quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Hoje: Le Monde diplomatique (edição portugesa) debate o OE de 2017


O jantar debate promovido pelo Le Monde diplomatique - edição portuguesa, conta com a participação de João Paulo Correia, Pedro Filipe Soares e Carlos Carvalhas, e com a moderação de Nuno Teles. É a partir das 19h30 no restaurante Real Fábrica (Rua da Escola Politécnica, nº 275, junto ao Largo do Rato, em Lisboa). Inscrevam-se através do email [mondediplopt@gmail.com] e apareçam. São todos muito bem-vindos.

38 comentários:

Hugo disse...

Para onde vai? Simples. Tributar tudo o que mexe. O pormaior de pelo caminho destruirem a economia não interessa para nada.
Sou proprietário de 2 bicicletas. Pelo ódio que a gerigonça tem aos proprietários de seja o que for, arrisco-me também a ser tributado por isso.

Anónimo disse...

Proprietário de duas bicicletas...
Pois

e...?

Arriscamo-nos a ter que aturar o fel e a bílis de todos os que permaneceram calados durante a governança neoliberal, perante o maior aumento de impostos registado?
E que agora andam feitos viúvos à cata de pousio para descarregarem o seu mister?

João Pimentel Ferreira disse...

Os desafios que se colocam à esquerda a qualquer orçamento de estado é não fazer contas, gozar com quem as faz, demonizando qualquer máquina de calcular. Considerando que a esquerda, tal como eu, demoniza agiotas e usurários da finança internacional, a prioridade número UM da esquerda deveria ser baixar o défice para zero, para assim não termos de pedir mais dinheiro emprestado pagando mais juros. O respeito todavia que a esquerda tem por este princípio é zero vírgula zero.

Anónimo disse...

"Importa recordar que, em 2013, o anterior Governo PSD/CDS impôs um brutal saque fiscal sobre os rendimentos do trabalho, incluindo os rendimentos mais baixos. Num só ano, a receita de IRS aumentou 35%, mais de 3.200 milhões de euros. Esta medida de ataque aos rendimentos de quem vive do seu trabalho, acompanhada de muitas outras medidas de austeridade, contribuiu para o alastramento da pobreza e para a degradação das condições de vida de largas camadas da população.

Este brutal aumento de impostos não era inevitável. Foi uma opção! Uma opção do anterior Governo PSD/CDS, que, podendo tributar de forma adequada uma ínfima minoria de milionários, arrecadando milhares de milhões de euros de receita fiscal adicional, preferiu ir buscar esses milhares de milhões de euros aos trabalhadores, aos reformados, às famílias e às micro e pequenas empresas.

A falta de vontade política e de eficácia no combate ao incumprimento fiscal dos mais ricos entre os mais ricos contrasta com a sanha persecutória do anterior Governo PSD/CDS dirigida contra os pequenos e médios contribuintes, sejam eles particulares ou empresas. Se os milionários pagam de impostos uma pequeníssima fracção do que deveriam pagar, encolhe-se os ombros e fala-se das dificuldades e dos obstáculos a uma tributação adequada. Se o pequeno contribuinte comete uma infracção, mesmo que involuntária, ou se atrasa no pagamento dos impostos, aplica-se uma coima exorbitante, penhora-se o salário, o carro e até a casa."

Anónimo disse...

"Importa recordar que, em 2013, o anterior Governo PSD/CDS impôs um brutal saque fiscal sobre os rendimentos do trabalho, incluindo os rendimentos mais baixos. Num só ano, a receita de IRS aumentou 35%, mais de 3.200 milhões de euros. Esta medida de ataque aos rendimentos de quem vive do seu trabalho, acompanhada de muitas outras medidas de austeridade, contribuiu para o alastramento da pobreza e para a degradação das condições de vida de largas camadas da população.

Este brutal aumento de impostos não era inevitável. Foi uma opção! Uma opção do anterior Governo PSD/CDS, que, podendo tributar de forma adequada uma ínfima minoria de milionários, arrecadando milhares de milhões de euros de receita fiscal adicional, preferiu ir buscar esses milhares de milhões de euros aos trabalhadores, aos reformados, às famílias e às micro e pequenas empresas.

A falta de vontade política e de eficácia no combate ao incumprimento fiscal dos mais ricos entre os mais ricos contrasta com a sanha persecutória do anterior Governo PSD/CDS dirigida contra os pequenos e médios contribuintes, sejam eles particulares ou empresas. Se os milionários pagam de impostos uma pequeníssima fracção do que deveriam pagar, encolhe-se os ombros e fala-se das dificuldades e dos obstáculos a uma tributação adequada. Se o pequeno contribuinte comete uma infracção, mesmo que involuntária, ou se atrasa no pagamento dos impostos, aplica-se uma coima exorbitante, penhora-se o salário, o carro e até a casa."

Anónimo disse...

Como ?

Não fazer contas? Gozar com quem as faz?
Demonizar máquinas de clacular?

