Quando um "professor de empreendedorismo e finanças na Universidade de Chicago" escreve que...
"Se a Grécia tivesse entrado em incumprimento em 2010, impondo o mesmo haircut aos credores privados que impôs agora, teria reduzido assim o seu rácio de dívida face ao PIB para os 80%, o que seria mais fácil de gerir. Isto teria sido penoso, mas poderia ter poupado os gregos a uma descida do PIB de 7% e um aumento do desemprego para os 22% (incluindo um aumento no desemprego jovem para uns elevadíssimos 48%).
E mais importante, um incumprimento em 2010 teria dado espaço para alguns ajustamentos. Segundo o programa actual, não há nenhum: se a economia não der a volta rapidamente, a Grécia vai precisar de mais ajuda. Mas para onde se pode voltar para conseguir essa ajuda? Grande parte da dívida soberana está agora nas mãos do sector público, que não permite qualquer haircut. Por outras palavras, a Grécia esgotou a sua capacidade de partilhar parte do fardo com o sector privado. Da próxima vez, serão os contribuintes europeus que estarão em causa.
No segundo acto da tragédia grega, os gregos desesperados vão estar contra os outros europeus desencantados e irritados."
... é porque o peso da realidade é, mais cedo ou mais tarde, inescapável.
3 comentários:
Os links vão dar todos aqui
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Obrigado. Corrigi entretanto o erro.
Porque a realidade näo se compadece com lérias teóricas é que a Eslováquia vai, e muito bem, na direcçäo contrária dos "periféricos". Daqui a 2 anos ver-los-emos já com maior PIB/capita absoluto que Portugal (e ainda maior em termos de PIB/capita em paridade de poder de compra).
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