PS. No Reino Unido, a crítica keynesiana à UEM foi protagonizada, também desde os anos noventa, sobretudo por Philip Arestis e Malcolm Sawyer, autores prolíferos sobre estas matérias. A sua posição sobre o reforço de um pacto anti-keynesiano é tão previsível quanto justa.
sábado, 31 de março de 2012
Recusar as mentiras douradas
João Ferreira do Amaral (JFA) é um dos raros economistas portugueses que, desde a década de noventa, vem expondo todas as "mentiras douradas" da integração europeia pós-Maastricht, um economista que sempre remou contra os europeísmo feliz que nos colocou no equivalente contemporâneo do padrão-ouro de tão má memória, num novo colete de forças dourado. Não deixem de ler a sua crítica ao que em novilíngua europeia se designa por Tratado de Estabilidade, Coordenação e Governação na UEM. JFA afirma que os partidos que dizem defender um Estado social forte não podem deixar de votar contra mais esta aberração, sob pena de se desacreditarem. De facto, sem uma política económica de pleno emprego não há Estado social que resista.
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3 comentários:
Tanta mentira enfeitada de rosas com espinhos torna-se por demais evidente.
Os meios de comunicação estão ao serviço do poder e cada dia que passa mais ainda se ligam .
A massificação é grande demais e assim eles conseguem manter-se no poder.
(aparte: é a primeira vez que vejo "prolífero" sem ser directamente relativo à descendência.
Näo seria mais correcto usar "prolífico"--que é sinónimo desse termo, mas usado para além do sentido reprodutor, em termos de obras produzidas?
escrevo aqui porque näo consigo enviar e-mail, pode apagar este comentário no fim de o ler)
Regras de ouro... mas ouro dos tolos!
É por näo dar ouvidos a pessoas como o JFA ou Jorge Bateira que Portugal se encontra na linda situaçäo em que está.
Quero ver a desculpa que arranjaräo quando a tal "regra de ouro" terá de ser violada, quando faltar dinheiro até para pagar à polícia ou exército... especialmente as compras "amigas" de material bélico a outros países da OTAN!
Mas enfim... há um pequeno país da zona Euro que está quase na mesma situaçäo de Portugal: a Eslováquia.
O seu PIB/capita (PPP) já é semelhante (!!!), o défice é 8% e a inflaçäo 4%, e desemprego 13,5%, mas a única coisa que o safa (por ora) é a dívida pública ser só 41% do PIB--que entretanto cresceu a 3,3% em 2011.
As perspectivas para 2012 näo säo animadoras, mas o povo escolheu quem diz querer manter o Estado Social, e que näo se coibiu de prometer subir os impostos para os bancos e ricos (sacrilégio!).
Ou seja, em vez de estrangular e espremer os mais pobres como em Portugal e Espanha e Itália, vai ao mais ricos para cumprir as "regras de ouro (dos tolos)".
Estou muitíssimo expectante para ver:
1 - se o deixam fazer tal sacrilégio de taxar bancos e ricos
2 - se o pto. 1 for implementado, como vai resultar em termos de baixar o défice sem prejudicar a economia, qual será a desculpa para os ultraliberalizados "perfiéricos" continuarem os programas suicidários austeritários
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