Ferreira, vamos a ver se nos entendemos. Que o senhor tenha outras contas na cabeça é algo que é da sua prerrogativa. Mas não tente fazer com que as "suas" contas sejam as contas que há a fazer.

Percebido?

Gozar com quem faz contas é o que você está a fazer. Pelo facto de não serem as suas "contas" você tenta passar um atestado de ignorância aos demais.

Ferreira, sabe? Não está num desses blogs manhosos que por aí há, em que os tontos levantam a voz e pensam que estão no reino da tontice.

É preciso mais do que estes atentados à inteligência.

Anónimo disse...

Parece que Ferreira tem algumas dificuldades com os númeors. Com a matemática?
Terá sobretudo com a economia política

A propósito do "défice zero" e do "zero vírgula zero" e doutros números de circo:

"Ilude-se a questão da soberania, sem a qual nem sequer existe Estado, digno desse nome. Ilude-se o papel da economia politica, confunde-se micro e macroeconomia, omite-se a capacidade de planeamento do Estado que o neoliberalismo alienou para a finança e os monopólios, transmutados em "os mercados".. A partir daqui a direita entra no discurso feito de banalidades, tão simples e evidentes como…o Sol mover-se à volta da Terra.

Afirma-se que "viver em democracia implica pagar as dívidas e não viver acima das suas possibilidades". A austeridade é então a forma de se "viver de acordo com as nossas possibilidades" ou que "só podemos ter os serviços sociais que os nossos impostos podem pagar". Omite-se a questão de quem paga e de quem foge aos impostos, da livre transferência de rendimentos para paraísos fiscais, no essencial sem pagar impostos, e que estes vão prioritariamente compensar má gestão, fraudes bancárias, contratos leoninos das PPP ou dos SWAP e o escândalo dos juros usurários promovido pelo BCE".

Anónimo disse...

"Para manter a especulação, difunde-se na população a ideia que os direitos laborais, salários e prestações sociais devem ser reduzidos, pois assim determinam "os mercados". Para além da ladainha de "preocupações sociais", desmentidas pela prática, a tese da direita é que o aumento da produção será o resultado de trabalho sem direitos, despedimentos arbitrários e empobrecimento para pagar a dívida.

Neste processo, a chantagem sobre os trabalhadores vai ao ponto de se considerar que é melhor ter emprego sem direitos e com salários abaixo do nível de pobreza, que não ter emprego nenhum: ou se submetem ás exigências do "mercado" ou não há "incentivos", a empresa fecha, deslocaliza-se, o capital procura outros ativos, O governo lava as mãos…não interfere no "mercado".

A diferença para a tal "boa dona de casa" é que o Estado pode determinar como a riqueza é criada, tributada e distribuída. O Estado decide quem paga, e está a fazê-lo, simplesmente, não a favor do povo, mas da oligarquia"
(Daniel Vaz de Carvalho)

Foi isto que se passou com a governança.



Hugo disse...

Escolheram ir atrás dos malvados 1% que andam de automóvel, bebem minis no café e acompanham o almoço com sumol de laranja. Estão de parabéns

João Pimentel Ferreira disse...

Esta gente diz com cada bacorada, contas não é com eles:
Qual é a "ínfima minoria de milionários, que arrecadaria milhares de milhões de euros de receita fiscal"? Refere-se a quê? IRS?

A mim repudaiam-me juros, agiotagem, interesseiros, mercados e toda aquela panóplia de neo-clero engravatados; leia o que escrevi sobre isso: http://www.veraveritas.eu/2013/11/neo-clero.html
Em acréscimo fui professor de Matemática, por isso sei do que falo.

E reafirmo: a esqueda é a melhor amiga dos agiotas e finança internacional, pois a esquerda tem um repúdio visceral por quem faz contas e por quem tenta baixar o défice e equilibrar as contas públicas. Este país nunca teve excedente orçamental desde 1974, algo que deveria deixar escandalizado qualquer pessoa com dois dedos de testa, e o que é que vemos da esquerda desde então: apenas mais pressão do lado da despesa.

Anónimo disse...

"Escolheram ir atrás dos malvados 1% que andam de automóvel, bebem minis no café e acompanham o almoço com sumol de laranja. Estão de parabéns"

Eis a visão dum que passa das "duas bicicletas" para os 1% que ganham mais e para os que andam de automóvel e para os que bebem minis no café e para os que acompanham o almoço com sumol de laranja.

A propaganda pafista reduzida a este espectáculo paupérrimo,. Sem eira nem beira e à beira da estrada tentando confundir esta com a estrada para a Beira.

Ou de como, como num passe de mágica, se juntam aos tais 1%, os que andam de automóvel ou que bebem minis ou sumol.

Manipulação pura e dura não é mesmo ó Hugo?

Mas uma coisa é um facto. A carga fiscal poderia ser melhor distribuída, Menos para o Trabalho, mais para a especulação e para as rendas

Anónimo disse...

"Bacorada" e outros mimos?

