara de.

Edgar tem toda a razão quando fala que nao fora a caixa de ressonância e a conivência da comunicação social esta gente há muito estaria desmascarada.

Veja-se a outro nível como por exemplo o serviço cívico de herr Jose funciona. Foge ao que se debate. Esconde o que se denuncia. Faz serviço cívico a esta direita troglodita e sem escrúpulos espadanando pó para o lado, numa manobra ternurenta de protecção de quem é desmascarado sem apelo nem agravo.

A memória é uma coisa lixada mesmo. E herr Jose sabe bem do que se fala porque fica simplesmente lixado quando é confrontado com a sua.

Anónimo disse...

Por falar em memória:

"O PS acusou esta quinta-feira o Governo de recorrer ao perdão fiscal como um "expediente orçamental de vista curta" que "reforça o sentimento de injustiça e retira credibilidade" ao executivo para "lançar propostas para o futuro"." (13/02/2014) https://www.publico.pt/economia/noticia/ps-diz-que-perdao-fiscal-tirou-credibilidade-ao-governo-para-lancar-propostas-para-o-futuro-1623587

Governo anuncia novo perdão fiscal até ao final do ano
(6/10/2016)
http://expresso.sapo.pt/economia/2016-10-06-Governo-anuncia-novo-perdao-fiscal-ate-ao-final-do-ano

Em matéria de falta de memória, é só escolher o lado.

Jose disse...

Nem vi, nem tenho interesse em ver o 'in memorium'.
Sei ao que vem a esquerdalhada, e moralidade ou coerência não é seguramente a preocupação que a domina.

Anónimo disse...

Não viu herr jose o que se debate?

Então herr jose vem fazer o serviço cívico, sem saber do que se fala? Herr jose assume assim de pé para a mão que é um "debitador"?
Um mero gritador de slogans ao serviço de quem faz serviço cívico?
Um papagaio que lhe deu para falar no "sígilo bancário" para ver se protege assim os costados de quem ama e protege?
Um palrador desonesto que foge ao que se debate e esconde o que se denuncia em nome duma direita troglodita e sem escrúpulos?

Herr jose pode preparar já o próximo tema para onde quer fugir e para onde quer arrastar a discussão.

Confirma-se: herr jose é mesmo uma fraude. Ou não o tenham convidado ( e pago ) para ser "perito"

Anónimo disse...

Um anónimo de 6 de outubro de 2016 às 16:00 publica uma espécie de recado em que tenta comparar o que pode não ser de todo comparável. E fala que isto de falta memória é só escolher o lado.

Como já se sabe que isto da manipulação informativa é coisa de longa data e porque de facto não se conhecem ainda os pormenores da notícia avançada, há que ser prudente.

Como o neoliberalismo detém os meios de informação que detém e o círculo de bons rapazes afadigados em torno dele "trabalham" em função dos interesses desta informação manipulada, comecemos por ver como a notícia foi transmitida por alguns media denunciada por Vitor Dias

http://otempodascerejas2.blogspot.pt/2016/10/a-ultima-intoxicacao-em-curso.html#links

Anónimo disse...

Como já foi dito manda a prudência que não se avance demasiado sem se conhecer o que está em causa. Mas o que até agora tem aparecido, em sítios que não se confundem com pasquins, parece indicar que esta coisa de falta de memória atinge sobretudo a direita e a extrema-direita e os neoliberais.

Infelizmente para o anónimo das 16 00 ?

"O Governo aprovou um novo regime de regularização das dívidas ao Fisco e à Segurança Social, na última reunião do Conselho de Ministros. Com este mecanismo, o Executivo espera recuperar parte dos cerca de 20 mil milhões de euros em dívida. A adesão ao Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado prevê a dispensa do pagamento de juros, com o pagamento integral da dívida.

Em relação ao regime aprovado pelo anterior governo, em 2013, agora passa a ser possível o pagamento faseado dos valores em dívida, até 150 prestações, «sem a exigência de prestação de garantia». Também a consideração de uma amnistia de crimes fiscais deixa de estar considerada na proposta aprovada pelo Governo, ao contrário do regime de 2013.

Em causa estão os pagamentos que não tinham sido efectuados no prazo devido até 31 de Maio, no caso das dívidas à Segurança Social, e até ao final de 2015, em relação a dívidas fiscais.

Esta manhã, João Galamba explicou que o programa não é um «perdão fiscal», já que a adesão implica o pagamento integral dos valores em dívida. O deputado do PS, que falava na Assembleia da República, salientou a introdução do pagamento em prestações.

O deputado comunista Paulo Sá sublinhou que o novo regime «não prevê qualquer perdão de capital». Para o PCP, «é um programa que poderá ajudar os pequenos contribuintes, empresas e particulares, a regularizar as suas dívidas».

Paulo Sá salientou as diferenças entre este programa e o regime de 2013, nomeadamente por não estarem previstas quaisquer amnistias para crimes fiscais, assim como a possibilidade de o pagamento ser feito em prestações. No entanto, o comunista considerou que deve haver um tratamento distinto para as «grandes empresas e grandes grupos económicos», que «acumulam dívidas com o objectivo de, mais adiante, não pagar».



Jose disse...

Não é perdão fiscal!
Palhaçada!
Perdoam-se juros e coimas e custas - mas não é perdão fiscal!
ouve despesas de papel, correios, horas e horas de zelosos funcionários - não pagam nada por isso - mas não é perdão fiscal!
É só até 2? de Dezembro - mas não é por precisarmos de dinheiro, é por ser Natal!

Anónimo disse...

As palhaçadas e os perdões fiscais andam juntos. Mas não são só estes. Vão também de roda alguns histéricos comentários.

De tal forma que depois de ter sido confrontado com o facto, o jornal "Publico" não teve outro remédio senão colocar aspas na expressão " perdão fiscal"

Parece que há diferenças nítidas, muito nítidas, entre o perdão fiscal de 2013 e o que é referido entre aspas transcrito nas notícias. Neste último caso a adesão implica o pagamento integral dos valores em dívida e não há quaisquer amnistias para crimes fiscais ao contrário do regime de 2013.

Talvez seja isto que incomode o sujeito das 20 e 07? É que há registos (menos histéricos) do sujeito a apoiar o verdadeiro perdão fiscal de 2013.

Anónimo disse...

Parece que o sigilo bancário desapareceu das preocupações de herr jose. E confirma-se que continua sem ver nem em ter interesse em ver o 'in memorium'.

Mas estes achaques que lhe dão em torno do Natal é mesmo porquê?
Para números circenses a esconder que isto da memória é mesmo uma coisa lixada?