Há uma certa propensão para a tontice dita com ar irrevogável

"Vilfredo Pareto (1875-1923) foi economista, sociólogo e também político, dedicado apoiante de Mussolini que fez dele senador. Teve muito antes disto responsabilidades na cobrança de impostos na Sicília, tendo verificado que a uma pequena percentagem de contribuintes correspondia uma elevada percentagem do rendimento total. Assim, uma melhor eficiência fiscal deveria concentrar os seus esforços naquela faixa de maiores rendimentos.
É daqui que surge a chamada curva de Pareto ou curva ABC que relaciona a % de dados com a % do total da grandeza característica a que se referem. Estas curvas traduzem a desigualdade das características atribuíveis a um dado conjunto de dados. Tal se verifica por exemplo no universo das compras de um organismo, no universo das empresas, etc. Em Física e em estatística há algo equivalente com a curva de Gauss.
Quanto maior a desigualdade mais se acentua a curva Pareto. Assim, 99,4% das empresas são micro ou pequenas, correspondendo cerca de 34% do total de vendas. As grandes empresas são apenas 0,1% mas facturam cerca de 48% do total de vendas.
Voltando aos impostos, Tudo isto é sabido há muito, pelo menos desde 1897 pelo trabalho do Sr. Pareto. O governo PSD-CDS – mas não só…- não só o ignorou como fez precisamente o contrário do que seria ajustado. Recentemente, o ex-diretor da Autoridade Tributária e Aduaneira , prof. José Azevedo Pereira, esteve na AR. Uma sua entrevista incomodou (obviamente…) a direita que – no caso do PSD - o atacou de forma inqualificável.
No seu tempo foram detetados 240 contribuites com rendimento anual de mais de 5 milhões de euros (e um património superior a 25 M€). Pagando á taxa aplicável (48 + 5%) deveriam ter pago algo como 636 M€…pagaram 50 M€ !!! Eis a justiça fiscal PSD-CDS e o "bom caminho" de Cavaco.
Um estudo internacional identifica em Portugal 930 (pelo menos) contribuintes deste tipo. Ou seja para um rendimento médio deste universo de 7M€ haveria uma receita fiscal de cerca de 3 500 M€. Valor equivalente ao saque fiscal do governo PSD-CDS.
Claro que entre o valor potencial de 3 500 M€ e o possível vai uma distância grande. Temos por um lado a acção do governo PSD-CDS e por outro as “regras europeias” feitas para permitir esta fuga. O Governo PSD-CDS parou com a identificação dos ultra ricos e retirou recursos à unidade pelo que este assunto ficou parado. Recordemos até a ameaça de processos a quem nos finanças andasse nesta pesquisa".
(Daniel Vaz de Carvalho)

Há mais

Anónimo disse...

Alguém dizer esta "bacorada":"a esqueda é a melhor amiga dos agiotas e finança internacional" arrisca-se a receber em troca uma gargalhada simultaneamente de gozo e de desprezo
E não serve, infelizmente para quem diz tal enormidade, a "bacorada" seguinte que passo a citar:
"pois a esquerda tem um repúdio visceral por quem faz contas e por quem tenta baixar o défice e equilibrar as contas públicas."


Tem que se provar as "bacoradas" que se diz.
E não serve dizer que sabe fazer contas e que foi prof de matemática. Por um lado os profs de matemática devem ser poupados ao contágio de quem diz isto. Por outro porque nenhum sector profissional está isento de tontices.

Anónimo disse...

"Este país nunca teve excedente orçamental desde 1974

Como encarar tal "frase"?

-Como o desabafo de um saudosista do anterior regime, das botas de salazar e do seu modelo económico?

-Como uma mistificação pura e dura através da farsa que o país foi governado pela "esquerda" desde o 25 de Abril de 1974? Mas basta olhar para quem governou, como governou e para quem se governou. E já agora quem se governou.

Por se saber fazer contas é que o manancial de dados por parte dos economistas que não se revêm na trampa oficial que preenche os meios mediáticos e o poder neoliberal é cuidadosamente estudado e apresentado. Também aqui e muito louvavelmente no LdB.

Por se saber fazer contas e por se saber que os estados não cabem nas contas de merceeiros com que nos tentam enrolar. Porque o Estado é que pode determinar como a riqueza é criada, tributada e distribuída. O Estado é que decide quem paga. E desde Abril de 74 com algumas honrosas excepções tem-no feito a favor da oligarquia.

João Pimentel Ferreira disse...

Enumere-me as medidas de esquerda que visem corte da despesa pública! Enumere-me opiniões de esquerda que visem o controlo orçamental! Leia o que escrevi e instrua-se: http://www.matematicaviva.pt/2014/09/a-divida-e-o-defice-publicos-como.html

Anónimo disse...

Anda muito distraído Ferreira.

Remete-nos para uma espécie de credo da sua autoria, que ornamenta logo de início com este mimo:

"Muitos poderão pensar que a dívida pública e o défice público, se cingem a questões de opções políticas, mas na realidade uma das ciências que está bem presente em finanças públicas e economia, é a matemática!."

E ainda exige, naquele seu jeito de gingão, que nos "instruamos". Com base "nisto"? Contas de merceeiro a tentar ilidir o que é essencial?

Sabemos que Juros, PPP, rendas energéticas custam mais de 15% da despesa pública. Directamente relacionados com tais factos temos opções políticas e ideológicas de fundo.
Directamente relacionados com tais factos temos propostas concretas e detalhadas sobre corte de despesa pública. E que visam o controlo orçamental.

Se Ferreira as desconhece, é pena e indicativo dalguma distracção ou ignorância.
Para saber um pouco mais basta sair da sua zona de conforto e ir procurá-las. E não andar à pesca enquanto procura um espelho.

João Pimentel Ferreira disse...

"-Como o desabafo de um saudosista do anterior regime, das botas de salazar e do seu modelo económico?"

E você não passa de um maniqueísta que acha que no mundo há apenas dois tipos de pessoas, os salazaristas e os "humanos socialistas"; estes últimos que discutem política bebendo um copo de brandy, apelidando todos os que fazem contas de "merceeiros". Oiça bem meu caro, não são salazarista, tenho aversão à ditadura, sou democrata e republicano, mas tenho aversão maior a demagogos e populistas analfabetos, que sempre que trazem o "social" na boca, na maioria dos casos mais não é para endividar o país e o futuro. Repito, nunca tivemos excedente orçamental desde 1974, e num país que assim o é, em que todos os anos gasta mais do que recebe, apenas o espera dívida e pagamentos enormes a agiotas e usurários da finança internacional.

E afirmo e afirmarei sempre; a esquerda e a CGTP, são os melhores amigos da finança internacional que lucra milhares de milhões com a dívida pública; ou como é que acha que vai ser pago o aumento de 10 euros nas pensões, considerando que o país continua com défice? Com dívida! A prioridade número UM da esquerda deveria ser colocar o défice a ZERO, para que não sustentemos a agiotagem.

"Muitos poderão pensar que a dívida pública e o défice público, se cingem a questões de opções políticas, mas na realidade uma das ciências que está bem presente em finanças públicas e economia, é a matemática!."

As contas que apresentei não eram sequer modelos, eram apenas premissas matemáticas as quais não são rejeitadas pela política.

"Sabemos que Juros, PPP, rendas energéticas custam mais de 15% da despesa pública"

Mas as contas não dizem o contrário; dizem apenas que os juros da dívida são o resultado do crescimento da dívida e a dívida cresce porque se tem défice. É o défice que gera dívida! E não há partidos políticos que mais estiquem a despesa aumentando o défice, que os partidos da esquerda. Os abutres da finança agradecem os laivos populistas da esquerda de "mais pensões e salários"!

E debata ideias e deixe-se de fazer constantemente comentários anónimos ad hominem.

João Pimentel Ferreira disse...

"No seu tempo foram detetados 240 contribuites com rendimento anual de mais de 5 milhões de euros (e um património superior a 25 M€). Pagando á taxa aplicável (48 + 5%) deveriam ter pago algo como 636 M€…pagaram 50 M€ !!! Eis a justiça fiscal PSD-CDS e o "bom caminho" de Cavaco.
Um estudo internacional identifica em Portugal 930 (pelo menos) contribuintes deste tipo. Ou seja para um rendimento médio deste universo de 7M€ haveria uma receita fiscal de cerca de 3 500 M€. Valor equivalente ao saque fiscal do governo PSD-CDS."

Ou seja, fazer como fez o Hollande, que decidiu taxar em 80% os rendimentos superiores a 1 milhão, e colocou os franceses endinheirados a fugir para a Rússia ou Portugal!

Anónimo disse...

Ferreira deixe-se de histerismos fanados e de choradinhos tolos.

"Sabemos que Juros, PPP, rendas energéticas custam mais de 15% da despesa pública"

Foi demais para si,não foi? De repente cai em si e nada mais resta do que andar às voltas a repetir boçalidades

Que tristeza Ferreira. Então a esquerda, as esquerdas, têm propostas para reduzir a despesa pública e para o controlo orçamental

Ferreira.Confesse lá. Anda muito distraído. Ou muito ignorante. Ou as duas coisas.
Mas é mesmo uma chatice não poder desmentir factos

Anónimo disse...

( Ferreira. Bora lá quebrar a espinha face aos maiorais porque eles são indestrutíveis e, imagine só, fogem para a Rússia. Ou para Portugal.

Um exemplo fanado de pusilanimidade? De rendição? De forçar a realidade para ela encaixar no número dos numerozinhos de Ferreira?

Um exemplo de traça ideológica , ao arrepio da boa tradição matemática, de tentar justificar que tipos que deviam pagar 636 Milhões de euros, pagassem 50 milhões

Ferreira, não tem vergonha de se sair com esta?
E é com "isto" que tenta contrariar o que lhe foi apresentado aí mesmo em frente do seu olhar? O medo da fuga para a Rússia e para...?
Onde está a variável do seu estudo que contemple esta sua fuga? )

Anónimo disse...

Ferreira voltando à vaca fria e deixando um pouco para trás os seus desabafos tolos e tontos sobre os amigos da finança e outras tretas.

Sabe, se eu fosse mauzinho diria que o melhor amigo destes trastes seriam coisas como o senhor. Porque parece que não quer cobrar os impostos devidos a quem tem mais ( apenas respeitando a legalidade, diga-se) já que estes "podem fugir".

Mas em relação a salários e pensões...é um ver se te havias, não era mesmo Ferreira?

Ferreira , isto não tem nada a ver com saudosistas salazaristas ou com tretas de brandies na mão. Tem a ver com outra questão. Tem a ver com ideologias e com classes sociais.
Nem tem nada a ver com matemática, embora esta possa e deva ser um instrumento mais do que útil

E sabe porque dá vontade de rir quando fala nos amigos dos agiotas e da finança internacional? É que são estes os primeiros a rosnar a eriçarem-se , a roncarem, a grasnarem, a erguer-se em pé de guerra e em fazer chantagem quando lhes aparece pela frente qualquer esquerda mais consequente.

Por isso, isso basta. A realidade é muito mais forte do que qualquer construção teórica, que cai de todo só pelo ridículo.

Anónimo disse...

Ferreira, quanto à enorme dívida pública( a privada está esquecida é, Ferreira?) devia ter estado mais atento ao que se tem dito sobre ela. Sobre a sua origem e o seu agravamento. Sobre as suas causas. Sobre os seus responsáveis. Sobre o que se passa à volta desta e o que se passa com esta.
Ferreira não sabe ( ou finge não saber) mas muitos dos responsáveis pela actual situação são dos principais beneficiários da dívida.

Porque para Ferreira esticar a despesa está no pagar pensões e salários. Já não o é para pagar PPP espúrias, Swaps usurários,juros odiosos, perdões fiscais criminosos, prejuízos da banca e dos banqueiros e ir brincar aos soldados para a ex-Jugoslávia

Quer Ferreira que todos paguemos pela "dívida" gerada e gerida pelos que a usam para empobrecer e delapidar o país?
Já agora , por medo que estes fujam para a Rússia ou para não cobrar o que deve ser cobrado?

Nisto como em tudo há os que exploram e os que são explorados. E cada um assume de que lado está, memso que não tenha coragem para o dizer em voz alta

João Pimentel Ferreira disse...

>"Porque para Ferreira esticar a despesa está no pagar pensões e salários. Já não o é para pagar PPP espúrias, Swaps usurários,juros odiosos, perdões fiscais criminosos, prejuízos da banca e dos banqueiros e ir brincar aos soldados para a ex-Jugoslávia"

Claro que PPPs, ou o dinheiro que a banca suga ao erário público são também um grave problema de parasitagem do Tesouro! Não distorça o que escrevi. O que disse é que a esquerda estica sempre o lado da despesa, sem nunca apresentar medidas sólidas para corte de despesa. Porque é que o BE e PCP em vez de pedirem 10 euros de aumento nas pensões, não fazem finca pé e não usam a sua posição, para o não pagamento das PPP pornográficas? Justiça lhes seja feita que foram os únicos partidos que não alinharam no saque da banca no Parlamento. Espere, o BPN, aquele que nos custou a todos 6 mil milhões e que foi vendido por 40 milhões, teve o aval do BE no Parlamento a sua nacionalização.


>"E sabe porque dá vontade de rir quando fala nos amigos dos agiotas e da finança internacional? É que são estes os primeiros a rosnar a eriçarem-se , a roncarem, a grasnarem, a erguer-se em pé de guerra e em fazer chantagem quando lhes aparece pela frente qualquer esquerda mais consequente. "

Não podia ser mais falso! Os agiotas nunca gostaram de pessoas ou estados que tivessem as contas certas, gostam é de pessoas e estados em que em cada ano se gaste mais do que se recebe, para daí tirar proveitos com dívida e défice. Os agiotas gostam mais da Catarina Martins e da CGTP, do que do primeiro ministro da Dinamarca, esse paraíso socialista cuja dívida pública é 40% do PIB. Mas em nome do social e cambalachos políticos, a nossa passou de 60% do PIB em 2000, para 130%.

>"Um exemplo de traça ideológica , ao arrepio da boa tradição matemática, de tentar justificar que tipos que deviam pagar 636 Milhões de euros, pagassem 50 milhões"

Pois se deviam pagar 600 milhões, aplique-se a Lei contra a evasão fiscal. Alguma vez me viu escrever que sou favorável à evasão fiscal? Todos devem pagar os seus impostos. Acho apenas esses números demasiado empolados.

>"Ferreira, quanto à enorme dívida pública( a privada está esquecida é, Ferreira?) devia ter estado mais atento ao que se tem dito sobre ela. Sobre a sua origem e o seu agravamento. Sobre as suas causas. Sobre os seus responsáveis. Sobre o que se passa à volta desta e o que se passa com esta. "

A dívida privada são outros quinhentos! Tal deveu-se simplesmente ao Euro. A malta com taxas de juro baixas, preferiu andar a comprar carros novos a cada três anos (a sério, vede taxas de motorização de Portugal, veja os dados da ACAP, e assuste-se) e T3 com lareiras nos subúrbios; claro tudo a crédito, e as empresas passaram a viver apenas do crédito barato. Os bancos encheram a pança enquanto deu, e quando não deu, apresentaram a fatura ao povo! O povo pagou duas vezes. É o que dá dar um cartão de crédito a gente sem tino.

Anónimo disse...

"O que disse é que a esquerda estica sempre o lado da despesa, sem nunca apresentar medidas sólidas para corte de despesa."

Falso. Há propostas da esquerda a fazer reduzir solidamente a despesa. Nomeadamente com as PPP e com as Swaps e com os juros. Saia da sua zona de confiança como já dito.

Não minta nem aldrabe.

Anónimo disse...

"Porque é que o BE e PCP em vez de pedirem 10 euros de aumento nas pensões, não fazem finca pé e não usam a sua posição, para o não pagamento das PPP pornográficas? "

Falso. Pede-se para se não pagar as PPP. Pelo menos o PC e acho que também o BE foram sempre contra as PPP. Há um acordo com o PS, pelo que não adianta essa recusa de não pagamento avançado pelo Ferreira.

Mas é curioso como quem anda a tentar arranjar esquemas para justificar o não pagamento dos impostos devidos, ache agora viável o não pagamento só pelo facto do PC e do BE quererem.

Cheira mal não cheira?

João Pimentel Ferreira disse...

Mas não é sobre isso que PCP e BE se batem, ou pelo menos, fazem força junto do PS! Já no aumento da despesa, nunca perdoam! E os juros é parcialmente um embuste, como já expliquei dezenas de vezes, a quantidade de juros está relacionada com a quantidade de dívida, dívida que existe porque temos défice. Enquanto houver défice, vai haver criação de dívida, e dívida paga juros!

Anónimo disse...

"Porque é que o BE e PCP em vez de pedirem 10 euros de aumento nas pensões"

Porque não hão-de pedir para os pensionistas Porque não hão-de proteger os que são o elo mais fraco da sociedade?

Porque motivo hão-de ser os que vivem das rendas e dos juros os únicos a beneficiarem da situação?
Por "medo" que os mais ricos fujam para a Rússia, não é Ferreira?

Anónimo disse...

"Justiça lhes seja feita que foram os únicos partidos que não alinharam no saque da banca no Parlamento. Espere, o BPN, aquele que nos custou a todos 6 mil milhões e que foi vendido por 40 milhões, teve o aval do BE no Parlamento a sua nacionalização."

Pois foi, O BE meteu aí a pata na poça.
Mas não o fez o PCP. Um dos muitos motivos para o ódio de classe que os agiotas e a finança internacional lhe têm. Pese os desvarios tontos e tolos de uns tantos a tentar esconder o sol com a peneira.

Pois é , as generalizações são perigosas. Como os arredondamentos feitos de acordo com quem arredonda,. A mediocridade matemática a espreitar por entre tais abusos generalizadores, ao sabor do que dá mais.

Anónimo disse...


"E sabe porque dá vontade de rir quando fala nos amigos dos agiotas e da finança internacional? É que são estes os primeiros a rosnar a eriçarem-se , a roncarem, a grasnarem, a erguer-se em pé de guerra e em fazer chantagem quando lhes aparece pela frente qualquer esquerda mais consequente. "

Prove que é falso. Os agiotas e a finança internacional não gostam nem de Catarina Martins nem da CGTP. Ainda menos do PCP.

Pelo que o desafio, sob pena de acusar Ferreira de ser uma fraude, de demonstrar com documentos a prova de amor de que fala. Porque a questão não é do que os agiotas gostam ou não gostam. A questão é de responsabilização pela situação a que se chegou. E as contas certas ( que miséria intelectual) não são nem da responsabilidade nem de Catarina nem da CGTP, nem do PCP.

Pelo que a afirmação que a finança internacional gosta mais destes do que do primeiro-ministro dinamarquês carece de confirmação. A prova aí está. Um tal Ferreira lança todo o seu ódio contra a CGTP. Como os agiotas. Com os da finança internacional.

Ora ficamos à espera da demonstração do contrário. Lembra-se o Ferreira dos berros de ódio que gritava contra os marxistas? Quer que lhos esfregue na cara? Porque também o alvo destes são os agiotas e a finança internacional. Ao contrário do que o f«Ferreira diz, mentindo e aldrabando.

Anónimo disse...

" Mas em nome do social e cambalachos políticos, a nossa passou de 60% do PIB em 2000, para 130%."

Qual em nome do social qual carapuça.
O aumento brutal da dívida pública tem raízes muito mais fundos do que este balbuciar sem jeito nem nexo. Vai desde a desregulamentação dos mercados iniciada pela parelha Reagan / Thatcher até aos nossos dias.

Mas mais uma vez se aconselha Ferreira a sair da sua zona de conforto e a mostrar que pelo menos consegue ler para além das suas proposições infantis dignas dum especialista de cordel.

Anónimo disse...

Ferreira eu sei que já deu a "sua explicação....

Mas não consegue meter nessa cabeça que a "sua" explicação é apenas a "sua" explicação e que insistir em dar como exemplo a "sua" explicação é apenas mostrar como o umbigo ultrapassa o racional?

Que diabo, mas vossemecê onde meteu a ciência e a matemática? Também teve medo e fugiu para a Rússia para mostrar que isso de pensamento cientifico é só mesmo nalgumas equações escolásticas?

Anónimo disse...

"O défice do Estado é motivado sempre por má gestão – incompetência e corrupção – e inadequada política fiscal, sobrepondo interesses privados aos interesses colectivos.

Ao considerar-se a expressão: Despesas do Estado = Impostos + Financiamento do Défice, falseia-se a realidade omitindo que o Estado pode e deve ter rendimentos provenientes de atividades económicas designadamente nos sectores básicos e estratégicos, subtraindo-os à esfera monopolista. O aumento da dívida pública foi originada, não por despesas de carácter social mas por:

– Políticas absurdas e suicidárias da UE e do BCE. “Estúpidas”, disse um ex-comissário europeu.
– Salvamento de bancos e favores ao grande capital e finança
– Privatização de sectores estratégicos e empresas lucrativas
– Políticas fiscais erradas, contraproducentes
– Corrupção e má gestão.

Acrescente-se a tudo isto a adopção de políticas ditas de austeridade (para quem?) que conduzem à estagnação e recessão económica (próciclicas).

Mesmo não recuando a Marx ou a outros economistas clássicos, desde os anos 20 do século passado que com Keynes ficou mais que provado qual o resultado negativo das políticas de “austeridade” para a resolução de crises económicas e que só políticas activas do Estado e a criação de “procura solvente” poderiam constituir uma saída."



Anónimo disse...

"No início da crise financeira (2007/08), a dívida soberana portuguesa rondava os 72% do PIB, atingindo em 2010, com os impactos na economia e no resgate da banca, cerca de 96% do PIB. Quando a maioria de direita chega ao poder, determinada a aplicar o Memorando de Entendimento e a «ir além da troika», a dívida pública continuou a aumentar, passando de 111% do PIB em 2011 para atingir, no final de 2014, o patamar dos 130%. Isto é, uma diferença de cerca de quinze pontos percentuais acima do valor previsto pela troika para esse mesmo ano, e que resulta de uma evolução negativa das duas parcelas de cálculo: o aumento da dívida em valores absolutos (de cerca de 196 mil milhões de euros em 2011 para 226 mil milhões em 2014) e a queda do produto, em resultado das políticas de austeridade".

(Nuno Serra)

Anónimo disse...

Deixemo-nos de tretas:
"A nossa dívida pública que antes da crise estava ao nível da Alemanha e da média da União Europeia, foi subindo em flecha em consequência das erradas respostas à crise; da passividade e cumplicidade dos grandes Países da UE com os ditos mercados e a recusa do BCE em abrir, pelo menos, uma excepção perante a crise financiando os Estados, como acontece com o Banco do Japão, da Inglaterra ou a FED nos EUA. Mas a dívida cresceu assustadoramente também porque o sistema financeiro com o apoio dos seus governos tem estado a procurar resolver o seu desendividamento e capitalização à custa da vida pública. É a resolução da dívida bancária (privada), à custa do Orçamento de Estado (dívida pública), isto é, dos contribuintes.
É bom lembrar que, se em 2008, a dívida pública portuguesa em percentagem do PIB, estava ao nível da média da União Europeia, já a dívida privada, quer a das sociedades não financeiras, quer financeiras, era muito superior à média da União Europeia. Mas sobre a dívida privada e designadamente do sistema bancário continua a prevalecer o pacto de silêncio."

Arrumar o assunto com um "É o que dá dar um cartão de crédito a gente sem tino" é simplesmente grotesco. Para além de ser uma espécie de branqueamento dos verdadeiros responsáveis é um atestado de indigência intelectual. E uma enorme ignorância de como funciona esta coisa do capitalismo.

Anónimo disse...

Dirá o sr Ferreira:

"Esta gente diz com cada bacorada, contas não é com eles:
Qual é a "ínfima minoria de milionários, que arrecadaria milhares de milhões de euros de receita fiscal"?

Foi explicada de caras e de frente aquilo considerado como "bacorada" pelo Sr Ferreira. Mais não haveria que meter a viola no saco sr Ferreira e considerar que se enganou ou que não sabia

Não o faz. Foge Ferreira em frente e fala em empolamento dos números. E tem esta "resposta" verdadeiramente espantosa que deita a perder toda a credibilidade de quem argumenta assim:

"Ou seja, fazer como fez o Hollande, que decidiu taxar em 80% os rendimentos superiores a 1 milhão, e colocou os franceses endinheirados a fugir para a Rússia ou Portugal!"

João Pimentel Ferreira disse...

Caros Anónimos, sobre a dívida pública em clima de austeridade queiram pf ler o que escrevi sobre a temática. Não esquecer ainda, que quando a troika chegou, por mero efeito contabilístico, colocou na dívida pelo menos 15 mm€ que estavam fora do perímetro da dívida, mormente das empresa públicas.

Um excerto:

A dívida pública é um sistema dinâmico porque qualquer variável de controlo que possa nela ser aplicada (os pedais no automóvel), estão longe de provocar no instante variações significativas. Cortar nos gastos do Estado não implica que a dívida desça de forma imediata, pois na dívida estão subjacentes compromissos de longo prazo, como o pagamento de juros em títulos plurianuais da dívida. Se alguns pagamentos como as PPP rodoviárias foram temporizados para alguns anos mais tarde, tal também tem efeitos dinâmicos na dívida. Podemos também afirmar de forma genérica que o Estado tem muitos compromissos financeiros, com muitas entidades, e que tal insere uma certa inércia no comportamento da dívida. Assim interessa estudar a dívida na ótica do estudo a sistemas dinâmicos. Neste caso por questões de simplicidade usamos sistemas dinâmicos discretos de segunda ordem, sendo cada ano civil a unidade de tempo.

No paralelismo da dívida pública com o automóvel de dois lugares, podemos afirmar que a distância na pista é o valor da dívida, ou seja, se o automóvel está na origem a dívida é zero, já se o automóvel está nos 160 metros, a dívida é 160 mil milhões de euros, ou seja, um metro por cada mil milhão de euros de dívida. Ora se num determinado instante em que os condutores avançam, eles trocarem de lugares e o novo condutor adotar uma tática diferente, o automóvel guarda uma inércia que precisa de ser corrigida, inércia essa que demora tempo a corrigir. Se o segundo automobilista quiser parar e fazer marcha-atrás, terá primeiro de travar. Mas mesmo que trave o automóvel, este continuará durante algum tempo no sentido positivo, ou seja, em frente (dívida a crescer, mas a crescer num ritmo mais baixo; automóvel a avançar, mas a avançar mais devagar). Só quando o automóvel estiver imobilizado, ou seja, a variação do avanço for zero (variação do avanço é a velocidade), é que o automóvel pode retornar e começar a fazer marcha-atrás.

João Pimentel Ferreira disse...

Caro Anónimo de 18 de outubro de 2016 às 01:22! Défice existe exatamente como diz, porque há má gestão do orçamento! Não se esqueça todavia que o Estado Social (pensões, proteção social, saúde e educação) consomem 2/3 de todo a despesa pública. Restam outros itens os quais é difícil cortar (polícia, bombeiros, defesa, operacionalidade das administrações públicas, etc.). Logo é muito difícil baixar o défice de forma estrutural sem afetar as vertentes Estado Social. Resta aumentar impostos, mas em 2015 a despesa pública foi quase 50% do PIB (fonte: PORDATA).

E dir-me-á para se cortar nos juros da dívida! Concordo inteiramente, acho que se deveria simplesmente dar o calote ao pagamento de juros. Falo sério e sem ironias! Mas deixo a questão, o que faz um caloteiro sem tino, quando fica com as dívidas a zero? Deixe a macroeconomia e olhe as pessoas que eventualmente possa conhecer que padecem de sobre-endividamento. Nem tudo é culpa da banca. A questão filosófica sobre de quem é a "culpa" entre devedor sem tino irresponsável e agiota sem escrúpulos, não é de todo linear. Os agiotas existem porque há idiotas que lhes pedem emprestado! E se numa situação de extrema aflição pedir emprestado é compreensível, já no caso português foi pedir emprestado para a orgia, para o perdularismo e para a festa, carros novos a cada três anos, T5 com lareira no Cacém e claro férias todos os anos nas Caraíbas! Claro, tudo a crédito, que a Cofidis e o Ronaldo agradecem!

Anónimo disse...

Independentemente de algumas coisas acertadas atrás ditas, não pode passar sem referência a mistificação de tentar equiparar a responsabilidade dos bancos com a responsabilidade individual de quem pediu empréstimos.
Porque o que sucedeu teve a cobertura dos reponsáveis políticos engalfinhados e comprometidos até ao tutano neste modelo de sociedade. Mas sobretudo do poder económico que domina a vida política e social e que o que procura é o lucro e nadsa mais do que o lucro.

Mas há outro motivo pelo qual não se pode falar com este ânimo leve da cofidis e do Ronaldo, como se estivéssemos numa taberna a discutir pilhérias. É que mesmo que tal tivesse ocorrido, mesmo que muitos tipos tivessem feito empréstimos aos bancos ou a quem quer que seja, isso era do seu foro privado e do âmbito dos seus contratos com os bancos.
Ora não se compreende o motivo ( ou compreende, compreende) pelo qual tais dívidas privadas foram tornadas públicas. O que se fez foi salvar o couro aos bancos e banqueiros e tramar os restantes. Ou seja, os lucros ficaram para aqueles, os prejuizos foram socializados.

Isto não pode passar em claro. De resto é um dos vectores principais pelo qual estamos na situação em que estamos.

Como diria alguém de forma muito apropriada: "É o capitalismo, estúpido"